quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A TORRE DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ.

     Ela é a própria marca registrada das Testemunhas de Jeová, pois consta de seu selo e publicações até hoje e faz parte de seu próprio nome como instituição oficial - Sociedade Torre de Vigia. A entidade possui um logotipo em forma de torre, cabendo sanções civis sobre aqueles que o utilizarem sem sua permissão. Trata-se de apenas mais um símbolo 'decorativo', sem qualquer conexão com o paganismo? A resposta é, novamente, não! Os autores da publicação Proclamadores reconhecem que o uso religioso da torre é muito anterior a Russell:
"A expressão Torre de Vigia não é exclusividade dos escritos de Russell nem das Testemunhas de Jeová. George Storrs publicou um livro na década de 1850 intitulado The Watchtower... [A Torre de Vigia...]. Esse nome foi também incorporado no título de vários periódicos religiosos..." - Proclamadores, p. 48
     O autor citado nesta nota - George Storrs - foi amigo pessoal e colaborador do 'pastor' Russell, tendo exercido grande influência sobre ele (conforme é admitido na mesma obra, em um quadro da página 46). Também é digno de nota que Storrs tenha sido uma das figuras mais importantes do Adventismo norte-americano, bem como adepto da Ordem Rosacruz. Embora não sejam citadas, as publicações dos Rosacruzes e dos Maçons certamente estão entre os 'periódicos religiosos' mencionados pelo livro Proclamadores - fato que facilmente poderia passar despercebido pelo leitor desta lacônica nota de rodapé. Por exemplo, vejamos o que diz a obra Dicionário da Franco-Maçonaria (Daniel Ligou - 1987 - página 1181, em espanhol):
"Torre de Vigia - Símbolo próprio da franco-maçonaria de pedra (torre redonda) e de madeira (torre quadrada ou poligonal)... A Torre representa a Palavra e tem um significado especialmente radiante. A luz brota de maneira circular e em todos os planos..."
     Curiosamente, o texto acima parece descrever com precisão o facho de luz que emana da torre de vigia representada na capa da revista A Sentinela  por cerca de 40 anos (de 1891 a 1391). Castelos e torres medievais - juntamente com armaduras - também fazem parte dos símbolos templários, conforme mostram algumas ilustrações, colhidas de sites ligados ao tema. É importante lembrar que a Ordem Templária é considerada precursora da Maçonaria. Observemos as figuras abaixo: 
     Vemos, à esquerda, a figura de um cavaleiro lendário em meio a uma paisagem sombria, onírica, com um castelo medieval ao fundo (site dos cavaleiros templários); no centro, a capa de A Sentinela de 15/7/1930, consistindo na gravura de uma torre medieval - também em um cenário sombrio, com janelas em forma de cruz -, e à direita, um brasão franco-maçônico no qual estão representadas diversas torres de vigia, em um padrão quase idêntico ao da capa da revista. Mera coincidência? Observemos agora duas outras figuras:
     À esquerda, o logotipo atual da Sociedade Torre de Vigia; à direita, as ruínas de um castelo templário, na Itália. É possível, a esta altura, negar a grande  similaridade entre certos símbolos esotéricos (medievais e maçônicos) e aquele adotado pela organização central das Testemunhas de Jeová e mantido (com algumas alterações) até hoje? Um passatempo bem comum entre nós, o jogo de xadrez, também tem sua origem nos temas medievais: rei, rainha, bispo, cavalo e, naturalmente, a torre. Nesse caso, de quem o 'pastor' Russell teria tomado emprestados o símbolo e o nome 'torre de vigia' - dos Adventistas ou dos Maçons? Ele aparentava ter intimidade com ambos.

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