sábado, 3 de dezembro de 2011

PERIGO TOTAL.



Seitas Dissidentes das Testemunhas de Jeová.


Rolando Rodriguez
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  1. Cismas e Separações
  2. Filhas da Torre
  3. Movimento Missionário da Casa do Leigo (1918 -- Presente)
  4. Associação dos Estudantes da Bíblia da Epifania (1955 -- Presente)
  5. Movimento Missionário da Casa Laodicense (1957 -- 1990)
  6. Instituto Bíblico Pastoral (1918 -- Presente)
  7. Vigias da Manhã (1937 -- 1957)
  8. Associação dos Estudantes da Bíblia da Aurora (1932 -- Presente)
  9. A Associação Cristã do Milénio (1928 -- Presente)
  10. Associação dos Estudantes da Bíblia Intransigentes (1918 -- ?)
  11. Sociedade da Voz de Elias (1923 -- ?)
  12. Os Servos de Yah (1925 -- ?)
  13. União da Associação da Bíblia (1917 -- Presente)
  14. Nova Associação de Jerusalém (1922 -- 1992)
  15. Publicações dos Velhos Caminhos (1925 -- 1961)
  16. Igreja do Portão da Floresta (Década de 1920 -- 1979)
  17. Companhia de Publicação dos Estudantes da Bíblia (1914 -- 1924)
  18. Associação Goshen (1951 -- Presente)
  19. Instituto de Piramidologia (Década de 1920 -- Presente)
  20. Sociedade do Anjo de Jeová de Bíblias e Tratados (1917 -- Presente)
  21. Instituto Bíblico Bereano (1917 -- Presente)
  22. Associação do Novo Pacto (1909 -- 1944)
  23. Instituto Cristão da Verdade
  24. Os Crentes no Novo Pacto (1909 -- Presente)
  25. Estudantes da Bíblia Associados (1917 -- Presente)
  26. Associação Francesa de Estudantes da Bíblia Livres
  27. Associação Alemã de Estudantes da Bíblia
  28. Associação de Estudantes da Bíblia Gregos
  29. Estudantes Internacionais da Bíblia da Índia
  30. Associação Polaca dos Estudantes da Bíblia
  31. Conclusão

Cismas e Separações

Logo em 1917 muitos Estudantes da Bíblia estavam a retirar o seu apoio à Sociedade e passaram a funcionar independentemente. Os quatro directores [que foram demitidos dos seus cargos por Rutherford] formaram um instituto para continuar o trabalho do Pastor Russell, independentemente da Sociedade. Outros formaram empresas [sociedades] particulares. Alguns Estudantes da Bíblia seguiram a liderança do seu ancião ou instrutor favorito. Ainda outros, cansados de sociedades e organizações, decidiram ficar independentes de todos os outros.
À medida que os anos foram passando, cada vez mais Estudantes da Bíblia, vendo a mudança de direcção e atitude no interior da Sociedade, saíram de lá e foi assim que começou o êxodo. Em 1930 cerca de 75% dos Estudantes da Bíblia originais tinham saído da Sociedade. Neste tempo, todos os escritos de Russell foram rejeitados e substituídos pelos de Rutherford, que contradiziam os de Russell. Em 1929, a nova Sociedade já tinha feito mais de 100 mudanças doutrinais. A Sociedade já não se parecia nada com o que fora iniciado por Russell e pelos seus associados iniciais. A Sociedade tinha assumido um novo aspecto e uma nova atitude. Já não era uma casa editora para a disseminação de literatura bíblica. Agora era a Organização Teocrática de Deus. Discordar com ela era equivalente a traição contra o próprio Deus.
Em 1931, Rutherford decidiu fazer uma distinção entre os Estudantes da Bíblia independentes e os Estudantes da Bíblia que eram leais a ele. Rutherford mudou o nome dos que lhe eram leais para "Testemunhas de Jeová". E foi assim, deste ano em diante, que nasceram as Testemunhas de Jeová. A Sociedade tornara-se naquilo que abominava na cristandade. Eles tornaram-se numa pequena Babilónia. Assim, muitos Estudantes da Bíblia que ainda permaneciam no interior da Sociedade ouviram a admoestação "Saí dela, meu povo!" e saíram.
Desde esse tempo até à actualidade, a Torre de Vigia descreve membros da comunidade dos Estudantes da Bíblia desse tempo como "tendo vestimentas impuras", diz que eles estavam "contaminados por apostasia", "eram culpados de práticas erradas", "mostravam características que eram semelhantes ao joio", "manifestavam temor do homem" e "venderam-se devido a práticas erradas". Actualmente, embora muitos dos originais Estudantes da Bíblia tenham deixado esta terra, os seus descendentes continuam a obra. Filhos e netos que nasceram décadas depois dos acontecimentos de 1917, e até mesmo recém chegados, não recebem da Sociedade qualquer misericórdia. São considerados iníquos e apóstatas, e as Testemunhas de Jeová são instruídas a não ter nada que ver com eles. A Sociedade foi ao ponto extremo de declarar que os Estudantes da Bíblia já não existem, que morreram todos e não sobrou nenhum.

Filhas da Torre

Depois da morte do Pastor Charles Taze Russell, era claro que o trabalho que ele iniciara tinha de ser continuado. Mas quem o faria e como? Era óbvio que a Sociedade abandonara o pensamento de levar a cabo os desejos de Russell conforme foram expressos na sua Última Vontade e Testamento. Os quatro directores demitidos, tendo falhado em garantir a sua posição no corpo de directores, e outros Estudantes da Bíblia proeminentes como indivíduos, congregações e casas editoras, decidiram fazer eles mesmos o trabalho.
Existiam muitas opiniões sobre as obras de C. T. Russell. Alguns grupos e indivíduos sentiam que se devia aderir de perto aos ensinos do Pastor Russell; enquanto outros achavam que ele estava errado em algumas das suas doutrinas. Outros ensinaram que sabiam o tempo em que a Igreja estaria completa. Ainda outros acreditavam que a Igreja não tinha qualquer trabalho especial ou mensagem de "colheita" para realizar naquele tempo. Alguns Estudantes da Bíblia no passado sentiram que receberam revelações directas de Deus ou de Cristo. Estas crenças geralmente davam origem a literatura expondo as suas opiniões ou revelações.
Como os Estudantes da Bíblia não têm uma "lista de membros", é difícil dizer quantos são. O número total de Estudantes da Bíblia fora da Sociedade Torre de Vigia provavelmente não chega aos 10.000. Metade deles estão fora dos Estados Unidos da América.
Estes vários grupos que se separaram da Torre de Vigia entre 1917 e 1931 são muito difíceis de classificar. Alguns, como os da Dawn Bible Students Association [Associação de Estudantes da Bíblia da Aurora] e os do Pastoral Bible Institute [Instituto Bíblico Pastoral], em contraste com alguns ramos dissidentes, têm um senso geral de coesão de grupo. Quase todos se consideram a si próprios como Estudantes da Bíblia independentes e, embora adiram às suas particularidades doutrinais, não deixam esta aderência interferir com a associação mútua e a troca de oradores e literatura entre si.
Estes vários movimentos estão geralmente organizados à volta de um periódico, uma personalidade, ou ambos. Os periódicos servem como meio de comunicação e coesão de grupo e são frequentemente o órgão polémico central. A maioria dos grupos publica livros, um número elevado de brochuras, panfletos, vídeos e cassetes áudio.
A maior parte da literatura não contém o nome do autor nem o nome da casa editora, excepto se tiver sido publicado por algum dos grupos principais (i.e., Aurora, P.B.I. ou Laymen). Existem várias razões que explicam porque os Estudantes da Bíblia tendem a escrever sob o anonimato. Muitos acham que os escritos devem ser julgados com base no seu próprio mérito, além do facto de o nome de C. T. Russell muitas vezes não aparecer em nenhum lado nos seus próprios trabalhos. Também permite que as publicações circulem livremente de um grupo para outro sem conter referência ao grupo ou autor.

Laymen's Home Missionary Movement
Movimento Missionário da Casa do Leigo
(1918 -- Presente)

Em 15 de Agosto de 1918, alguns dos ex-membros do corpo de directores, junto com o peregrino Paul S. L. Johnson, publicaram The Bible Standard and Herald of Christ's Kingdom [O Padrão da Bíblia e Arauto do Reino de Cristo]. Posteriormente o empreendimento foi-se abaixo e Johnson fundou aquele que hoje é o The Laymen's Home Missionary Movement [Movimento Missionário da Casa do Leigo] (um dos nomes não registados como empresa usado por Russell e pela IBSA inicialmente) que publicaria independentemente de todos os Estudantes da Bíblia, introduzindo novos pontos de vista e doutrinas. Em Dezembro de 1918 ele publicou The Present Truth and Herald of the Christ's Kingdom [A Verdade Actual e Arauto do Reino de Cristo] e em 1920 publicou The Herald of the Epiphany [O Arauto da Epifania] (mais tarde o nome foi mudado paraThe Bible Standard and Herald of Christ's Epiphany [O Padrão da Bíblia e Arauto da Epifania de Cristo].) Johnson ensinou que como Russell fora o Mensageiro da Parousiadurante a parousia do Senhor, ele [Johnson] devia ser o Mensageiro da Epifania, durante a Epifania do Senhor. Johnson era um escritor prolífico; ele escreveu o conjunto de 15 volumes intitulados Ephiphany Studies in the Scriptures [Estudos das Escrituras da Epifania], sendo dois volumes adicionados depois da sua morte em 1950. (O L.H.M.M. continua a publicar os seus jornais e publicações).

Epiphany Bible Students Association
Associação dos Estudantes da Bíblia da Epifania
(1955 -- Presente)

Como acontece muitas vezes, depois da morte de um líder carismático ocorrem vários cismas. Foi isto o que aconteceu com o Movimento Missionário da Casa do Leigo. Depois da morte de Paul Johnson em Outubro de 1950, Raymond Jolly tomou as rédeas e assim que o fez, ocorreram desentendimentos entre ele e John Hoefle, de Mount Dora, Florida, um peregrino do Movimento. Hoefle, que deixou a Sociedade em 1928 e se juntou a Johnson, foi posteriormente desassociado do Movimento Missionário da Casa do Leigo em 1956. Ele começou a publicar um periódico com o título Ephipany Bible Students Association [Associação dos Estudantes da Bíblia da Epifania]. John Hoefle morreu na década de 1980 mas a sua esposa, Emily Hoefle, ainda é viva e continua o trabalho da Epifania.

Laodicean Home Missionary Movement
Movimento Missionário da Casa Laodicense
(1957 -- 1990)

John Krewson, outro peregrino do L.H.M.M. que, tal como John Hoefle, foi desassociado desse movimento em 1955, começou o Laodicean Home Missionary Movement[Movimento Missionário da Casa Laodicense]. Ele argumentava que, como Russell fora o "Mensageiro da Parousia" e Johnson era o "Mensageiro da Epifania", ele próprio, Krewson, devia ser o "Mensageiro do Apocalipse", pois estava-se a viver então na fase do apocalipse da presença do Senhor, segundo ele acreditava. Ele publicou o conjunto de três volumes intitulado Apokalypsis Studies in the Scriptures [Estudos das Escrituras do Apocalipse] e um jornal mensal, The Present Truth of the Apokalypsis [A Verdade Actual do Apocalipse]. A maior parte da sua literatura era principalmente dirigida para o L.H.M.M. e para a E.B.S.S. e não para outros Estudantes da Bíblia. Krewson morreu na década de 1970, o trabalho continuou até 1990 e depois acabou.

Pastoral Bible Institute
Instituto Bíblico Pastoral
(1918 -- Presente)

Os problemas de 1917 na IBSA (International Bible Students Association [Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia]) resultaram na expulsão, entre outros, dos quatro membros do corpo de directores: R. H. Hirsh, I. F. Hoskins, A. I. Ritchie e J. D. Wright. Parte deste cisma foi causado por uma luta pelo poder e parte por oposição ao Volume VII dos Studies in the Scriptures: The Finished Mystery [Estudos das Escrituras: O Mistério Consumado], que supostamente era o trabalho póstumo de C. T. Russell, mas que na realidade fora escrito por Clayton J. Woodworth e George Fisher. O sétimo volume expunha várias ideias teológicas novas que muitos consideravam contrárias às escrituras; foi assim que se desenvolveu a oposição a esse livro. Este grupo opôs-se à tentativa de Rutherford de controlar a Sociedade até às eleições decisivas na convenção de 1918.
Depois da vitória conclusiva de Rutherford, vários irmãos proeminentes retiraram o seu apoio à Sociedade. A primeira Convenção dos Estudantes da Bíblia que foi realizada independentemente da Sociedade Torre de Vigia teve lugar em 26-29 de Julho de 1918 em Asbury Park, New Jersey. Alguns meses depois duzentas ou trezentas pessoas compareceram a uma segunda convenção, em Providence, Rhode Island, em Novembro de 1918. Foi nesta reunião que o Pastoral Bible Institute [Instituto Bíblico Pastoral] foi formado com o objectivo de continuar o trabalho de Russell independentemente da Sociedade. Em 1918 foi estabelecido o periódico The Herald of Christ's Kingdom [O Arauto do Reino de Cristo], editado por R. H. Streeter até à sua morte em Dezembro de 1924. Hoje o Instituto ainda continua, publicando o seu jornal e também folhetos e tratados. Além disso, ainda disponibiliza os Studies in the Scriptures [Estudos das Escrituras] da autoria de C. T. Russell, e outros escritos.

Watchers of the Morning
Vigias da Manhã
(1937 -- 1957)

Na década de 1930, influenciados pelos escritos de E. C. Henninges e de M. L. McPhail (dois peregrinos proeminentes que deixaram a Sociedade em 1909, devido a desacordos doutrinais com C. T. Russell), alguns membros proeminentes do P.B.I. começaram a negar a Presença de Cristo e outras doutrinas importantes defendidas pela Associação dos Estudantes da Bíblia. Isto provocou ainda outro cisma e dentro do corpo de directores, em 1937, Isaac Hoskins e outros retiraram o seu apoio e começaram a publicar The Watchers of the Morning [Os Vigias da Manhã]. Este jornal foi publicado até Junho de 1957.

The Dawn Bible Students Association
Associação dos Estudantes da Bíblia da Aurora
(1932 -- Presente)

Em 1931 a maior parte dos grupos de Estudantes da Bíblia estavam a desaparecer ou a funcionar como classes ou indivíduos independentes. Então veio Norman Woodworth, que criou o programa de radio da Sociedade e saiu em 1928 para formar o seu próprio programa de radio com a ajuda da Eclésia dos Estudantes da Bíblia de Brooklyn. Eles publicaram um pequeno jornal, The Bible Students Radio Echoes [Os Ecos de Rádio dos Estudantes da Bíblia] com destaques do seu programa de rádio, que mais tarde se passou a chamar Frank and Earnest Radio Broadcast [Transmissão de Rádio Franca e Fervorosa]. Em 1931 foi eleito um corpo de directores. Em 1932 o "Ecos de Rádio" tornou-se no The Dawn and Herald of Christ Presence [Aurora e Arauto da Presença de Cristo], um jornal quinzenal. Esta publicação conseguiu juntar novamente os Estudantes da Bíblia independentes e durante as décadas de 1930, 1940 e 1950 a associação "Aurora" cresceu em consequência de um afluxo de Testemunhas de Jeová, cansadas das mudanças doutrinais da Torre de Vigia. Eles voltaram a publicar os Studies in the Scriptures [Estudos das Escrituras], inúmeros livros, folhetos e tratados. Hoje eles continuam o seu ministério, produzindo cassetes de áudio e vídeo, o jornal "Aurora" e outra literatura para os Estudantes da Bíblia em geral. Os seus programas de televisão e rádio são vistos por todo o território dos E.U.A., Canadá, Europa, América do Sul, etc.

The Christian Millennial Fellowship
A Associação Cristã do Milénio
(1928 -- Presente)

Esta Associação era originalmente composta pela Italian Bible Students Association [Associação Italiana dos Estudantes da Bíblia], e Millennial Bible Students Church [Igreja dos Estudantes da Bíblia do Milénio], de Hartford, Pequena Itália, em Nova Iorque. Este grupo está actualmente associado com um dos primeiros ramos dissidentes da Sociedade Torre de Vigia. Eles retiraram o seu apoio à Sociedade Torre de Vigia em 1928 e em 1940 lançaram o jornal New Creation -- a Herald of Christ's Kingdom [Nova Criação -- um Arauto do Reino de Cristo]. Contudo, alguns anos mais tarde, Gaetano Boccaccio começou a ser influenciado pelos escritos de E. C. Henninges e M. L. McPhail, dois peregrinos que deixaram a Sociedade em 1909, devido a alguns desacordos doutrinais. A Associação Cristã do Milénio mais tarde rejeitou a maior parte dos escritos de Russell, considerando-os errados, e converteu-se ao grupo "New Covenant Bible Students" ["Estudantes da Bíblia do Novo Pacto"]. Gaetano Boccaccio foi o líder da Associação Cristã do Milénio desde o início, tendo estado com a Sociedade desde 1917, ele morreu em 1996. Durante mais de 50 anos ele conduziu este grupo de Hartford, Connecticut. Actualmente o grupo é internacional, foi mudado para New Jersey e é chefiado por Elmer Weeks.

The Standfast Bible Students Association
Associação dos Estudantes da Bíblia Intransigentes
(1918 -- ?)

Os "intransigentes" são chamados desta forma devido à sua determinação de "se manterem intransigentes no que diz respeito aos princípios de guerra que o nosso amado Pastor Russell anunciou". Charles E. Heard de Vancouver e muitos outros acharam que a recomendação que J. F. Rutherford fez em 1918, para comprarem acções [ou obrigações] de guerra, era "covardia" e constituía uma perpetuação sacrílega do trabalho de colheita. Eles acharam que a Sociedade renegou a sua posição anterior no que diz respeito às Acções de Liberdade e ao serviço não-combatente. Os Intransigentes acharam que um cristão não devia apoiar de nenhuma forma os militares, comprando Acções de Liberdade, nem se devia envolver em serviço não-combatente. Em resposta a estas preocupações, a Stand Fast Bible Students Association [Associação dos Estudantes da Bíblia Intransigentes] foi organizada em 1 de Dezembro de 1918 em Portland, Oregon. Publicou Old Corn Gems e organizou convenções por todo o território dos Estados Unidos. Depois de uma convenção em 25-27 de Julho de 1919 em Seattle, ocorreram muitas divisões, a maior parte delas não-doutrinais. Curiosamente, os Intransigentes aceitaram o Volume VII [dos "Estudos das Escrituras"] -- sendo esta uma das principais razões para as divisões entre eles e os outros Estudantes da Bíblia. Em 1919 ocorreu nova divisão, desta vez entre os próprios Intransigentes, devido ao Volume VII. A princípio eles tiveram muito sucesso, especialmente atraindo aderentes que não aceitavam o que viam como sendo um comprometimento [ou envolvimento] da Sociedade Torre de Vigia na guerra.
Eles acreditavam que tudo o que a Sociedade Torre de Vigia ensinara até à Páscoa de 1918 estava correcto, mas depois dessa data tinha começado a separação entre Elias e Eliseu e os Intransigentes eram a classe de Elias que se manteve intransigente em defesa dos ensinos do Pastor Russell. É claro que todos os grupos dissidentes, pelo menos inicialmente, alegavam estar a seguir os desejos de Russell e, por essa razão, diziam ser os verdadeiros seguidores de Russell, mas os Intransigentes diziam seguir apenas os ensinos de Russell, i.e., eles não diziam ser os mensageiros legítimos da Organização de Deus, como fizeram alguns dos outros grupos. O Instituto Bíblico Pastoral, por exemplo, passou a acreditar que a Sociedade Torre de Vigia apostatou da verdade e que apenas o Instituto Bíblico Pastoral ensinava a verdade primitiva. Em contraste, os Intransigentes pensavam que líderes e organizações eram relativamente pouco importantes. Eles estavam organizados simplesmente para ajudar outros a aprender os ensinos de Russell. A sua organização pouco rígida era provavelmente uma das principais razões porque foram um dos primeiros grupos a desintegrar-se.
Um aspecto interessante da sua história foi o movimento em direcção ao oeste, quando os Intransigentes foram encorajados a mudarem-se para o oeste dos E.U.A. porque o arrebatamento ocorreria em 1920 e unicamente nos Estados do oeste. Assim, se uma pessoa não vivesse no Estado certo, ele ou ela não seriam abrangidos pelo arrebatamento. Em 1923, E. C. Heard e Isaac Edwards lideraram um movimento de cerca de 300 Intransigentes que, segundo disse Paul S. L. Johnson, "degenerou no comunismo".
Em 1923 Edwards e Heard organizaram a Star Construction Company em Victoria B.C. Temendo a época de tribulação, em 1924 Edwards conduziu 300 seguidores para Stookie e para o Gordon River para viverem uma existência [com os bens] em comum. Quando o empreendimento fracassou em 1927, foi fechado por Alec McCarter e Oscar Kuenzi. Dos 1.200 aderentes que existiam em 1919 no noroeste e perto de Wisconsin, este Movimento do Sétimo Volume desvaneceu-se para a não existência e actualmente não tem organização.

The Elijah Voice Society
Sociedade da Voz de Elias
(1923 -- ?)

Em 1923, John A. Herdersen, C. D. McCray e cerca de 300 pessoas dos Estudantes da Bíblia Intransigentes organizaram a Elijah Voice Society [Sociedade da Voz de Elias], para efectuar um ambicioso reajuntamento e trabalho de testemunho. Durante vários anos eles publicaram o Elijah Voice Monthly [Mensário da Voz de Elias] e numerosos tratados. Este grupo tornou-se no mais proeminente entre os vários que aceitaram o Volume VII dos Estudos das Escrituras.
Eles pensavam que tinham sido "chamados para esmagar Babilónia", tal como os Intransigentes, mas eram ainda mais radicais -- a tal ponto que se recusavam a saudar a bandeira e a comprar acções de guerra ou a contribuir para a Cruz Vermelha, muito antes de as Testemunhas de Jeová adoptarem posições similares. Também este grupo mais tarde se desvaneceu e deixou de existir.

The Servants of Yah
Os Servos de Yah
(1925 -- ?)

Este é provavelmente o mais estranho de todos os grupos de Estudantes da Bíblia. Com sede em Brooklyn, Nova Iorque, e liderados por C. H. Zook, eles acreditavam que o nome de Satanás era Jeová, de modo que as Testemunhas de Jeová eram na realidade Testemunhas de Satanás. Eles são Universalistas que negam o Armagedom, o Dilúvio, o baptismo com água, o resgate, a restituição, etc. Eles tinham filiais em Levittown, Nova Iorque e Viena de Áustria. As doutrinas deles eram muito semelhantes às das Testemunhas de Jeová; com a diferença que os 144.000 estavam destinados a descobrir o significado oculto das escrituras e a entrar no céu. O significado é oculto, em parte, porque eles acreditavam que o texto da nossa Bíblia foi alterado. Eles vêem a Bíblia primariamente como profecia, referindo-se a maior parte dela ao século XX. Eles acreditam que todas as pessoas que já viveram viverão para sempre numa terra paradísica, excepto os 144.000, que viverão no céu. Este grupo também se desvaneceu e já não existe.

Bible Fellowship Union
União da Associação da Bíblia
(1917 -- Presente)

Este grupo foi formado pelo Corpo de Directores [da Sociedade Torre de Vigia] de Inglaterra. Eles retiraram o seu apoio à Sociedade e assumiram o controlo do "Tabernáculo de Londres". Começaram a publicar um jornal em 1924, The Bible Students Monthly [O Mensário dos Estudantes da Bíblia]. Alguns anos mais tarde o nome foi alterado para The Bible Study Monthly [O Mensário do Estudo da Bíblia], para não haver confusões com a nova Torre de Vigia, que antes já tinha publicado um jornal com esse nome. Hoje o movimento é liderado por A. O. Hudson (um dos poucos Estudantes da Bíblia ainda vivos que conheceu pessoalmente o Pastor Russell). Ele foi o director geral até há poucos anos atrás, quando decidiu retirar-se parcialmente. Ele tem quase 100 anos. Nunca descobriríamos que este é um grupo de Estudantes da Bíblia, pois a literatura deles nunca menciona C. T. Russell, nem oferece os livros dele. Eles produzem os seus próprios folhetos, tratados, etc.

New Jerusalem Fellowship
Nova Associação de Jerusalém
(1922 -- 1992)

Os acontecimentos de 1917 nos Estados Unidos não chegaram prontamente ao conhecimento de alguns Estudantes da Bíblia que viviam em outros países. Assim, muitos Estudantes da Bíblia não sabiam o que se estava a passar nos E.U.A. e demorou algum tempo até que se apercebessem disso e saíssem da Sociedade. Em 1922 foi formada aNew Jerusalem Fellowship [Nova Associação de Jerusalém]. Esta associação deixou de existir em 1992. Eles produziam um jornal mensal e numerosos livros e tratados.

Old Paths Publications
Publicações dos Velhos Caminhos
(1925 -- 1961)

William Crawford era um membro original do Corpo de Directores [da Sociedade Torre de Vigia] de Inglaterra e era um firme Estudante da Bíblia. Ele causou a primeira divisão entre o Corpo de Directores de Inglaterra, fundou as Old Paths Publications [Publicações dos Velhos Caminhos] e produziu o jornal mensal Old Paths [Velhos Caminhos]. Foram produzidos inúmeros folhetos, livros e tratados.

Forest Gate Church
Igreja do Portão da Floresta
(Década de 1920 -- 1979)

Por ocasião da divisão de 1917, este era o segundo maior grupo de Estudantes da Bíblia na Inglaterra. F. G. Guard, sogro de William Crawford, levou a classe a separar-se da Sociedade. Contudo, isto só ocorreu em 1939, data em que começaram a publicar o seu próprio jornal, The Forest Gate Church Bible Monthly [Mensário Bíblico da Igreja do Portão da Floresta], junto com folhetos e tratados. Este grupo deixou de existir em 1979.

Bible Student Publishing Co.
Companhia de Publicação dos Estudantes da Bíblia
(1914 -- 1924)

Este grupo dissidente surgiu em 1914. Embora não fossem Estudantes da Bíblia, eles publicaram um jornal trimestral intitulado The Bible Student [O Estudante da Bíblia], que era crítico tanto em relação a Russell como em relação a Rutherford, e alguns representantes da IBSA juntaram-se a este grupo depois da divisão ocorrida em 1917. Muitos New Covenant Bible Students [Estudantes da Bíblia do Novo Pacto] juntaram forças com este grupo.

Goshen Fellowship
Associação Goshen
(1951 -- Presente)

Este grupo foi formado em resultado do ministério de Jesse Hemery. Hemery serviu como Vice-Presidente da IBSA, uma posição que manteve até 1946. Ele tinha sido designado por Russell em 1901. Ele era o Estudante da Bíblia mais proeminente da Inglaterra. Foi desassociado por N. H. Knorr em 1951. Embora aceitasse grande parte das interpretações de Russell, ele rejeitava a doutrina da 'presença a partir de 1914'. Acreditando que [o livro bíblico de] Revelação teria um cumprimento futuro, ele escreveu alguns comentários acerca de Revelação e de outros livros de profecias, publicados por editoras exteriores à Sociedade. Ele morreu em 1955, não sem ter antes fundado a Goshen Fellowship[Associação Goshen] em 1951. Actualmente o grupo é liderado por Frank Brown, um homem que fez 100 anos há pouco tempo. Eles publicam um jornal mensal, o Zion's Herald[Arauto de Sião], desde 1965.

The Institute of Pyramidology
Instituto de Piramidologia
(Década de 1920 -- Presente)

Adam Rutherford (que não era da família de Joseph) era um piramidologista e fundou este grupo. Ele era um Estudante da Bíblia que obteve a maior parte da sua inspiração a partir da grande pirâmide. Publicou um extenso conjunto de 4 volumes sobre a Pirâmide e os seus ensinos, junto com o jornal Pyramidology Monthly [Mensário de Piramidologia], que ainda é publicado actualmente. Ele escreveu muitos livros, folhetos e tratados.

The Angel of Jehovah Bible and Tract Society
Sociedade do Anjo de Jeová de Bíblias e Tratados
(1917 -- Presente)

Fundada por Alexander F. L. Freytag, gestor da filial da Sociedade Torre de Vigia na Suíça, ele discordava de algumas opiniões de Russell, mesmo enquanto Russell ainda era vivo. Ele foi designado por Russell em 1898 como Gestor da Filial. Em 1917 começou a publicar as suas opiniões, usando as impressoras e papel da Sociedade. Foi expulso por Rutherford em 1919. Publicou um conjunto de quatro volumes sobre as escrituras, a maior parte em francês. Os escritos dele foram traduzidos para inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, português e holandês. Ele publicou o seu próprio livro de hinos, para o qual escreveu e compôs toda a música, bem como o seu próprio livro de devoções. Também escreveu numerosos folhetos e tratados. Publicou dois jornais, o mensal The Monitor of the Reign of Justice [Monitor do Reino da Justiça] e o semanal Paper For All[Jornal Para Todos]. Eles têm filiais na Suíça, França, Alemanha, Bélgica e Itália. Os membros deste grupo vêem Freytag como "aquele Escravo Fiel e Discreto" mencionado em Mateus 24:45-47. Este grupo também é conhecido como Philanthropic Assembly of the Friends of Man [Assembleia Filantrópica dos Amigos do Homem] e The Church of the Kingdom of God, Philanthropic Assembly [Igreja do Reino de Deus, Assembleia Filantrópica].

Berean Bible Institute
Instituto Bíblico Bereano
(1917 -- Presente)

Este grupo de Estudantes da Bíblia separou-se oficialmente da Sociedade em 1918 e publicou o mensário The Voice [A Voz]. Desde 1917 têm publicado o mensário People's Paper [Jornal do Povo], bem como outros livros, folhetos e tratados.

New Covenant Fellowship
Associação do Novo Pacto
(1909 -- 1944)

Em 1908/1909, E. C. Henninges, o Gestor da Filial australiana da IBSA (International Bible Students Association [Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia]) junto com M. L. McPhail, peregrino da IBSA e membros dos Chicago Bible Students [Estudantes da Bíblia de Chicago], retiraram o seu apoio à Sociedade Torre de Vigia, causando a segunda maior divisão na história da Sociedade, só comparável à divisão de 1917. Ele produziu um jornal mensal, intitulado The New Covenant Advocate and Kingdom Herald [O Defensor do Novo Pacto e Arauto do Reino] e numerosos livros, folhetos e tratados. Depois da morte de Henninges, o seu trabalho foi continuado durante alguns anos. O grupo e a revista desapareceram em 1944. A maior parte dos Estudantes da Bíblia do Novo Pacto foram abandonados à sua sorte. Muitos não continuaram e dividiram-se até deixarem de existir como grupo. Porém, os Free Bible Students [Estudantes da Bíblia Livres], como são chamados hoje, constituem o maior grupo de Estudantes da Bíblia na Austrália. Em anos recentes tem havido um ressurgimento de Estudantes da Bíblia Livres reunindo-se sob a nova liderança do Christian Millennial Fellowship [Associação Cristã do Milénio].

The Christian Truth Institute
Instituto Cristão da Verdade

Fundado por Frederick Lardent, de Melbourne, Austrália, com filiais na Inglaterra, eles publicaram o mensário Gleanings for Truth Seekers [Antologias Para os Que Procuram a Verdade], bem como vários folhetos e tratados. (Este grupo está agora defunto.)

The New Covenant Believers
Os Crentes no Novo Pacto
(1909 -- Presente)

O ex-peregrino da Torre de Vigia, M. L. McPhail, supostamente o Estudante da Bíblia mais amado a seguir a Russell, liderou os Estudantes da Bíblia do "Novo Pacto" nos Estados Unidos. Ele publicou alguns livros independentemente, a maior parte deles fortemente baseados nos escritos de E. C. Henninges. Em 1908 eles começaram a publicar o The Kingdom Scribe [O Escriba do Reino], que deixou de ser publicado em 1975. Eles também publicaram desde 1956 uma pequena folha informativa, Berean News [Notícias Bereanas], que continua até ao dia de hoje. Actualmente este grupo publica sob o nome Berean Bible Students Church [Igreja Bereana dos Estudantes da Bíblia].

Associated Bible Students
Estudantes da Bíblia Associados
(1917 -- Presente)

São várias classes independentes espalhadas pelos Estados Unidos, Europa, Canadá, Ásia, América do Sul, Médio Oriente e países africanos. O mais antigo de todos os grupos de Estudantes da Bíblia é o Jersey City Bible Students [Estudantes da Bíblia de Jersey City], tendo sido fundado na década de 1880 em resultado do ministério de Russell. A maior parte dos Estudantes da Bíblia são agora independentes uns dos outros, apesar de se associarem durante as convenções e ocasiões similares, trocando oradores e literatura. Muitas classes de Estudantes da Bíblia publicam as suas próprias folhas informativas mensais, tratados e folhetos e algumas têm os seus próprios jornais e ministérios. Existem muitos comités de Estudantes da Bíblia compostos por Estudantes da Bíblia de várias classes, para ajudar nas necessidades de outros que estão em países pobres. Existem vários "Centros de Reformados de Estudantes da Bíblia" tanto nos Estados Unidos como na Europa. Estes centros são compostos por pequenas comunidades de casas de cidade, condomínios e apartamentos, completos com quarto, sala de estar e cozinha, etc., e uma congregação para estudos e convívio.
Realizam-se Convenções Internacionais todos os anos: em 1996 foi em Budapeste, Israel e África, em 1995 foi em França e Israel, em 1994 foi em Israel, etc. Como têm ensinos sionistas, os Estudantes da Bíblia são muito respeitados e amados pela comunidade judaica.
Existem vários Campos de Estudantes da Bíblia para crianças, durante o Verão. Praticamente cada classe de Estudantes da Bíblia patrocina a sua própria convenção anual. Estas normalmente duram um ou dois dias, excepto a Convenção Geral, patrocinada pela "Aurora", que normalmente dura cinco dias. Portanto existem muitas convenções para assistir; existe pelo menos uma convenção por mês em alguma parte dos E.U.A.
Houve um tempo em que associações como a "Aurora", o P.B.I. e o L.H.M.M. tinham as suas próprias congregações afiliadas, de forma semelhante ao que se passa com a Sociedade Torre de Vigia e as Testemunhas de Jeová. Actualmente o único grupo que tem as suas próprias congregações é o L.H.M.M. A "Aurora" e o P.B.I. agem principalmente como casas editoras. Os seus jornais são lidos tanto por Estudantes da Bíblia como por outros que não são Estudantes da Bíblia. Apesar das diferenças entre si, é frequente os Estudantes da Bíblia unirem os seus recursos para darem um testemunho unificado.

Association of Free Bible Students of France
Associação Francesa de Estudantes da Bíblia Livres

Esta associação tem publicado um jornal quinzenal intitulado Zion's Journal and the Message of Christ Presence [Jornal de Sião e a Mensagem da Presença de Cristo] desde 1951. Eles produziram a maior parte dos escritos de Russell na língua francesa.

German Bible Students Association
Associação Alemã de Estudantes da Bíblia

Eles publicam actualmente o mensário Herald of Christ's Kingdom [Arauto do Reino de Cristo]. Na década de 1930 eles publicaram o mensário Der Pilgrim [O Peregrino], que foi suspenso quando Hitler tomou o poder. Depois publicaram The Burning Lamp [A Lâmpada Acesa]. Este grupo estava associado com a Torre de Vigia, depois perdeu-se o contacto durante a I e a II Guerra Mundial. Quando o contacto foi finalmente restabelecido e foi permitido introduzir literatura da Torre de Vigia na Alemanha, os Estudantes da Bíblia notaram as mudanças e decidiram que ficavam melhor sem a Sociedade. Em 1949 começaram a publicar The Christian Watchtower [A Torre de Vigia Cristã] e The Tagesanbruch, bem como numerosos livros e folhetos e os escritos de Russell foram traduzidos para a língua alemã.

Greek Bible Students Association
Associação de Estudantes da Bíblia Gregos

Estes Estudantes da Bíblia estão afiliados com os da "Aurora" e publicam uma versão grega do jornal deles.

International Bible Students of India
Estudantes Internacionais da Bíblia da Índia

Este grupo tem estado independente da Sociedade desde 1921 e publica o seu próprio mensário Zion's Express [Expresso de Sião], bem como o India Bible Students Monthly[Mensário dos Estudantes da Bíblia da Índia] e outros escritos. Existem actualmente sete eclésias (congregações) na Índia. [Russell era tão influente na Índia, nas suas visitas ali e a colónias de leprosos, que existem actualmente várias cidades e ruas com o nome dele.]

Polish Bible Students Association
Associação Polaca dos Estudantes da Bíblia

Os Estudantes da Bíblia Polacos assumiram o controlo sobre a sede original da Torre de Vigia na Polónia. Foi só em 1925 que eles souberam que Russell tinha morrido. Quando as mudanças ocorreram, eles ficaram com os ensinos de Russell. Alguns anos depois a Sociedade registou o nome The International Bible Students Association II [Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia II] porque perderam a primeira, que ficou sob o controlo dos Estudantes da Bíblia Polacos. Porém, a segunda associação também caiu sob o controlo dos Estudantes da Bíblia Polacos quando o gestor da filial se juntou aos Estudantes da Bíblia. Alguns anos depois a Sociedade tentou incorporar, sem sucesso, a The International Bible Students Association III [Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia III]. Os Estudantes da Bíblia Polacos começaram a publicar The Watchman [O Vigia] logo em 1921, embora até 1919 houvesse duas publicações com o nome Watch Tower [Torre de Vigia] em língua polaca, uma produzida pela Sociedade e outra pelos Estudantes da Bíblia Polacos de Chicago, Illinois, com o mesmo título e a mesma capa. Rutherford pôs termo a isso. Em 1930 eles começaram a publicar o mensário Dawn of a New Era [Aurora de Uma Nova Era] e em 1948 publicaram o mensário The Watch. Em 1958 publicaram o mensário DayBreak [Romper do Dia]. Todos os anos eles realizam uma convenção à qual assistem cerca de 2.000 Estudantes da Bíblia.

Conclusão

Desde a queda do comunismo, foram descobertos outros Estudantes da Bíblia em certas partes da Europa. Na Roménia e noutras partes do ex-bloco comunista de leste foram encontrados Estudantes da Bíblia ainda intactos, até mesmo na Rússia. Também existem Estudantes da Bíblia no México, na Argentina, na Bélgica, na Suécia, na África, na China, no Japão, etc.
Quando a cortina de ferro desapareceu da Europa, a Sociedade Torre de Vigia estava ansiosa por ver o que restava das Testemunhas de Jeová romenas. A Sociedade ficou muito desapontada. Devido à falta de comunicação provocada pela guerra, os Estudantes da Bíblia tinham adoptado o nome "testemunhas de Jeová", mas ainda continuavam a ler e a estudar os escritos de Russell e rejeitaram a literatura actual da Sociedade. Quando a Sociedade viu aquilo, ficou aparvalhada. Estudantes da Bíblia usando o nome "testemunhas de Jeová"!
O que a Torre de Vigia também encontrou na Roménia e na Polónia foram cerca de 10.000 Rutherforditas. Eles são Testemunhas de Jeová que não se sentiram confortáveis com a mudança constante das doutrinas e da estrutura organizacional da Sociedade depois da morte de J. F. Rutherford. Eles estudam exclusivamente os escritos de Rutherford e consideram-no "o maior expositor bíblico do mundo".
Em anos recentes muitas Testemunhas de Jeová (betelitas, anciãos, servos, pioneiros, etc.) vindas de todo o lado, juntaram-se à Bible Students Association [Associação dos Estudantes da Bíblia].
Existiram e ainda existem muitos outros grupos, indivíduos e classes de Estudantes da Bíblia que publicaram extensivamente, embora grande parte da literatura se tenha perdido. Esta lista mostra a variedade de grupos que surgiram.


As Raízes Satânicas da Música Rock .

      




                        Autor: Donald Phau
                      
 Hoje, em quase todo concerto de rock "heavy-metal" o público é estimulado a praticar estupros e assassinatos em nome de Satanás. Letras como esta são bem típicas:



"Viemos para tomar seus corpos,
Para estuprar suas almas indefesas,
Para transformá-los em criaturas
Sem misericórdia e frias.
Nós os forçaremos a matarem seus irmãos,
A beberem o sangue e a comerem os miolos,
A retalharem a carne e a chuparem os ossos
Até que todos fiquem insanos.
Somos pestilentos e contaminamos.
As legiões de demônios do mundo prevalecem."
"Demons" [Demônios], de Rigor Mortis

Qualquer pai ficaria horrorizado e chocado ao saber que seus filhos e filhas estão ouvindo uma música dessas. Pode ser que alguns deles pensem consigo mesmos: "Se pudéssemos voltar aos velhos tempos, com a música dos Beatles." As pessoas não imaginam que foi com a aparentemente inocente música dos Beatles, que a maior parte do problema começou.
A música Rock eletrônica moderna, inaugurada no início dos anos 60 é, e sempre foi, um empreendimento conjunto da Inteligência Militar britânica e das seitas satânicas. De um lado, os satanistas controlam os principais grupos de música Rock por meio das drogas, do sexo, das ameaças de violência e até do assassinato. Do outro lado, a publicidade, os tours e as gravações são financiadas por empresas conectadas com os círculos da Inteligência Militar britânica. Ambos os lados estão intimamente interconectados com o maior negócio do mundo - o tráfico internacional de drogas.
Os "astros do Rock" são também criações totalmente artificiais da mídia. Sua imagem pública, bem como sua música, é fabricada atrás dos bastidores pelos controladores do esquema. Por exemplo, quando os Beatles foram aos EUA pela primeira vez em 1964, foram recebidos no aeroporto por centenas de adolescentes histéricas. A imprensa nacional imediatamente anunciou que a "Beetlemania" tinha conquistado os Estados Unidos. No entanto, os promotores dos Beatles tinham transportado as adolescentes de uma escola de meninas no bairro do Bronx, em Nova York. Elas foram contratadas para recepcionar os Beatles com gritos e delírios.
O dinheiro dos grupos de Rock dos anos 60, que em alguns casos chegava a centenas de milhões de dólares, também estava sob o controle dos promotores conectados com as multidões. De 1963 a 1970, os The Rolling Stones ganharam mais de 200 milhões de dólares, porém os membros do grupo estavam à beira da falência. Nenhum deles tinha a menor idéia do paradeiro do dinheiro.
Entre 1963 e 1964 os Beatles e os Rolling Stones tomaram a cultura ocidental. Essa invasão iniciada a partir da Inglaterra foi bem planejada e executada no momento certo. Os EUA tinham acabado de sofrer com o choque do assassinato do presidente John Kennedy, enquanto que nas ruas o movimento de massa pelos direitos da cidadania tinha feito uma grande passeata na capital Washington, liderada por Martin Luther King, com 500.000 pessoas. A contracultura do Rock seria usada como uma arma para destruir esses movimentos políticos.
Posteriormente, em 1968 e 1969, anos em que ocorreram as greves de estudantes e trabalhadores nos EUA e na Europa, grandes concertos de Rock ao ar livre foram usados para conter o crescente descontentamento da população. Os concertos de Rock foram planejados como um meio de fazer aliciamento em massa para a contracultura saturada das drogas e do sexo sem compromisso. Para os milhões que iam a esses concertos, milhares de comprimidos da droga alucinógena LSD, estavam gratuitamente disponíveis. Essas drogas eram secretamente colocadas em refrigerantes como Coca-Cola, tornando milhares de vítimas incautas em psicóticos selvagens. Muitas dessas vítimas cometeram o suicídio.
Menos de meio século atrás, nossas filhos estudavam violino e piano, aprendendo a música dos grandes compositores eruditos, como Bach, Mozart e Beethoven. Como mostraremos, as mesmas companhias de discos que hoje promovem o Rock "pauleira" satânico executaram operações secretas para destruir a herança musical dos grandes compositores clássicos.
Nos últimos trinta anos, a civilização ocidental esteve sob a mira de um plano deliberado de guerra cultural, com o propósito de eliminar a herança cultural judaico-cristã. O sucesso desse plano precisa ser impedido. Para que o leitor possa combater melhor esse mal, voltaremos em mais de trinta anos no tempo, quando aqueles quatro rapazes ingleses inocentes de Liverpool, os Beatles, estavam começando.


A Criação dos Beatles


Os Beatles começaram a se apresentar no fim dos anos 50 em clubes de jazz na Inglaterra e na Alemanha Ocidental. Esses clubes, sempre localizados nas partes mais degradadas das cidades, serviam como pontos de prostituição e de circulação de drogas. Phillip Norman, biógrafo dos Beatles, escreve: "O único compromisso regular que eles tinham eram em um clube onde havia dançarinas seminuas. O dono do clube pagava dez shillings a cada um deles para tocar seus violões enquanto uma dançarina chamada Janice tirava lentamente suas roupas diante de um público formado por marinheiros, alguns executivos e habitués envergonhados que deixavam suas capas de frio no colo." [Phillip Norman, Shou! The Beatles in Their Generation, pág. 81]
Os Beatles tiveram seu primeiro sucesso na Alemanha, em agosto de 1960, quando fizeram uma apresentação em um clube de jazz no famoso bairro Reeperbahn, em Hamburgo. Descrevendo a área, Norman diz que ela tinha "janelas iluminadas com luz vermelha, onde prostitutas com todos os tipos de roupas extravagantes, de todas as idades, de ninfetas a velhotas... Tudo era livre; tudo era fácil; o sexo era fácil... ele vinha até você." [Phillip Norman, ibidem, pág. 91]
Longe da figura de inocência, os Beatles, mesmo em suas primeiras apresentações, estavam sempre sob o efeito de uma droga chamada Preludin. "John Lennon soltava espuma pela boca, pois tinha tomado muitos comprimidos... ele começou a ter um comportamento estranho no palco, dando saltos e deitando-se no chão... O fato de o público alemão não conseguir entender nada do que ele cantava, fazia John Lennon gritar 'Seig Heil!' e 'seus nazistas f****', ao que o público invariavelmente respondia rindo ou batendo palmas." [Phillip Normal, ibidem, págs. 152, 91]
Fora dos palcos, os Beatles também eram perversos. Norman continua: "Durante o tempo em que passaram em Hamburgo, todos os domingos, John Lennon ficava em um lugar alto, zombando das pessoas que se dirigiam à igreja de São José. Ele amarrou um preservativo cheio de água em uma imagem de escultura de Jesus Cristo e fixou-a à vista das pessoas que iam à igreja. Certa vez ele urinou sobre a cabeça de três freiras que caminhavam na rua embaixo." [Norman, ibidem pág. 152]
Enquanto estavam em Hamburgo, em 1962, os Beatles receberam um telegrama de seu empresário, um indivíduo homossexual chamado Brian Epstein, que estava na Inglaterra. "Parabéns. A EMI quer fazer uma sessão de gravação com vocês", dizia a mensagem. A EMI era uma das maiores gravadoras da Europa e seu papel na promoção dos Beatles seria fundamental no futuro.
Sob a rigorosa supervisão de George Martin, o diretor de gravação da EMI, e de Brian Epstein, os Beatles foram banhados, escovados, vestidos, e seus cabelos estilizados no "corte dos Beatles". O diretor da EMI, George Martin, foi quem criou os Beatles em seu estúdio de gravação.
Martin era um músico de formação clássica, e tinha estudado oboé e piano na Escola de Música de Londres. Os Beatles não sabiam ler partitura nem tocar nenhum outro instrumento, exceto o violão. Para Martin, a musicalidade dos Beatles era uma piada de mau gosto. Na primeira gravação deles, "Love Me Do", Martin substituiu Ringo na bateria por um músico contratado pelo estúdio, pois achava que Ringo "não tinha capacidade nem para tocar tambor na selva". Daquele momento em diante, Martin transformaria as músicas simples e pobres dos Beatles em grandes sucessos de gravação.


Lockwood e a EMI


A EMI [Electrical and Mechanical Instruments], presidida pelo aristocrata Sir Joseph Lockwood, é uma das principais fabricantes de eletrônica militar da Grã-Bretanha. Martin era diretor da subsidiária da EMI, a Parlophone. Em meados dos anos 60, agora chamada Thorn EMI, criou uma divisão de música que tinha crescido para 73.321 funcionários e tinha vendas anuais de mais de 3 bilhões de dólares.
A EMI era também um membro fundamental no círculo da Inteligência Militar britânica.
Após o fim da guerra, em 1945, a produção européia da EMI, presidida por Walter Legge, virtualmente dominou as gravações de música clássica, firmando contratos com dezenas de músicos clássicos e cantores líricos alemães, que naquela época estavam passando fome. Os músicos que procuravam preservar a tradição das apresentações da música de Beethoven e de Brahms eram relegados ao esquecimento enquanto que os ex-membros do Partido Nazista foram promovidos. Legge assinou um contrato de gravações com o Herbert Von Karajan, promovendo-o ao status de astro, enquanto grandes maestros, como Wilhelm Furtwangler foram ignorados.
Desde o início, a EMI criou o mito da grande popularidade dos Beatles. Em agosto de 1963, na primeira importante apresentação que fizeram na televisão, no London Palladium, milhares de fãs supostamente compareceram. No dia seguinte, todo jornal de grande circulação na Grã-Bretanha tinha uma chamada na primeira página com uma foto dizendo: "A Polícia esforça-se para conter a agitação de 1.000 adolescentes." No entanto, a foto exibida nos jornais foi recortada e somente três ou quatro das 'adolescentes agitadas' apareciam. A história era uma fraude. De acordo com um fotógrafo que estava no local, "Não houve agitação alguma. Eu estava lá e vi. Eram oito garotas, talvez menos." [Norman, ibidem, pág. 188]
Em fevereiro de 1964, os mito dos Beatles chegou aos EUA, completo com a histeria orquestrada no aeroporto Kennedy de Nova York, mencionada anteriormente. Para iniciar o primeiro tour, a mídia criou uma das maiores audiências de massa na história. Por dois domingos consecutivos, um fato até então inédito, no programa Ed Sullivan Show, mais de 75 milhões de americanos assistiram os Beatles balançando suas cabeças e corpos em um ritual que logo seria imitado por centenas de outros grupos de Rock.
Ao retornarem para a Inglaterra, os Beatles foram recompensados pela aristocracia britânica, à qual serviam tão bem. Em outubro de 1965, os quatro foram agraciados com a Ordem da Cavalaria, e receberam da Rainha Elizabeth II a distinção de Membros do Império Britânico no Palácio de Buckingham.


Saindo do Pó: Os Rolling Stones


O crédito pela origem do Rock claramente satânico dos grupos "heavy metal" atuais pode ser atribuído ao grupo inglês The Rolling Stones. A ascensão deles à fama estava conectada com a dos Beatles.
Os Stones, como são chamados, eram abertamente caracterizados como contrapeso dos Beatles. Os Stones eram 'egoístas', 'sujos' e 'rebeldes', enquanto que os Beatles tinham (inicialmente) o aspecto de serem bem comportados. Embora aparentemente fossem concorrentes, na verdade eram simplesmente dois lados da mesma operação. A primeira gravação de sucesso dos Stones foi na verdade composta pelos Beatles, e foi George Harrison quem cuidou de todos os detalhes para o primeiro contrato de gravação dos Stones.
Seguindo o mesmo plano de jogo que os Beatles, na primavera de 1963, os Rolling Stones apareceram em um dos programas familiares mais populares na televisão inglesa,Thank You Lucky Stars [Obrigado, Estrelas da Sorte]. Desta vez, porém, a reação dos telespectadores de meia-idade foi bem diferente da que os Beatles provocaram. Centenas de cartas furiosas foram enviadas à emissora. Uma carta típica dizia assim: "É uma desgraça que rapazes grosseiros e de cabelos compridos como esses possam aparecer na televisão. A aparência deles é repulsiva."
No entanto, o programa teve exatamente o efeito planejado. O empresário dos Rolling Stones, Andrew Oldham, ficou entusiasmado com a resposta do público. "Vamos fazer de vocês exatamente o oposto daqueles limpos e engomados Beatles. Quanto mais os pais detestarem vocês, mais os filhos os amarão. Apenas esperem e vejam." [Tony Sanchez, ibidem, pág. 17]
Em 1964, os Rolling Stones apareceram no programa Ed Sullivan Show, exatamente como os Beatles tinham feito anteriormente. Desta vez, porém, a audiência de todo o país viu o estúdio de televisão ser colocado abaixo pelos fãs dos Stones. Após o incidente, Sullivan disse no ar: "Prometo uma coisa a vocês, eles nunca mais voltarão a este programa". A publicidade, porém, foi exatamente a desejada. Dentro de alguns meses, os discos do grupo estavam vendendo milhões de cópias.
O plano era agora usar os Beatles e os Rolling Stones como os meios de transformar toda uma geração em seguidores pagãos da Nova Era, seguidores que poderiam ser moldados na futura liderança de um movimento satânico e depois ocupar nossas escolas, a Justiça, a Polícia e a liderança política.


Satanás Entra em Cena


Em seu livro, The Ultimate Evil, o investigador e autor Maury Terry escreve que, entre 1966 e 1967, a seita satânica The Process Church (Igreja do Processo), "procurou aliciar os Rolling Stones e os Beatles". Durante esse período, Terry informa que uma foto da namorada de Mick Jagger, o líder da banda The Rolling Stones, Marianne Faithfull, apareceu em uma edição da revista publicada pela seita, The Process Magazine. Na foto ela aparecia deitada de frente e segurando uma rosa, como se estivesse morta. O livro de Terry implica a seita Igreja do Processo nos múltiplos assassinatos perpetrados por Charles Manson e o Filho de Sam. Foi o ex-advogado da Igreja do Processo, John Markham, quem recentemente moveu a acusação contra Lyndon LaRouche.
Um elo-chave entre os Rolling Stones e a Igreja do Processo foi Kenneth Anger, um seguidor do "pai fundador" do satanismo moderno, Aleister Crowley. Anger, que nasceu em 1930 e foi um ator-mirim em Hollywood na infância, tornou-se um discípulo devoto de Crowley.
Crowley nasceu em 1875 e era chamado de "A Grande Besta". Sabe-se que, em seu papel de sumo sacerdote, ou "mago" de Satanás, ele praticava o sacrifício ritual de crianças regularmente. Crowley morreu em 1947 devido às complicações causadas pela dependência à heroína. Antes de morrer, estabeleceu conciliábulos satânicos em muitas cidades norte-americanas, incluindo Hollywood. Anger, como Crowley, é um mago, e parece ser o herdeiro dele.
Anger tinha dezessete anos quando Crowley morreu. Naquele mesmo ano, 1947, Anger já estava produzindo e dirigindo filmes que, mesmo para os padrões de hoje, são cheios de pura perversidade.
Durante 1966-67, quando segundo se sabe, a Igreja do Processo estava aliciando em Londres, Anger também estava em cena. O autor Tony Sanchez descreve que Mick Jagger e Keith Richards, da banda The Rolling Stones, e suas namoradas Marianne Faithfull e Anita Pallenburg, "ouviam encantados Anger apresentar-lhes os poderes e as idéias de Aleister Crowley." [Tony Sanchez, ibidem, pág. 155]
Enquanto esteve na Inglaterra, Anger trabalhou em um filme dedicado a Aleister Crowley, chamado Lucifer Rising ('A Revolta de Lúcifer', ou 'A Ascensão de Lúcifer'). O filme juntava a Igreja do Processo, a seita 'A Família', de Manson, e os Rolling Stones. A música para o filme foi composta por Mick Jagger. Marianne Faithfull, seguidora da Igreja do Processo viajou até o Egito somente para participar na filmagem das cenas de uma Missa Negra. O papel de Lúcifer foi representado por um guitarrista de um grupo de Rock da Califórnia, Bobby Beausoleil. Ele era membro da seita 'A Família' e amante homossexual de Anger.
Alguns meses após filmar sob a direção de Anger na Inglaterra, Beausoleil retornou à Califórnia para cometer o primeiro de uma série de assassinatos cruéis da Família. Beausoleil mais tarde foi preso e agora está cumprindo pena de prisão perpétua juntamente com Manson. Tendo perdido seu ator mais importante, Anger então pediu a Mick Jagger que representasse o papel de Lúcifer. Ele acabou ficando com Anton LaVey, autor de A Bíblia Satânica e líder da Primeira Igreja de Satanás, para representar o papel. O filme foi lançado em 1969 com o título Invocation to My Demon Brother (Invocação ao Meu Demônio-Irmão).
Em Londres, Anger tinha conseguido aliciar para o satanismo a namorada de um dos Rolling Stones, Anita Pallenberg. Pallenberg tinha conhecido os Stones em 1965. Ela começou imediatamente a manter um relacionamento sexual com três dos cinco membros da banda.
Anger, falando sobre Anita, disse: "Creio que Anita é, por falta de uma palavra melhor, uma feiticeira... A unidade ocultista dentro dos Stones é Keith e Anita... e Brian. Brian também é um feiticeiro."
Um dos amigos do grupo, Tony Sanchez, escreve sobre Pallenberg em seu livro Up and Down with the Rolling Stones: "Ela tinha uma obsessão por magia negra e começou a carregar uma réstia de alho por toda a parte - era para afugentar os vampiros. Ela também tinha um estranho e misterioso misturador para água benta que usava em alguns de seus rituais. As cerimônias dela se tornaram cada vez mais secretas e ela me advertia para nunca interrompê-la quando estivesse trabalhando em um encantamento." [Tony Sanchez, ibidem, pág. 159]
Ele continua: "Em seu quarto, ela tinha um grande baú todo ornado e entalhado do qual tinha tanto ciúmes que assumi que era onde escondia as drogas. Certo dia, quando fiquei sozinho em casa, decidi dar uma olhada no quarto dela. As gavetas estavam cheias de pedaços de ossos, peles enrugadas e pêlo de animais estranhos." [Tony Sanchez, ibidem pág. 159]
Em 1980, o caseiro de dezessete anos da propriedade de Keith Richards na Nova Inglaterra foi encontrado morto. A morte, dada como suicídio, foi com a arma de Pallenberg. A casa de Richards estava localizada próxima da sede na costa leste da Igreja do Processo. De acordo com um artigo no jornal inglês Midnite, um policial de Connecticut, Michael Passaro, que tinha atendido ao caso de "suicídio" informou que "cantos estranhos" tinham sido ouvidos no bosque, a quatrocentos metros da mansão de Richards.
O jornal continua: "Vários rituais satânicos bizarros foram realizados na região nos últimos cinco anos. Um repórter local atribuiu o crescimento do ocultismo 'às pessoas ricas que estão tomando ácido [gíria para LSD]'."
Em 1967, refletindo sua associação com Anger e a Igreja do Processo, os Rolling Stones lançaram seu primeiro álbum de Rock celebrando abertamente o Diabo, chamado Their Satanic Majesties Request (As Majestades Satânicas Deles Pedem). Alguns meses antes, os Beatles tinham lançado seu primeiro álbum dedicado à promoção das drogas psicodélicas, Sargeant Pepper's Lonely Hearts Band Club. O álbum continha uma versão fantasiosa do efeito ("a viagem") do LSD, chamada "Lucy in the Sky with Diamonds", ou L. S. D. O álbum teve uma enorme vendagem.
Claramente, o álbum dos Beatles foi dedicado ao satanista Aleister Crowley. Ele foi lançado 20 anos após a morte de Crowley, perto do dia do seu falecimento e a canção título começava com a letra "Hoje, vinte anos atrás..." A foto de Crowley aparecia na capa do álbum.
Um mês após o lançamento do álbum, os Beatles chocaram o mundo anunciando publicamente que estavam tomando LSD regularmente. Paul McCartney, em uma entrevista à revista Life disse: "O LSD abriu meus olhos. Usamos somente a décima-parte da nossa mente." Eles também defenderam a liberação da maconha.
Agora o gato estava fora da bolsa, não era mais segredo, mas os protestos foram poucos e pequenos. Na Inglaterra, a BBC baniu "A Day in the Life" e, nos EUA, o governador de Maryland, Spiro T. Agnew, que mais tarde se envolveria no escândalo de Watergate, iniciou uma campanha para banir a música "Lucy in the Sky With Diamond".



Adendo de Dial-the-Truth Ministries



A Música Rock e Aleister Crowley

Aleister Crowley é, sem sombra de dúvida, o principal "mestre" espiritual da música Rock. O propósito de Crowley na vida era destruir Jesus Cristo e o cristianismo, ao mesmo tempo em que exaltava as perversões sexuais, as drogas, a magia e Satanás.
Aleister Crowley expressa seu ódio a Jesus Cristo em The World´s Tragedy (A Tragédia do Mundo):
"Não quero discutir as doutrinas de Jesus, elas e somente elas, degradaram o mundo à sua condição atual. Considero o cristianismo não somente a causa, mas também o sintoma da escravidão." [Aleister Crowley, The World´s Tragedy, pág. XXXIX]
"Essa religião que eles chamam de cristianismo; o diabo que eles honram chamam de Deus. Aceito essas definições, como um poeta faria, para ser inteligível à sua época, e é o Deus e a religião deles que EU ODEIO E VOU DESTRUIR." [Aleister Crowley, ibidem, pág. XXXI]
Na introdução de The World´s Tragedy, Israel Regardie diz:
"Esse longo e quase épico poema é uma das mais amargas e cruéis diatribes ao cristianismo que eu já li."
O ensino mais famoso de Crowley, "Faça o que quiser, isso há de ser toda a lei" tornou-se o mantra da revolução das drogas, perversões sexuais e todo o anticristianismo dos anos 60. "Faça tudo o que você quiser. Se for bom e der prazer, então faça".

Os Beatles e Crowley

De acordo com o The All Music Guide, o álbum Sargeant Pepper, dos Beatles, "será para sempre conhecido como a gravação que mudou o Rock & Roll. A revista Time disse: "Sargeant Pepper estava encharcado de drogas." [Time, 26/9/1967, pág. 62]

A capa do álbum mostrava os Beatles com um fundo formado por pessoas que, de acordo com Ringo Starr "de quem gostamos e que admiramos" [Hit Parade, outubro/1976, pág. 14] Paul McCartney falou sobre a capa do álbum: "... íamos ter as fotos dos nossos heróis na parede..." [Musician, Edição Especial para Colecionadores, Beatles e The Rolling Stones, 1988, pág. 12]
Um dos heróis dos Beatles incluído na capa do álbum Sargeant Pepper, era o infame Aleister Crowley! A maior parte das pessoas em 1967 não sabia quem era Crowley - mas os Beatles certamente sabiam.
Capa do álbum "Sargeant Pepper", dos Beatles.
"... íamos ter as fotos dos nossos heróis na parede..."

O "herói" Aleister Crowley é o segundo a partir da esquerda na linha de cima.
Aparentemente, os Beatles encaravam os ensinos de Crowley com muita seriedade - John Lennon, em uma entrevista, disse que "toda a idéia dos Beatles" era o famoso ensino 'Faça o que você quiser', de Crowley.
"Toda a idéia dos Beatles era faça tudo o que você quiser, certo? Assumir suas próprias responsabilidades, fazer o que quiser e tentar não prejudicar as outras pessoas, certo? FAÇA O QUE QUISER, desde que não fira ninguém... [Entrevista da revista Playboy com John Lennon e Yoko Ono, David Sheff & G. Barry Golson, pág. 61]
"Eles são totalmente anticristãos! Eu também sou anticristão, mas eles são tão anticristãos que me deixam chocados, o que não é uma coisa fácil." - Derek Taylor, Assessor de Imprensa dos Beatles [Saturday Evening Post, 8/8/1964]
"Jesus El Pifico, um covarde fedorento, fascista, bastardo, comedor de alho." [John Lennon, A Spaniard in the Works, pág. 14]
"O cristianismo vai acabar, vai diminuir e desaparecer totalmente. Não preciso discutir esse fato. Estou certo e o tempo vai provar isso... Neste momento, somos mais famosos que Jesus." [John Lennon, San Francisco Chronicle, 13/abril/1966, pág. 26]





LED ZEPPELIN

Um dos discípulos mais devotos de Crowley foi o guitarrista do Led Zeppelin, Jimmy Page. Page comprou a "casa dos horrores" de Crowley - Boleskine, situada no Lago Ness, na Escócia. Boleskine era a casa onde Crowley realizava sua "magia satânica", incluindo sacrifícios de sangue. Crowley foi enterrado dentro de um câmara escura em Boleskine. O ensino mais famoso de Crowley era "Faça o que quiser, isso será toda a lei". Page inscreveu no vinil no terceiro álbum da banda, Led Zeppelin III, "Faça o que quiser. Assim seja." Sem que as pessoas que assistiam aos seus concertos soubessem, Jimmy Page realizava rituais aprendidos de Crowley durante algumas apresentações da banda Led Zeppelin.





OZZY OSBOURNE
Ozzy Osbourne chamou Crowley de "fenômeno da sua época" [Circus, 26/8/1980] Ele gravou uma música em tributo a Crowley - Mister Crowley. A letra diz:

Você enganou a todos com a magia
Você aguardou o chamado de Satanás...
Crowley, não quer montar no meu cavalo branco?

Ozzy, conhecido por seus atos violentos e incontroláveis quando está no palco, confessou em uma entrevista:
"Realmente gostaria de saber por que fiz algumas coisas nestes anos. Não sei se sou um médium para alguma força de fora. Seja lá o que for, francamente, espero que não seja o que penso que é: Satanás." [Hit Parade, fevereiro de 1978, pág. 24]



THE DOORS
Jim Morrison, o superastro do grupo The Doors, que morreu "misteriosamente" em 3/julho/1971 estava profundamente imerso no ocultismo. Ele e sua noiva se casaram em uma cerimônia na religião Wicca, de pé sobre um pentagrama desenhado no chão e bebendo um o sangue do outro.
A capa de trás do álbum do The Doors, "13" mostra o grupo reunido em volta de um busto de Aleister Crowley.
Morrison admitia que Satanás era a fonte de sua música:
"Encontrei o Espírito da Música... Uma aparição do diabo em um canal de Veneza. Correndo, eu vi um Satã ou um Sátiro, movendo-se ao meu lado, uma sombra em carne da minha mente secreta..." [The Lost Writings de Jim Morrison, págs. 36-38]

Ray Manaxrek do The Doors, fala sobre Morrison:

"Ele não era um ator; não era um apresentador; não era um comediante. Era um xamã. Ele era possesso."
"Enquanto Jim Morrison estava no Chateau Marmont, passou algumas noites muito doidas com uma vizinha obesa e de seios grandes... certa vez acordando com os lençóis manchados de sangue, após terem dividido taças de champanhe contendo o sangue um do outro." [Pamela Des Barres, Rock Bottom, pág. 208]
Muitos outros artistas da cena do Rock "estudaram" Crowley, como: Marc Bolan, David Bowie, Graham Bond, Sting, Daryl Hall, King Diamond, Bruce Dickinson, Siv Bators, etc.





Criando a Contracultura

O ano de 1967 marcou uma escalada marcante em uma guerra cultural aberta contra a juventude norte-americana. O ano viu o início dos concertos de Rock ao ar livre, que atraiam milhares de pessoas. Nos dois anos que se seguiram, mais de 4 milhões de jovens assistiram a uma série de aproximadamente doze desses "festivais", tornando-se vítimas de uma experiência planejada da livre distribuição de drogas em larga escala. Drogas alucinógenas que causam danos ao cérebro, como PCP, STP e o LSD promovido pelos Beatles, eram livremente distribuídos nesses concertos. Esses milhões de jovens voltariam depois para suas casas para se tornarem os mensageiros e promotores da nova cultura das drogas, que veio a ser chamada de "Nova Era".
O primeiro festival de Rock, "O Primeiro Festival Pop Anual Internacional de Monterey" teve a presença de 100.000 jovens. O propósito real do Festival Pop de Monterey era a distribuição em larga escala de um novo tipo de droga, classificada como psicodélica, ou alucinógena, como o LSD. Em Monterey, milhares de adolescentes tiveram seu primeiro contato com as novas drogas alucinógenas. A primeira experiência com LSD foi iniciada nos primeiros anos da década de 60, na seção Haight-Ashbury de San Francisco. O projeto era administrado por uma força-tarefa da CIA-Inteligência Britânica sob o codinome MK-Ultra. Parte do projeto previa a distribuição grátis de 5.000 comprimidos de LSD por meio de uma comunidade conhecida como Merry Panksters (Os Traquinas Felizes), de Ken Kesey. Os efeitos posteriores do LSD seriam então cuidadosamente estudados.




Adendo de Dial-the-Truth

"A propósito, sempre precisamos lembrar de agradecer à CIA e ao Exército pelo LSD. Isso é o que as pessoas esquecem..." [Entrevista da revista Playboy com John Lennon e Yoko Ono, pág. 123]

Kesey, chamado de "Poeta" e condenado por tráfico de drogas, tornou-se famoso por dirigir pela Califórnia em um ônibus todo pintado com sua comuna, os Merry Praksters (Os Traquinas Felizes), distribuindo a bebida Kool Aid misturada com LSD para os incautos.
O efeito do LSD é tornar a vítima psicótica, juntamente com a incapacidade de discernir a realidade das alucinações induzidas pela droga. Para muitas pessoas, essa psicose (também chamada de "viagem ruim") podia levar ao suicídio e isso realmente aconteceu com muitas pessoas. Quando um indivíduo recebe LSD sem saber, as capacidades produtoras de psicose da droga são amplificadas, e normalmente causam dano cerebral irreversível na vítima.
O organizador do Festival de Monterey foi John Phillips, membro do grupo de Rock The Mammas and the Pappas. Phillips, como veremos, era um promotor do uso de drogas e estava ligado à rede de satanistas em torno de Charles Manson e do diretor de cinema Roman Polanski.
Phillips constituiu uma junta de diretores para promover e financiar o concerto. Os membros da junta formaram uma rede de agentes da Inteligência britânica e satanistas. A junta de diretores incluia Andrew Oldham (o empresário dos Rolling Stones), o líder dos Stones, Mick Jagger, o Beatle Paul McCartney e o amigo de Phillips, o produtor de discos Terry Melcher, o filho da atriz Doris Day.
O concerto, incluindo o cenário e a enorme e inovadora amplificação ao ar livre, foi dirigido por Phillips. Foi a primeira vez que uma audiência norte-americana foi exposta a esses grupos britânicos abertamente demoníacos, como The Who e Jimi Hendrix. Na conclusão da sua apresentação, a banda The Who, em um furor provocado pelas drogas, destruiu todas as guitarras, amplificadores e as baterias. Jimi Hendrix simulava masturbação com sua guitarra no palco, ao mesmo tempo em que tocava em um volume ensurdecedor.
Ocorreu um uso maciço e aberto das drogas. O autor Robert Santelli, em seu livro Aquarius Rising [A Ascensão de Aquário], escreveu: "Havia LSD em abundância em Monterey. Comprimidos de 'Monterey Purple' eram literalmente entregues a qualquer pessoa que quisesse experimentar um pouco." A Polícia não realizou nenhuma prisão, definindo outro precedente para os futuros concertos ao ar livre.
Havia um esquema muito maior em operação. O esquema estava ligado ao projeto MK-Ultra e envolvia o uso de satanistas ao redor de Phillips, juntamente com agentes como Ken Kesey e Timothy Leary. O plano era transformar as proximidades de San Francisco em uma área reservada para o satanismo, o aliciamento em massa e a perversão dos jovens e rebeldes adolescentes.
Phillips tinha anteriormente escrito a música para uma canção chamada 'San Francisco', que vendeu mais de 5 milhões de cópias. A canção convocava todos os jovens do país a virem para San Francisco 'com flores nos cabelos'. Foi o brado de ajuntamento para os dezenas de milhares que foram a San Francisco no verão de 1968 para participarem no novo movimento "hippie", chamado de Verão do Amor. Alguns dos que foram tornaram-se presa para tipos como Charles Manson, que aliciava os membros da sua seita "A Família" exclusivamente entre jovens rebeldes e fugidos de casa.




Adendo de Dial-The-Truth
Timothy Leary e Aliester Crowley


Timothy Leary, um psicólogo de Harvard, que foi o "guru" do LSD dos anos 60, pregava que a "iluminação" espiritual poderia ser obtida por meio do LSD. Muitos roqueiros, como os Beatles, foram profundamente influenciados por Leary. A canção dos Beatles "Come Together" foi dedicada a Leary e ele chegou a cantar como voz de fundo na música "Give Peace a Chance" [Dê uma Chance à Paz], de John Lennon.
Leary também era um discípulo de Crowley. No programa PBS Late Night America, Leary admitiu ser um "admirador" de Crowley e acreditava que estava dando continuidade à sua obra:
"Bem, sou um admirador de Aleister Crowley. Acho que estou realizando muito da obra que ele iniciou mais de cem anos atrás, e acho que os próprios anos 60... Ele achava que todos deviam se conhecer a si mesmos e acreditava em "Faça o que quiser, isso há de ser toda a lei" com amor. Essa frase é muito poderosa. É uma pena que ele não esteja vivo para apreciar as glórias daquilo que iniciou."

(PBS Late Night America, do vídeo "Hells Bells", Reel to Real Ministries).




Manson e os Astros do Rock

Charles Manson foi bem retratado como um psicótico solitário que tinha poder hipnótico sobre sua "Família". Na realidade, Manson era bem conhecido de um rede inteira de atores e atrizes de Hollywood, promotores de eventos, parceiros e astros da música Rock, e fornecia sexo e drogas a muitos deles.
Em sua autobiografia, Pappa John, Phillips fala sobre um convite que recebeu para ir com Terry Melcher à mansão de Dennis Wilson, integrante do grupo Beach Boys. Wilson dizia: "Charlie está aqui com todas as gatinhas. Ele toca guitarra e é realmente muito doido. Ele controla todas essas gatinhas lindas como se fossem suas escravas. Você pode vir e comer qualquer uma delas. É uma ótima festa."
Toda a "Família" de Manson mudou-se para a mansão dos Beach Boys por quase um ano. Os Beach Boys, que apresentaram-se até na Casa Branca, são o grupo de maior vendagem da Capitol Records, uma subsidiária da EMI.
No domingo de 10 de agosto de 1969, Manson enviou quatro membros de sua seita para a última visita deles à casa de Melcher. Dessa vez, Melcher não estava lá, mas a atriz Sharon Tate, mulher do diretor Roman Polanski, e três outras pessoas, estavam. Quando o grupo saiu, ela e os outros tinham sido mutilados e assassinados com selvageria. Quanto a Phillips, em junho de 1980, ele foi preso por estar gerenciando uma grande operação de tráfico de drogas.



A Era de Aquário

O maior concerto após o de Monterey, a "Feira de Arte e de Música de Woodstock", seria aquilo que a revista Time celebrou como um "Festival de Aquário" e "o maior acontecimento da história". O termo "Aquário" foi escolhido com cuidado. A Era de Aquário significava que a "Era de Peixes", que é a era cristã, tinha chegado ao fim.
Em Woodstock, uma pequena localidade no Estado de Nova York, quase quinhentos mil jovens reuniram-se em uma fazenda para serem drogados e receberem lavagem cerebral. As vítimas ficaram isoladas, imersas na imundície, recebendo drogas psicodélicas, e mantidas acordadas continuamente por três dias seguidos, e tudo com a cumplicidade do FBI e de membros do governo. A segurança para o concerto foi fornecida por uma comunidade hippie treinada na distribuição em massa de LSD.
Novamente, foi a rede da inteligência militar britânica que iniciou tudo. Woodstock foi uma criação de Artie Kornfeld, o diretor da Divisão de Projetos Contemporâneos da Capital Records, a gravadora subsidiária da EMI. Os recursos financeiros originais foram fornecidos pelo herdeiro de uma grande companhia farmacêutica estabelecida na Pensilvânia, John Roberts, e dois outros sócios. Foi outra companhia farmacêutica, o laboratório suiço Sandoz, que primeiro sintetizou o LSD. Mais tarde, Roberts seria acusado de usar sua companhia para viciar a massa dos participantes do festival nas drogas.
Poucos preparativos adequados foram feitos para receber as quase quinhentas mil pessoas que compareceram. Joel Rosenman, um dos três sócios, escreveu pouco antes do ínicio do festival: "Os alimentos e a água claramente não seriam suficientes, as instalações sanitárias estavam subdimensionadas, os controles seriam poucos, e as drogas superabundantes. Pior de tudo, não haveria meio de alguém sair dali, mesmo se quisesse." Na verdade, fazer as pessoas sentarem-se ao lado do seu próprio excremento era parte do plano.
Uma comunidade hippie chamada The Hog Farm [Granja de Porcos], teve um papel especial em Woodstock. Essa comunidade era liderada por um homem apelidado de Wavy Graver, que era um antigo membro da operação MK-Ultra de Ken Kesey, os Merry Pranksters [Traquinas Felizes]. Comunidades como The Hog Farm eram comumente encontradas em partes remotas da Califórnia e serviam como terreno para a criação de seitas satânicas, bem como para grupos terroristas. Os membros dessas comunidades comunicavam-se continuamente com outras comunidades e eram o terreno de aliciamento para a Igreja do Processo e para a "Família", de Charles Manson. Diane Lake, da The Hog Farm, também era membro da Família quando houve o massacre de Sharon Tate e dos outros convidados.
Em 14 de agosto, um dia antes da abertura, toda a força de segurança do festival, formada por 350 policiais de Nova York que estavam em folga, caiu fora. O porta-voz da Polícia declarou que nenhuma solicitação formal tinha sido feita com a cidade, uma declaração que os promotores negaram com veemência. No dia seguinte, em um artigo publicado no jornal The New York Times, o chefe da segurança em Woodstock dizia: "Agora não temos nenhuma segurança. Estou paralisado. Estamos com o maior ajuntamento de jovens na história deste país e sem contar com nenhuma proteção da Polícia." Sem qualquer surpresa, a comunidade The Hog Farm foi colocada a cargo da segurança.
O patrocinador e diretor de Woodstock, John Roberts, admitiu abertamente que conhecia a conexão de The Hog Farm com a distribuição de drogas. Ele escreve: "O pagamento que eles cobraram foi simplesmente o transporte ida e volta para o festival... uma força para manter a paz que parecia, falava e cheirava como a multidão teria uma alta credibilidade e seria muito eficiente... e o mais importante, eles eram espertos no assunto das drogas, conhecendo o ácido bom do ruim, as boas viagens das más, o bom medicamento do veneno, etc."
Naquele tempo, a comunidade The Hog Farm estava vivendo nas montanhas do Novo México. Roberts fretou um avião Boeing 727, por US$ 17.000 e trouxe 100 membros para Nova York.
Para limpar o caminho final para a planejada distribuição de drogas para meio milhão de jovens, o promotor público do distrito concordou privadamente que não seriam feitas prisões ou aberturas de inquéritos por desrespeito à Lei dos Entorpecentes. John Roberts escreve: "O promotor do distrito... logo reconheceu que muitos dos nossos clientes estariam usando drogas ilícitas, mas também que esse seria o menor dos nossos problemas durante o fim de semana. Assim, ele atuou com compreensão e com boa graça o tempo todo." Roberts também escreve que estava se reunindo continuamente com o FBI até e inclusive no dia anterior ao início do concerto, e que tinha a total cooperação deles.



Começa a Experiência

Dois dias antes da data prevista para o concerto, 50.000 jovens já tinham chegado a Woodstock. As drogas começaram a circular imediatamente. Muitas pessoas levaram seus bebês e, como diz Roberts, até eles recebiam entorpecentes. Roberts escreve que em um lago próximo dali, "os pequenos nadavam nus, fumavam maconha e entravam no ritmo da música".
Uma pesquisa realizada pelo The New York Times no festival constatou que 99% das pessoas estavam fumando maconha. Os enviados do xerife local, totalmente sobrepujados, informaram que não fizeram nenhuma prisão por causa do uso dos entorpecentes. O jornal do dia 17 de agosto citou um policial que disse: "Se fôssemos prender, não haveria espaço suficiente no nosso condado nem nos três condados vizinhos para colocar todo mundo."
O uso da maconha não era o pior. Seguindo a idéia do projeto MK-Ultra original, a distribuição em massa do LSD viria em seguida, muito dele misturado com Coca Cola, como o Pranksters, de Kesey tinha feito cinco anos antes. Roberts relata jocosamente o seguinte: "Um policial particularmente nervoso... recebeu uma Coca-Cola misturada com LSD enquanto estava orientando o trânsito. Muito tempo depois de a circulação dos veículos parar totalmente em um engarrafamento, o guarda ainda fazia sinais para eles. Finalmente, decidiram levá-lo embora."
Nos próximos três dias, os quase quinhentos mil jovens que compareceram ficaram sujeitos continuamente às drogas e à música Rock. Devido às chuvas torrenciais, eles ficavam encharcados de lama. Não existiam abrigos, nem forma de sair. Os carros estavam estacionados a uma distância de mais de 13 km. Rosenman escreve que a chave para a "experiência de Woodstock" foi "manter os músicos tocando vinte e quatro horas por dia... para manter os jovens transfixados..."
Dentro das primeiras 24 horas, mais de 300 jovens precisaram receber cuidados médicos, violentamente enfermos. O diagnóstico: estavam tendo "viagens" ruins com o LSD. Milhares de outros casos aconteceram em seguida. Em 17 de agosto, o The New York Times informou: "Na noite de hoje, um locutor do festival advertiu do palco, que 'ácido com defeito de fabricação' estava em circulação. Ele disse: 'Vocês não estão recebendo veneno. O ácido não é veneno. Simplesmente veio com um defeito de fabricação. Vocês não vão morrer... Não pensem que foram envenenados. Se você estiver preocupado, tome apenas meio comprimido.'"
O conselho, para quase 500.000 pessoas, "Tome apenas meio comprimido" foi dado por ninguém menos que Wavy Gravy, o agente do MK-Ultra.
Com um número crescente de ocorrências médicas para atender, foi feita uma solicitação à prefeitura de Nova York para que enviasse profissionais da saúde treinados em emergências médicas. Mais de 50 médicos e enfermeiros foram transportados de avião. Até o final de Woodstock, o número total de ocorrências médicas chegou a 5.000.



Altamont: A Criação de um Filme com Morte Real

O último grande festival de Rock dos anos 60 aconteceu no circuito de corrida de carros em Altamont, fora de San Francisco. Os músicos em destaque eram os Rolling Stones, que agora reinavam supremos no mundo do Rock, pois os Beatles tinham se separado. A sugestão para o concerto veio de Ken Kesey, agente do MK-Ultra.
Desta vez, a audiência foi levada ao frenesi, em louvor aberto ao Diabo. O resultado foi uma literal orgia satânica. No final, quatro pessoas estavam mortas e dezenas surradas e feridas. Mick Jagger, o vocalista que era líder dos Rolling Stones, representava o papel de Lúcifer. A apresentação marcou o início dos concertos de "heavy-metal" de hoje.
Mais de 400.000 pessoas estiveram em Altamont que teve menos preparação ainda que Woodstock. Faltou comida e até água. No entanto, podia-se encontrar muita droga. Como em Woodstock, o concerto se tornaria o veículo para a utilização em massa das drogas, especialmente o LSD. O autor Tony Sanchez descreve a cena à medida que as pessoas chegavam a Altamont:
"Por volta das dez da manhã mais de 250.000 pessoas já estavam por ali, e as coisas estavam ficando caóticas. Havia muito ácido ruim (LSD-DP) em circulação e, por toda a parte, as pessoas estavam ansiosas. Todos estavam entrando sob o efeito de drogas, aguardando as horas que faltavam para o início - erva mexicana, vinho californiano barato, anfetaminas..." [Tony Sanchez, ibidem, pág. 195]
"Por volta do meio-dia, todos estavam tendo suas 'viagens'... Um homem quase morreu quando tentou voar saltando de uma ponte - outro caso de alucinação provocada pelo ácido. Na outra ponta um rapaz gritava pedindo ajuda por ter caído nas águas profundas de um canal de drenagem. As pessoas, sob o efeito das drogas, somente olhavam ele afundar, sem distingüir se a cena era real ou mais uma alucinação. De qualquer forma, não importava mais, ele já estava morto. Por toda a parte, os médicos estavam atarefados realizando partos em mulheres jovens que davam à luz bebês prematuros." [Tony Sanchez, ibidem, pág. 195]
A descida ao Inferno continuaria. Os Rolling Stones tinham contratado, segundo se informou, por 500 dólares, a gangue de motociclistas Hell's Angels [Anjos do Inferno] para atuar como guardas de segurança para o concerto. No entanto, o pagamento real deles seria a receita obtida com a venda de drogas. Os Anjos do Inferno, uma gangue formada por ladrões, estupradores e assassinos, eram os controladores e fornecedores conhecidos de drogas em toda a costa oeste americana.
Quando o festival foi aberto, a multidão de quase meio milhão de pessoas esperou por mais de uma hora e meia até que os Stones aparecessem. Somente com o cair da noite, que permitia o uso de efeitos luminosos especiais, é que eles subiram ao palco. Mick Jagger, o vocalista, estava vestido com uma capa de cetim, que ficava vermelha sob as luzes. Ele estava imitando Lúcifer.
O autor Sanchez descreve em seguida o que ele chama de "ritual satânico pré-planejado". Quando o grupo começou a tocar, "estranhamente vários jovens começaram a tirar a roupa e a rastejar até o palco, como se fosse um altar, onde ofereciam-se como vítimas aos chutes e pauladas dos Anjos do Inferno. Quanto mais eles eram surrados, mais ainda se impeliam, como se motivados por uma força sobrenatural, para oferecerem-se como sacrifícios humanos a esses agentes de Satanás." [Tony Sanchez, ibidem, pág. 199]
No meio da multidão, diante do palco, acompanhado por sua namorada, estava um homem negro chamado Meredith Hunter. Ele logo foi escolhido para ser o sacrifício humano.
Os Stones tinham acabado de lançar uma nova canção, "Sympathy for the Devil" [Simpatia pelo Diabo]. Rapidamente o disco tornou-se o maior sucesso no país. A música começa com Mick Jagger apresentando-se como Lúcifer. Quando ele começou a cantá-la em Altamont, todo o público se levantou e começou a dançar freneticamente.
Sanchez descreve o que aconteceu em seguida, "Um grandalhão dos Anjos do Inferno, parecendo um urso, aproximou-se de Meredith Hunter para puxar seu cabelo com força e provocar uma briga... A briga aconteceu, mais cinco Anjos vieram para ajudar o colega, enquanto Meredith tentava sair do meio daquela multidão. Um dos Anjos o pegou pelo braço e o esfaqueou nas costas. A faca não penetrou muito, mas Meredith percebeu que precisaria lutar muito para continuar vivo. Ele puxou uma arma do bolso e apontou-a direto para o peito de um dos Anjos... Os Anjos então caíram em cima dele como uma alcatéia de lobos. Um deles tomou a arma da sua mão, outro o esbofeteou na cara e ainda outro batia nele repetidamente, insanamente, nas costas, até que os joelhos fraquejaram."
"Quando os Anjos acabaram com a surra, várias pessoas tentaram ajudar Meredith, mas um dos Anjos montou guarda ao lado do corpo inerte. "Não toquem nele", disse em tom de ameaça. "Ele vai morrer mesmo, então deixem que morra." [Tony Sanchez, ibidem, pág. 202]
Nunca ficou provado que Meredith tinha uma arma. Mais tarde, foram feitas algumas prisões, mas ninguém foi indiciado porque ninguém se apresentou como testemunha, por temor de retaliação dos Anjos do Inferno.
Durante todo o incidente, os Rolling Stones continuaram tocando "Simpatia pelo Diabo". Do palco, viam Meredith Hunter ser morto diante deles. Além disso, incrivelmente, todo o assassinato foi filmado por uma equipe profissional contratada para filmar o concerto. Pouco tempo depois, o filme foi lançado com o título de uma canção dos Rolling Stones, chamada "Gimme Shelter" [Dê-me Abrigo].
O assassinato foi planejado por satanistas? Em seu livro The Ultimate Evil, o autor Maury Terry diz que as seitas satânicas circulam entre si filmes de seus sacrifícios humanos. Esses filmes são chamados de snuff films ("filmes com morte real") Terry relata que um dos sete assassinatos perpetrados pelo Filho de Sam em Nova York foi na verdade filmado a partir de um veículo estacionado nas proximidades. O filme foi depois comprado por um satanista rico. "Gimme Shelter", que fez muito sucesso nas bilheterias, ainda hoje pode ser adquirido ou alugado por somente alguns reais, em qualquer locadora de vídeo.



O Que Há Por Trás do Rock "Heavy-Metal"

O mesmo ano em que houve o festival de Altamont, 1969, marcou o início da carreira maligna de Ozzy Osbourne Ele formou a banda The Black Sabbath [Sabá Negro]. O grupo modelou-se nos The Rolling Stones. Os próximos quinze anos testemunhariam uma procissão de músicos de Rock drogados, como Osbourne, todos competindo pelo "dinheiro grande" e pelos contratos de gravação. O critério-chave para conseguir firmar um contrato era a capacidade de retratar decadência e malignidade. Tais eram os grupos de heavy-metal.
Em 1985, o jornal New Solidarity, que depois foi forçado pelo governo federal a encerrar as atividades, conduziu uma entrevista com Hezekiah Ben Aaron, na época um membro de terceiro escalão na Igreja de Satanás. Hoje, Ben Aaron é um cristão dedicado. Na entrevista, ele revelou que foi sua igreja que lançou grupos de Rock como Black Sabbath, The Blue Oyster, Cult, The Who, Ozzy Osbourne, e muitos outros. Naquela época, a Igreja de Satanás era liderada por seu sumo sacerdote, Anton LaVey. Há quem diga, porém, que LaVey, um ex-domador de leões no circo, era apenas um testa-de-ferro para o verdadeiro sumo sacerdote, Kenneth Anger, o homem que aliciou os Rolling Stones para o ocultismo.
O seguinte é um trecho dessa entrevista: "Eu estava trabalhando para a igreja... a igreja tinha outras pessoas que eram os intermediários para outras companhias. Eram intermediários para a gravadora Apple [criada pelos Beatles], Warner Brothers, e outras gravadoras. Uma pessoa vinha até mim e dizia: "Tenho uma fita gravada e gostaria que você ouvisse. Estaria interessado em patrocinar um novo grupo de Rock?´ Eu respondia: 'Claro, prometo que vou ouvir.' Alguns dias mais tarde Ben Aaron ligava para o grupo e marcava outra reunião. 'Eu entregava US$ 100.000 e eles não assinavam nada. O que não sabiam é que um espelho colocado na parede era transparente de um único lado e estávamos gravando e filmando tudo. O pagamento dos juros, se você não conseguisse fazer sucesso, era realmente muito pesado. Algumas vezes, chegava a 60%, em dólares".
A entrevista de Aaron continuou: "Enviávamos o grupo a uma loja, comprávamos as roupas que eles usariam, os amplificadores, tudo pago com o dinheiro que eles receberam. Organizávamos apresentações e viagens, enchendo a agenda do grupo de compromissos."
Ele então explicou que se o grupo não fizesse o sucesso esperado, recebia ordens de devolver todo o dinheiro ou fazer "outros acertos". Esses "outros acertos" provavelmente é o que explica as dezenas de "suicídios" de astros do Rock. A máfia do submundo tem muitos modos de eliminar aqueles que não pagam suas dívidas. Alguns leitores podem lembrar a seguinte declaração que o Beatle John Lennon fez à imprensa internacional em 1966:
"O cristianismo vai acabar. Vai acabar. Vai diminuir cada vez mais e desaparecer. Nem preciso discutir isso. Estou certo e o tempo vai provar que tenho razão. Neste momento, somos mais famosos que Jesus Cristo."
Esperemos que o tempo prove que ele estava enganado.



Ele estava enganado. O tempo já provou isso.




John Lennon foi assassinado em 8 de dezembro de 1980 por Mark David Chapman, um de seus admiradores.



"Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte." [DEUS, em Provérbios 14:12]