sábado, 26 de novembro de 2011

O FUTURO GOVERNO MUNDIAL.




O futuro governo mundial


Dentro de pouco tempo, um governo cruel, perverso e totalitário, mas com um discurso impecável de paz, amor e fraternidade, tomará conta do planeta Terra. Nada pode impedir que isso aconteça. Os Estados Unidos, depois de um colapso repentino e misterioso, serão impotentes, um mero peão no desenrolar dos acontecimentos. Mas será que essa transformação será provocada pelos lendários Trilateralistas? Não! A conspiração é muito maior do que isso e poderosa demais para ser controlada pelos Trilateralistas.


Há muitos rumores alarmistas de que importantes líderes políticos de Washington estariam envolvidos numa conspiração para trair os interesses nacionais dos Estados Unidos. Esses homens, todos membros ou ex-membros da Comissão Trilateral e/ou do Conselho de Relações Exteriores (CFR, em inglês), estariam trabalhando lado a lado com certos líderes comunistas importantes numa conspiração internacional para estabelecer um governo mundial [...]. Não há dúvida de que esses relatos têm um fundo de verdade. Mas as pessoas invariavelmente exageram quando se referem aos Trilateralistas e ao pessoal do CFR, parecendo atribuir onisciência e onipotência aos “internacionalistas”.
De fato, membros de várias organizações políticas importantes, tanto nos EUA como no exterior, fazem parte de uma conspiração internacional para estabelecer um governo mundial. Mas será que isso é tão ruim assim? De que outra forma pode haver uma paz mundial justa e duradoura? Com certeza, um governo mundial não seria considerado algo ruim, mas sim a maior esperança de se evitar um holocausto nuclear. Porém, muitos argumentam que esse governo só poderia ser estabelecido através do sacrifício de liberdades preciosas para o Ocidente [...].
Em vários de seus livros, H. G. Wells parece ter previsto com precisão assustadora os passos que levarão ao surgimento do futuro governo mundial. Embora defendesse um socialismo internacional benevolente, ele não tinha ilusões com relação ao Comunismo, que rejeitou com estas palavras:
Na prática, vemos que o Marxismo [...] recorre a atividades perniciosamente destrutivas e [...] é praticamente impotente diante de dificuldades materiais. Na Rússia, onde [...] o Marxismo foi testado [...] a cada ano fica mais claro que o Marxismo e o Comunismo são desvios que se afastam do caminho do progresso humano [...]. O principal erro dessa teoria é a suposição simplista de que pessoas em situação de desvantagem se sentirão compelidas a fazer algo mais do que a mera manifestação caótica e destrutiva de seu ressentimento [...]. Nós rejeitamos [...] a fé ilusória nesse gigante mágico, o Proletariado, que irá ditar, organizar, restaurar e criar [...].
Em vez disso, Wells previu que a nova ordem mundial estaria nas mãos de “uma elite de pessoas inteligentes e com um pensamento religioso”. A religião desses conspiradores sinceros, que Wells explicou e confessou seguir, é exatamente o que a Bíblia descreve como a religião do futuro Anticristo! Mas poucas pessoas perceberão isso, pois todos estarão muito empenhados em salvar o mundo do holocausto nuclear. Seus objetivos serão tão sinceros e parecerão tão lógicos: uma paz genuína e duradoura só pode ser obtida através do controle mundial sobre os interesses nacionalistas que, de outra forma, geram disputas por territórios, recursos, riqueza e poder, provocando guerras para atingir seus objetivos [...].
Criado pela mãe para ser evangélico, Wells tornou-se um apóstata inimigo de Cristo. Amigo íntimo de T. H. Huxley, Wells era ateu e ávido evolucionista. Porém, tinha uma religião, uma crença de que uma elite de homens-deuses evoluiria no tempo oportuno, “tomaria o mundo em suas mãos e criaria uma ordem racional”. O mundo seria transformado através dessa religião apóstata. Duvido que Wells soubesse que estava profetizando o cumprimento de uma profecia bíblica: “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição”. Entretanto, Wells parecia saber que isso não aconteceria em sua geração, mas ocorreria provavelmente na seguinte:
Alguma coisa importante está tomando forma – um imenso e crescente movimento popular cujo caráter é mais religioso do que político, embora não no sentido comum da palavra.
Para a minha geração, desempenhar o papel de João Batista deve ser a maior ambição. Podemos proclamar e revelar o advento de uma nova fase da fé e do esforço humano. Podemos indicar o caminho cuja descoberta tem sido o trabalho de nossa vida [...]. Aqui – dizemos – está a base para um mundo novo.
A idéia de um governo mundial está em circulação há muito tempo. A novidade hoje é o fato de que quase todo mundo está chegando à mesma conclusão e, no desespero do momento, milhões de pessoas estão fazendo algo a respeito [...]. Como H. G. Wells previu, a “conspiração” agora se tornou um movimento evidente que envolve centenas de milhões de “crentes”. A maioria desses “conspiradores declarados”, como Wells profetizou, tem em mente uma unidade mundial baseada mais no relacionamento interpessoal do que propriamente num governo, como querem os internacionalistas. A maior demonstração de que isso já é totalmente possível são as redes formadas por milhares de grupos de cidadãos comuns trabalhando em conjunto, no mundo inteiro, no novo e poderoso movimento pela paz. Isso também parece ter sido previsto por Wells, que escreveu: “O que estamos procurando alcançar é a síntese, e esse esforço comunal é a aventura da humanidade”.
Alguma coisa importante está tomando forma – um imenso e crescente movimento popular cujo caráter é mais religioso do que político, embora não no sentido comum da palavra. É uma nova espiritualidade, um misticismo grande demais para ser confinado nos limites estreitos de qualquer religião.
O Dr. Fritjov Capra, brilhante físico-pesquisador da Universidade da Califórnia em Berkeley, declarou:
Vivemos hoje num mundo interconectado globalmente [...] que requer uma perspectiva ecológica [...] uma nova visão da realidade, uma transformação fundamental das nossas idéias, percepções e valores [...].
É interessante o que H. G. Wells declarou, ao escrever sobre a “conspiração declarada” que acabaria por estabelecer a nova ordem mundial: “Esta é a minha religião [...] a verdade e o caminho da salvação [...]. Ela já está se desenvolvendo em muitas mentes [...] uma imensa e esperançosa revolução na vida humana [...]”.
Existem evidências suficientes de que o que Wells previu está finalmente acontecendo. Isso não é obra do acaso e já está grande demais para ser controlado pelos Trilateralistas [...].
Estamos diante não só de um futuro governo mundial, mas também de uma futura religião mundial. Na era espacial, ela precisará ter o aval da ciência. Mas que religião seria essa? Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que, se a Bíblia chama seu líder de Anticristo, então ela tem que ser anticristã. Entretanto, o próprio Senhor Jesus avisou que esse homem fingiria ser o Cristo e que seu disfarce seria tão astuto e convincente que enganaria “se possível, os próprios eleitos”. (Dave Hunt

DISTINÇÃO ENTRE O ARREBATAMENTO E A SEGUNDA VINDA DE CRISTO.


Distinção Entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda
“E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras... Certamente, venho sem demora” (Ap 22.12,20).

O encontro nos ares

Essas palavras, as últimas de Cristo que foram registradas por escrito, confirmam Sua promessa anterior: “...voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14.3). Paulo faz referência ao cumprimento dessa promessa:“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, ...e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; ...depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16-17).
Como resposta a essas promessas de Cristo, “o Espírito e a noiva dizem: Vem!” (Ap 22.17);ao que João adiciona, jubilante: “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20b). Quem é essa Noiva? Após declarar que esposo e esposa são “uma só carne”, Paulo explica: “Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja” (Ef 5.32).

A qualquer momento

As palavras de Cristo, do mesmo modo como as de João, do Espírito e da Noiva, não fariam sentido se essa vinda para levar os crentes para Si mesmo tivesse que esperar a revelação do Anticristo (perspectiva pré-ira) ou a consumação da Grande Tribulação (perspectiva pós-tribulacionista). Uma vinda de Cristo “pós-qualquer coisa” para Sua Noiva simplesmente não se encaixa nessas palavras das Escrituras. Afirmar que a Grande Tribulação deve ocorrer primeiro, para que o Espírito e a Noiva digam: “Vem, Senhor Jesus”, é como exigir o pagamento de uma dívida que vai vencer somente em sete anos!
Um Arrebatamento “pós-qualquer coisa” vai contra várias passagens das Escrituras que demandam claramente a vinda de Cristo a qualquer momento (iminente). O próprio Jesus disse: “Cingido esteja o vosso corpo, e acesas as vossas candeias, sede vós semelhantes a homens que esperam o seu senhor” (Lc 12.35,36a). Esse mandamento seria ridículo se Cristo pudesse vir para o Arrebatamento apenas após os sete anos da Tribulação.
A vinda que a Noiva de Cristo tanto deseja levará à ressurreição dos mortos e à transformação dos corpos dos vivos. Isso fica bem claro não somente em 1 Tessalonicenses 4, mas também através de outras passagens: “...de onde (os céus) aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória” (Fp 3.20-21). Muitas outras passagens também incentivam os crentes a vigiar e esperar com intensa expectativa. Essas exortações somente fazem sentido se a possibilidade de Cristo levar Sua Noiva para o céu puder ocorrer a qualquer momento:“...aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.7); “...deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro, e para aguardardes dos céus o Seu Filho...” (1 Ts 1.9-10); “...aguardando a bendita esperança e a manifestação do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.13); “...aparecerá segunda vez ...aos que o aguardam para a salvação” (Hb 9.28); “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor” (Tg 5.7).
Diferentes opiniões sobre o Arrebatamento não afetam a salvação, mas deveríamos procurar entender o que a Bíblia diz. A Igreja primitiva estava claramente esperando o Senhor a qualquer momento. Estar vigiando e esperando por Cristo, se o Anticristo deve aparecer primeiro, é como esperar o Pentecoste antes da Páscoa. No entanto, Cristo exortou: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25.13); “...para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo. O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai” (Mc 13.36-37).

A surpresa da Sua vinda

A seguinte afirmação de Jesus também não se encaixa numa vinda pós-tribulacionista: “Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Mt 24.44). É absurdo imaginar que qualquer pessoa sobrevivente da Grande Tribulação, que tenha visto os eventos profetizados (as pragas e julgamentos derramados na terra; a imagem do Anticristo no Templo; a marca da besta imposta a todos que quiserem comprar e vender; as duas testemunhas testificando em Jerusalém, sendo mortas, ressuscitadas e levadas ao céu; Jerusalém cercada pelos exércitos do mundo, etc.), tendo contado os 1260 dias (3 anos e meio) de duração da segunda metade da Grande Tribulação (preditos em Apocalipse 11.2-3;12.14), poderia imaginar naquela hora que Cristo não estaria a ponto de retornar! Após todos esses acontecimentos, isso será por demais evidente. Portanto, simplesmente não há como reconciliar uma vinda de Cristo pós-tribulacionista com Seu aviso de que virá quando não estiver sendo esperado.

Distinção entre Arrebatamento e Segunda Vinda

Somente essa afirmação já distingue o Arrebatamento (a retirada da Igreja da terra para o céu) da Segunda Vinda (para resgatar Israel durante o Armagedom); pois este último acontecimento não vai surpreender quase ninguém. Contrastando com Seu aviso de que mesmo muitos na Igreja não O estarão esperando, as Escrituras anunciam outra vinda de Cristo quando todos os sinais já tiverem sido cumpridos e todos souberem que Ele está voltando. A um Israel descrente, Cristo declarou: “Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas” (Mt 24.33). Até o Anticristo saberá: “E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o Seu exército” (Ap 19.19).
“Cingido esteja o vosso corpo, e acesas as vossas candeias, sede vós semelhantes a homens que esperam o seu senhor” (Lc 12.35,36a)
Ou Cristo está se contradizendo (impossível!), ou Ele está falando de dois eventos. Jesus disse que virá num tempo de paz e prosperidade quando até Sua Noiva não estará esperando por Ele: “Ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Lc 12.40). Não somente as [virgens] néscias, mas até as sábias estarão dormindo: “E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram” (Mt 25.5).
No entanto, a Escritura diz que o Messias virá quando o mundo estiver quase destruído pela guerra, fome e os juízos de Deus, e quando Israel estiver quase derrotado. Então, Yahweh declara: “olharão para aquele a quem traspassaram” (Zc 12.10b), e todos os judeus vivos na terra reconhecerão seu Messias que retornará como “Deus forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6): exatamente como os profetas previram, Ele veio como homem, morreu pelos seus pecados, e retornará, dessa vez para salvar Israel. Sobre esse momento culminante, Cristo declara: “Aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt 24.13). Paulo adiciona: “...todo o Israel [ainda vivo] será salvo”... (Rm 11.26).

Dois eventos distintos

Não podemos escapar ao fato de que duas vindas de Cristo ainda se darão no futuro: uma que surpreenderá até mesmo Sua Noiva e outra que não será uma surpresa para quase ninguém. As duas não podem ser o mesmo evento. Mas onde o Novo Testamento diz que ainda há duas vindas a serem cumpridas? Todo cristão crê em duas vindas de Cristo: Ele veio uma vez à terra, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou dentre os mortos, retornou ao céu e voltará. Contudo, em nenhum lugar o Antigo Testamento diz que haveria duas vindas distintas.
Esse fato causou confusão para os rabinos, para os discípulos de Cristo e até para João Batista, que era “cheio do Espírito Santo, já do ventre materno” (Lc 1.15, 41,44), João tinha testificado que Jesus era “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). No entanto, este último dos profetas do Velho Testamento, de quem não havia ninguém maior“nascido de mulher” (Lc 7.28), começou a duvidar: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mt 11.3).
Somente uma vinda do Messias era esperada. Ele iria resgatar Israel e estabelecer Seu Reino sobre o trono de Davi em Jerusalém. Por essa razão os rabinos, os soldados e a multidão zombaram dEle na cruz (Mt 27.40-44; Mc 15.18-20; 29-32; Lc 23.35-37). Apesar de todos os milagres que Jesus tinha feito, os discípulos, da mesma forma, tomaram Sua crucificação como a prova conclusiva de que Ele não poderia ter sido o Messias. Os dois na estrada de Emaús disseram: “...nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir Israel” (Lc 24.19-21) – mas agora Ele estava morto.
Cristo os repreendeu por não crerem “tudo o que os profetas disseram!” (Lc 24.25). Este era o problema comum: deixar de considerar todas as profecias. Israel tinha uma compreensão unilateral da vinda do Messias (e continua assim atualmente), que lhe permitia ver apenas Seu reino triunfante e o deixava cego para Seu sacrifício pelo pecado. Até mesmo muitos cristãos estão tão obcecados com pensamentos de “conquista” e “domínio” que imaginam ser responsabilidade da Igreja dominar o mundo e estabelecer o Reino de Deus, para que o Rei possa retornar à terra para reinar. Eles se esquecem da promessa que Ele fez à Sua Noiva de levá-la ao céu, de onde ela voltará com Ele para ajudá-lO a governar o mundo.

O Arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação

Como poderia Cristo executar julgamento sobre a terra, vindo do céu “entre suas santas miríades (multidões de santos)” (Jd 14), se primeiro não as tivesse levado para o céu? Aqui temos outra razão para um Arrebatamento anterior à Tribulação. Incrivelmente, Michael Horton, em seu livro “Putting Amazing Back into Grace”, imagina que 1 Tessalonicenses 4.14(“assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem”) refere-se à Segunda Vinda de Cristo “com os santos”. Ao contrário, na ocasião do Arrebatamento Jesus trará a alma e o espírito dos cristãos fisicamente mortos para serem reunidos com seus corpos na ressurreição, levando-os para o céu juntamente com os vivos transformados. Na Segunda Vinda Ele trará consigo de volta à terra os santos vivos, que já foram ressuscitados e previamente levados ao céu no Arrebatamento.
Antes da volta de Cristo com os Seus santos haverá a celebração das Bodas do Cordeiro com Sua Noiva (Ap 19.7). Tendo passado pelo Tribunal de Cristo (1 Co 3.12-15); (2 Co 5.10 ), os santos estarão vestidos de linho fino, branco e puro (Ap 19.8). Certamente eles devem ser também o exército vestido de linho fino, branco e puro (Ap 19.14) que virá com Cristo para destruir o Anticristo. Quando eles foram levados ao céu? É claro que isso não ocorrerá durante a própria Segunda Vinda, pois não haveria tempo suficiente nem para o Tribunal de Cristo, nem para as Bodas do Cordeiro. O Arrebatamento deve ter ocorrido anteriormente.
Aqueles que estão com seus pés plantados na terra, esperando encontrar um “Cristo”, esquecem que o verdadeiro Cristo virá nos buscar para nos encontrarmos com Ele nos ares e nos levará para a casa de Seu Pai. Eles se esquecem também que o Anticristo estabelecerá um reino terreno antes que o verdadeiro Rei volte para reinar. Infelizmente, os que se empenham em estabelecer um reino nesta terra estão preparando o mundo para o reino fraudulento do “homem do pecado”.

A Escritura registra duas vindas

Como alguém nos tempos do Velho Testamento poderia saber que haveria duas vindas do Messias? Somente por implicação. Ou os profetas se contradisseram quando profetizaram que o Messias seria rejeitado e crucificado e que Ele também seria proclamado Rei sobre o trono de Davi para sempre, ou eles falavam de duas vindas de Cristo.
Não há forma de colocar dentro de um só evento o que os profetas disseram. Simplesmentetem de haver duas vindas do Messias: primeiro como o Cordeiro de Deus, para morrer pelos nossos pecados, e depois como o Leão da Tribo de Judá (Os 5.14-15; Ap 5.5), em poder e glória para resgatar Israel no meio da batalha do Armagedom.
A mesma coisa acontece no Novo Testamento. Note as muitas contradições, a menos que estes sejam dois eventos:
1) Ele vem para Seus santos e numa hora que ninguém espera; mas vem com Seus santos quando todos souberem que Ele está vindo.
2) Ele não vem à terra mas arrebata os santos para se encontrarem com Ele nos ares (1 Ts 4.17); por outro lado, Ele vem à terra: “naquele dia, estarão Seus pés sobre o monte das Oliveiras” (Zc.14.4), e os santos vem à terra com Ele.
3) Ele leva os santos para o céu, para as muitas mansões na casa de Seu Pai, para estarem com Ele (Jo.14.3); mas traz os santos do céu (Zc 14.5, Jd 14).
4) Ele vem para Sua Noiva num tempo de paz e prosperidade, bons negócios e prazeres (Lc 17.26-30); mas volta para salvar Seu povo Israel quando o mundo já terá sido praticamente destruído, em meio ao pior conflito já visto na terra, a batalha do Armagedom.

Rebatendo as críticas ao Arrebatamento

Cristo declarou: “Assim como foi nos dias de Noé ...comiam, bebiam, casavam-se... O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre... Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lc 17.26-30). Essas condições mundiais por ocasião do Arrebatamento só podem se referir ao período anterior à Tribulação; certamente não ao final dela!
Arrebatamento? Há críticos afirmando que a palavra “Arrebatamento” nem está na Bíblia! Isso não é verdade, pois a versão latina da Bíblia (Vulgata), feita por Jerônimo no quinto século, traduziu o grego harpazo (arrancar subitamente) pela palavra raptus (raptar), da qual deriva “Arrebatamento”. Foi o que Cristo nos prometeu em João 14: levar-nos para o céu.
“Certamente, venho sem demora”
(Ap 22.20).
Outros críticos papagueiam o mito propagado por Dave MacPherson, de que o ensino do Arrebatamento antes da Tribulação apareceu apenas no início do século XIX através de Darby, que o teria aprendido de Margaret MacDonald. Ela o teria recebido de Edward Irving, e este, por sua vez, o teria encontrado nos escritos do jesuíta Emmanuel Lacunza. Isso simplesmente não é verdade. Muitos escritores anteriores expressaram a mesma convicção. Um deles foi Ephraem de Nisibis (306-373 d.C.), bem conhecido na história da igreja da Síria. Ele afirmou: “Todos os santos e eleitos de Deus serão reunidos antes da tribulação, que está por vir, e serão levados para o Senhor...” Seu sermão com essa afirmação teve ampla circulação popular em diferentes idiomas.
Sim,  uma vinda do Senhor após a Tribulação: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias... verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória” (Mt 24.29-30). A referência aos anjos “reunindo Seus escolhidos dos quatro ventos” (vv. 29-31) certamente não significa Cristo arrebatando Sua Igreja para levá-la ao céu, pois trata-se do ajuntamento do Israel disperso, de volta à sua terra quando da Segunda Vinda.
Cristo associou o mal com o pensamento de que Sua vinda se atrasaria: “Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu Senhor demora-se” (Mt 24.48; Lc 12.45).Novamente, essa afirmação não tem sentido se o Arrebatamento vem após a Tribulação.
Não existe motivo maior para uma vida santa e um evangelismo diligente do que saber que o Senhor poderia nos levar ao céu a qualquer momento. Que a Noiva acorde do seu sono, apaixone-se novamente pelo Noivo, e de coração diga continuamente por meio da sua vida diária: “Vem, Senhor Jesus!” (Dave Hunt)

EU EDIFICAREI A MINHA IGREJA.


Cristo nasceu "Rei dos Judeus" (Mateus 2.2), foi chamado "Rei de Israel" e "Rei dos Judeus" (Mateus 27.11; Marcos 15.2, etc.), e admitiu tanto um como outro título (João 1.49-50; 12.12-15). Não abdicou o direito ao trono de Davi, embora seu próprio povo (como fora predito pelos profetas), O "desprezasse e rejeitasse" (Isaías 53.3), e O crucificasse (Salmos 22.12-18; Isaías 53.5, 8-10; Zacarias 12.10). Os quatro evangelhos declaram que a epígrafe "O Rei dos Judeus" foi a acusação colocada na cruz (Mateus 27.37; Marcos 15.26; Lucas 23.38; João 19.19). Eis como Marcos relata a rejeição de seu Rei pelo povo de Israel e lhe reclama a crucificação: "E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que eu vos solte o rei dos judeus?... Mas estes incitaram a multidão no sentido de que lhes soltasse, de preferência, Barrabás. Mas Pilatos lhes perguntou: Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus? Eles, porém, clamavam: Crucifica-o!" (Marcos 15.9-13).
Os profetas hebreus profetizaram que Cristo ressurgiria dos mortos e que viria estabelecer o reino que jamais teria fim (1 Reis 2.45; 9.5; Isaías 9.7; 53.10; Jeremias 17.25; Daniel 2.34-35; 44-45; 7.14, etc.). Ao ressurgir dos mortos e ascender à mão direita do Pai, Cristo cumpriu somente a primeira parte das profecias, e se o restante delas deve ser cumprido (e isso tem de acontecer, pois Deus não mente), então haverá uma restauração futura do Reino de Israel, como os discípulos acreditavam (Atos 1.6), como afirmou Pedro (Atos 3.19-26) e mesmo Cristo o admitiu (Atos 1.6-7). As Escrituras predizem com freqüência o arrependimento, a redenção e a restauração de Israel (Ezequiel 39; Zacarias 12,13,14; Atos 5.31, etc.). Paulo orou pela salvação de Israel (Romanos 10.1) e declarou que "Todo o Israel será salvo" (Romanos 11.26).
Se os muçulmanos e demais nações do mundo compreendessem as profecias concernentes ao direito de Israel à sua terra, respeitando-as e honrando a Deus que lhe concedeu a terra, haveria paz no Oriente Médio e também no mundo. Mas, ao contrário disso, eles insistem no desejo de varrer Israel da face da terra, o que levará Cristo a intervir dos céus para socorrer Israel no Armagedom e destruir o anticristo, seus seguidores e seu reino. Até mesmo Israel, em sua maioria não crê que Deus lhe tenha dado a terra e está negociando-a através de uma "paz" falsa com um inimigo que jurou exterminá-lo.
Cristo edifica Sua Igreja
Sabendo que Israel O rejeitaria e O crucificaria, Cristo disse que edificaria uma nova entidade, a Igreja. A palavra "igreja" ou "igrejas" (ekklesia no grego, significa "chamados para fora"), ocorre cerca de 114 vezes no Novo Testamento. Não há no Velho Testamento palavra hebraica traduzida por "igreja". Referindo-se a Israel, as palavras mais comparáveis no hebraico são edah, mowed e qahal, cuja tradução é "assembléia" ou "congregação". Enquanto Atos 7.38 refere-se "à ‘igreja’ [congregação de Israel] no deserto", a Bíblia faz uma clara distinção entre Israel e a Igreja do Novo Testamento, constituída tanto de gentios como de judeus e que não existia antes da morte e da ressurreição de Cristo. Foi estabelecida por Ele e para Ele que, mesmo até agora, continua a edificá-la: "Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16.18).
Temos aqui uma óbvia reivindicação de Cristo de que Ele é Deus. Israel foi escolhido por Deus. Quem, então, senão Deus mesmo, poderia estabelecer uma outra congregação de crentes em acréscimo a, e distinta de Israel? A afirmação de Cristo em relação à Igreja é semelhante ao que Ele disse aos judeus "que creram nele", e tem as mesmas implicações sérias: "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8.31-32).
Os judeus devem ter ficado pasmos. Como Ele ousara dizer termos tais como: "minha palavra", "meus discípulos", ou afirmar ter poder para libertar os Seus seguidores? Não era a palavra de Deus que eles deveriam seguir, e não eram eles discípulos de Moisés? Com estas prerrogativas, não queria Ele ser maior que Moisés ou até mesmo igual a Deus? Qualquer que fosse o sentido dos termos "Seu discípulo", Ele estava, obviamente, começando algo novo.
Distinções entre Israel e a Igreja
1. A Igreja não substitui Israel
Entretanto, ninguém imaginava que este operador de milagres tivesse em vista prescindir de Israel e o substituir por uma outra entidade. Essa heresia provém do catolicismo romano, e muitos reformadores foram incapazes de se libertar dela, apesar de compreenderem claramente a salvação pela graça através da fé. A crença de que a Igreja substitui Israel continua ainda hoje entre os católicos romanos, mas também entre muitos evangélicos.
No seu início a Igreja era composta só de crentes judeus. Eles tinham dificuldade de acreditar que os gentios também podiam ser salvos por Cristo e fazer parte da Igreja, mesmo tendo os profetas do Velho Testamento feito tal afirmação (Salmos 72.11, 17; Isaías 11.10; 42.1-6; 49.6; Malaquias 1.11, etc.). Até mesmo depois de compreendido o "mistério" revelado por Paulo de "que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho" (Efésios 3.6), alguns deles tentaram sujeitar os gentios às suas leis judaicas. Na verdade, estavam erroneamente fazendo da Igreja uma extensão de Israel (Atos 15.1).
Os gentios são "separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo" (Efésios 2.12). Quando um gentio é salvo e acrescentado por Cristo como uma "pedra viva" à Igreja em construção (1 Pedro 2.5), não está sob as leis judaicas e os costumes da Antiga Aliança. E quando um judeu é salvo e acrescentado à Igreja, está livre da lei judaica ("lei do pecado e da morte") e de suas penalidades (Romanos 8.1). Tanto um como o outro, que pela fé entraram para a Igreja, estão dali em diante sob uma lei superior "a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus" (Romanos 8.2). De fato, Cristo tornou-se sua vida, expressando através deles este novo padrão de sã conduta – algo desconhecido de Israel, até mesmo de seus grandes profetas (1 Pedro 1.10-12).
2. A Igreja – Corpo de Cristo
Ninguém pode por si mesmo introduzir-se nesse templo sagrado; só Cristo poderá fazê-lo. As pedras vivas, que Ele está juntando umas às outras para formar o templo eterno, não desabam e nem se desintegram de sua estrutura. Estamos em Cristo e eternamente seguros.
A Igreja é o corpo de Cristo e por Ele é nutrida. Os crentes são chamados de ramos na videira verdadeira num fluir contínuo da vida dEle para os crentes. Cristo é a cabeça do corpo, que é, portanto, por Ele dirigido e não por um sacerdócio ou qualquer outra hierarquia de homens em sedes na terra. A sede da Igreja está nos céus. No entanto, as denominações (e demais seitas) de hoje têm as suas sedes e as suas tradições e tornaram-se em organizações, ao invés de se contentarem em fazer parte do organismo, o corpo de Cristo.
Na Igreja "não pode haver judeu nem grego [gentio]... porque todos vós sois um em Cristo" (Gálatas 3.28). Os gentios não se tornam judeus, mas judeu e gentio tornaram-se "um novo homem" (Efésios 2.15). Na cruz, Cristo "aboliu" as "ordenanças" que separavam judeu e gentio. Daí podermos afirmar com toda certeza que os gentios não têm de se submeter àquelas "ordenanças". Tentar fazê-lo é abominação e forçar algo que Deus aboliu.
3. Fé no Sacrifício de Cristo – Meio de Salvação
A carta de Paulo aos Gálatas foi escrita com o intuito de corrigir o erro de que a salvação é em parte por Cristo e em parte pelas obras. A salvação por obras é o erro de toda e qualquer seita, e o catolicismo romano desenvolveu ao máximo o seu sistema de ritual religioso e também das obras. Em todas as suas epístolas, Paulo volta ao tema de que a salvação é totalmente pela graça e nenhum pouco por obras. Nisto reside a principal diferença entre Israel e a Igreja: para o primeiro, a vida eterna seria obtida pela observância da lei, e para a Igreja, vem unicamente pela fé.
Na Antiga Aliança, a vida era oferecida ao justo que guardava a lei: "faça isto e viverá" (Deuteronômio 8.1; Lucas 10.28). Entretanto, ninguém conseguiu guardar a lei, pois todos pecaram (Romanos 3.23). Sob a Nova Aliança (disponível desde Adão), "ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça" (Romanos 4.5). Por orgulho o homem insiste em se tornar justo por si próprio – uma tarefa impossível. Paulo lamentava o fato de que, embora o seu povo Israel "tivesse zelo por Deus", todavia, "desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus" (Romanos 10.3) pela Nova Aliança. O mesmo acontece com todas as seitas. O catolicismo romano, por exemplo, tenta (através dos sacramentos, das penitências e das obras), tornar os seus membros justos o bastante para entrar nos céus. É o mesmo pecado do fariseu que se julgava justo diante de Deus, e não foi ouvido; enquanto que o publicano, reconhecendo o seu vil estado, foi justificado (Lucas 18.10-14).
Para ser salvo (com algumas exceções), ter-se-ia que pertencer a Israel, mas para pertencer à Igreja é preciso ser salvo (sem exceção). A Igreja não é um veículo de salvação. Crer que ela o seja constitui-se em erro crucial, e a maioria das seitas assim o afirma, como os mórmons e católicos romanos. Pois, para eles, é através da sua igreja que vem a salvação. Na realidade, a salvação é para os que estão fora da Igreja e só, então, poderá alguém tornar-se parte dela.
A salvação sempre foi, e ainda é, a mesma para judeus como para gentios. Mas os planos de Deus para Israel são diferentes dos para a Igreja. Os judeus (como os gentios), que crerem em Cristo antes de Sua segunda vinda (quando Ele se fizer conhecido a Israel, o qual será todo salvo), fazem parte da Igreja. Os judeus que virem a crer em Cristo quando Ele aparecer e os livrar no meio do Armagedom, continuarão na terra no reino milenar e Cristo reinará sobre eles no trono de Davi. Muitos gentios também serão salvos nessa época, mas "todo o Israel será salvo" (Romanos 11.26).
O problema da igreja da Galácia continua (em variados graus) dentro de alguns grupos denominados hebraico-cristãos ou congregações messiânicas. Há uma freqüente tendência (até mesmo entre os gentios), de se imaginar que um retorno aos costumes judaicos contribui para maior santidade. Reverencia-se tradições extra-bíblicas, como por exemplo, a cerimônia seder na páscoa, como se fossem inspiradas por Deus. Somente as Escrituras devem ser o nosso guia, a ponto de excluir as tradições humanas condenadas por Cristo (Mateus 15.1-9; Marcos 7.9-13), e também pelos apóstolos (Gálatas 1.13-14; Colossenses 2.8; 1 Pedro 1.18). Tanto dentro do catolicismo como do protestantismo, as tradições têm se desenvolvido no curso dos séculos e levado a um erro maior.
Devemos nos lembrar de que Cristo sempre pretendeu que a Igreja fosse algo novo e diferente de Israel. Ela não partilharia e nem interferiria nas promessas divinas concernentes a Seu povo aqui na terra, e tais promessas serão cumpridas no devido tempo. As ordenanças religiosas feitas a Israel seriam também separadas da Igreja. Aqui, novamente as seitas se desviaram.
O mormonismo, por exemplo, alega ter tanto o sacerdócio araônico como o de Melquisedeque. O catolicismo romano, por sua vez, advoga ter um sacerdócio sacrificial em que Cristo continua a ser oferecido como sacrifício no altar. Na Igreja, ao contrário disso, cada crente é um sacerdote (1 Pedro 2.9), e os sacrifícios oferecidos são "sempre sacrifícios de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome" e "a prática do bem" (Hebreus 13.15-16).
Na verdade, não há mais qualquer sacrifício propiciatório a ser oferecido para o perdão dos pecados. Isto foi possibilitado à Igreja pelo sacrifício único de Cristo na cruz; o qual não mais se repete porque Ele pagou por completo a penalidade que a justiça de Deus exigia, e isto foi possível por ser Deus"justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus" (Romanos 3.26). Conseqüentemente, "já não há oferta pelo pecado" (Hebreus 10.18).
Israel rompeu a aliança que Deus tinha feito com ele, demonstrando assim que "ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado" (Romanos 3.20). Seu sistema de sacrifício não podia remover pecados, mas apontava para o único "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1.29), e predizia o estabelecimento de "uma nova aliança" com Israel (Jeremias 31.31). O sacrifício de animais abria o caminho para o sumo sacerdote judeu no santuário terreno e este santuário foi feito conforme o modelo da realidade celestial (Hebreus 9.1-10). Quando Cristo morreu na cruz, "o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo" (Marcos 15.38), pondo fim ao sacrifício de animais. Agora temos "Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus" (Hebreus 4.14), que, "pelo seu próprio sangue... [obteve] eterna redenção" (Hebreus 9.12,24).
4. As promessas a Israel diferem das promessas para a Igreja
Israel recebeu a terra (Gênesis 12.1; 13.15; 15.18-21; 17.7-8; 26.3-4; 28.13-14; Levítico 20.24; 25.23, etc.), à qual seu destino está ligado e jamais deixará de existir (Jeremias 31.35-40). Numerosas profecias prometem a Israel a restauração na sua terra, com o Messias reinando no trono de Davi por ocasião de Sua volta (2 Samuel 7.10-16; 1 Reis 9.5; Isaías 9.6-7; Ezequiel 34.23-24; 37.24-25; Lucas 1.31-33, etc.). É clara a promessa de que Deus derramará do Seu Espírito sobre o Seu povo escolhido que, depois disso, jamais manchará novamente o Seu santo nome, e Ele não mais esconderá de Israel o Seu rosto (Ezequiel 39.7; 22, 27-29; Zacarias 8.13-14).
Israel deve permanecer para sempre (Jeremias 31.35-38), caso contrário as profecias bíblicas e as promessas de Cristo não se cumpririam. Cristo faz menção da existência das cidades de Israel ainda por ocasião de Sua segunda vinda (Mateus 10.23), o que prova que a Igreja não substituiu Israel. Além dessas provas, uma outra (ainda que desnecessária), é que Cristo prometeu aos Seus discípulos que eles reinariam com Ele sobre Israel no Seu reino milenar (Mateus 19.28; Lucas 23.30). A Igreja não pode cumprir as profecias que foram feitas a Israel; ela nunca pertenceu a uma terra específica de onde tenha sido deportada ou para a qual tenha retornado. Ao contrário, a Igreja é formada "de toda tribo, língua, povo e nação" (Apocalipse 5.9). A sua esperança é ser arrebatada ao céu (João 14.3; 1 Tessalonicenses 4.16-17; etc.), onde estaremos diante do "tribunal de Cristo" (Romanos 14.10; 2 Coríntios 5.10) e então, desposados com o nosso Senhor (Apocalipse 19.7-9), estaremos eternamente com Ele (João 14.3; 1 Tessalonicenses 4.17).
Sendo assim, em amor para com o Noivo e desejosos de vê-lO face a face, menos ocupados com as coisas terrenas, não seguindo homens ou organizações, vivamos para a eternidade. Pela fé, agradeçamos a Cristo, permitindo-Lhe, como Cabeça da Igreja, alimentar-nos, suster-nos, dirigir-nos e viver a Sua vida através de nós para a Sua glória. (Dave Hunt, TBC 12/97 – traduzido por David Oliveira Silva)

Sou um Fundamentalista?
- Dave Hunt -
Você é um fundamentalista!" A acusação me foi dirigida quando ainda era um calouro da universidade, recém-saído do serviço militar, em 1947. Da maneira como ela foi feita, com tamanho desprezo, nenhuma explicação foi necessária para compreender que ser rotulado de "fundamentalista" era um dos mais terríveis insultos no orgulhoso mundo acadêmico. Respondi algo como: "Se ser fundamentalista significa aderir aos sólidos fundamentos da matemática, da contabilidade, da química ou de qualquer outra ciência, então aceito alegremente o título. E já que a Bíblia é literalmente a Palavra de Deus e é inerrante (sem erros), a única escolha inteligente é aceitá-la e permanecer fiel aos seus fundamentos". Essa resposta apenas aumentou a frustração e a ira dos que debatiam acaloradamente comigo já por duas horas.
A ocasião foi o primeiro encontro da "Hora dos Críticos", uma novidade que havia sido criada recentemente por alunos e professores da universidade para ridicularizar e desacreditar a Bíblia. Entre os espectadores havia um bom número de crentes que eu conhecia do grupo cristão do campus, mas nenhum deles disse uma palavra sequer. Fiquei sozinho naquele auditório, sendo alvejado com argumentos de todos os lados, todos favoráveis à evolução e ao ateísmo. Sendo um ingênuo jovem de 21 anos, fiquei chocado com a animosidade tão abertamente demonstrada contra a Bíblia e contra o Deus da Bíblia.
Naquele ponto da minha vida, mal ouvira falar de Harry Emerson Fosdick, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Nova Iorque, uma pessoa-chave no liberalismo/modernismo americano. Tampouco fazia idéia da crescente rejeição da infalibilidade da Bíblia entre muitas pessoas que se chamavam cristãos. O nome de J. Gresham Machen era-me completamente desconhecido. Portanto, nada sabia acerca da batalha perdida que ele sustentara no Seminário de Princeton, na década de 1920, contra as heresias que levaram aquela escola a tornar-se completamente liberal e que alcançaram a maioria das igrejas presbiterianas.
Cristianismo com "roupagem" moderna
Os servos mais eficientes de Satanás são mestres em ambigüidades. Fosdick reivindicava honrar a doutrina, mas ao mesmo tempo advertia sobre o "perigo de dar ênfase demais à doutrina..." Ele afirmou que "nada realmente importa na religião, a não ser aquelas coisas que fomentam o bem individual e público... e o progresso social."(1) Fosdick foi reconhecido naquele tempo pela maioria dos cristãos verdadeiros como o incrédulo que realmente era. Mas, Norman Vincent Peale, não menos herege que Fosdick, conseguiu achar aceitação virtualmente em toda parte, bem como seu famoso discípulo Robert Schuller.
O modernista toma as últimas idéias do mundo secular e enganosamente as veste com linguagem cristã. Ninguém tem feito isso com maior perfeição do que os atuais psicólogos cristãos, que de algum modo tomam teorias anticristãs de inimigos declarados do Evangelho e as "integram" à teologia. Peale foi o primeiro a fazer isso. Em 1937, ele fundou uma clínica "cristã" de psiquiatria em sua igreja. A clínica tornou-se modelo para numerosas outras semelhantes, as quais têm gerado fortunas para seus fundadores.
Machen foi exato ao demonstrar que a intimidação pela ciência e o desejo de obter aceitação e respeito na comunidade acadêmica têm resultado em comprometimentos, que na prática descaracterizam o Evangelho. Essa ânsia tem influenciado cada vez mais os seminários e faculdades cristãs. Machen acusou os liberais de "tentar remover do cristianismo todas as coisas que não possam ser aceitas pela ciência."(2)
Muitos dos evangélicos de hoje em dia parecem pensar que os cientistas sabem mais sobre o Universo do que o próprio Criador. Será que a Bíblia é frágil devido à ignorância de Deus? O resultado é um comprometimento fatal para a verdadeira fé. Temos observado isso na aceitação da evolução teísta por parte da revista "Christianity Today" (Cristianismo Hoje), dos "Promise Keepers" (Guardadores de Promessas) e de muitos seminários e universidades cristãs, mesmo que ela contradiga plenamente a Bíblia e subverta o Evangelho. O mesmo comprometimento ocorre quando se questiona a narrativa bíblica do dilúvio.
Billy Graham, que há décadas abandonou sua posição fundamentalista, recentemente disse não estar certo se o dilúvio de Noé foi realmente de âmbito mundial. O New Bible Commentary da InterVarsity também afirma: "A narrativa (bíblica) não relata diretamente um dilúvio universal..." A Bíblia, ao contrário, não deixa espaço para tais devaneios:
"...tudo o que há na terra perecerá" (Gn 6.17). "...e da superfície da terra exterminarei todos os seres que fiz" (Gn 7.4). "...e os montes foram cobertos. Pereceu toda carne..., ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca" (Gn 7.20-23).
As instruções de Deus para Noé, de que trouxesse um par de cada espécie para a arca, só têm sentido se o dilúvio atingiu o mundo inteiro. Deus prometeu não voltar a destruir a terra por água novamente (Gn 9.11), todavia têm havido muitas enchentes regionais desde aquele tempo. A destruição futura do mundo, conforme profetizada por Pedro, seria apenas um incêndio localizado, se o dilúvio com que é comparado foi limitado (2 Pe 3.6-7). Finalmente, Jesus compara Seu futuro julgamento da humanidade ao dilúvio (Mt 24.38-41).
Um cristianismo sem inerrância
Temos que crer na Bíblia inteira. Isto é fundamentalismo bíblico. Se Gênesis não é exato em cada detalhe, em qual parte da Bíblia poderemos confiar, então? Se a Bíblia está errada quanto à origem do homem e seu pecado, como poderemos confiar no que ela diz sobre a sua redenção e seu destino eterno? Na verdade a Bíblia está absolutamente certa em tudo que declara.
Se as últimas descobertas da ciência concordam ou não com a Bíblia, isso não deve inquietar ao fundamentalista. Como confiamos em Deus, não somos intimidados pelos homens. Só um tolo trocaria a Palavra infalível de Deus pelas opiniões mutáveis e falíveis dos homens. Os cientistas cometem erros e muitas vezes são condicionados por preconceitos. No seu livro Great Feuds in Science, o historiador Hal Hellman documenta que até os maiores cientistas têm sido "influenciados por orgulho, ambição, cobiça, inveja e até por evidente impulso de estar certo".(3)
Tragicamente, diminui gradativamente o número de cristãos que ainda defendem a inerrância bíblica e a sua suficiência, como Harold Lindsell documenta em The Battle for the Bible. O Seminário Teológico Fuller é um exemplo citado por ele. Podemos dizer com certeza que para as multidões envolvidas no atual movimento evangélico a inerrância raramente se constitui num problema, pois tais pessoas se apóiam em experiências e emoções mais que em doutrina. Para muitos atualmente, o amor por Jesus é um maravilhoso sentimento, divorciado completamente da verdade que Jesus afirma ser. No livro The Bible in the Balance, Lindsell confessa que "a palavra ‘evangélico’ tem se tornado tão desonrada que perdeu sua utilidade... Talvez seja melhor adotar a palavra ‘fundamentalista’, mesmo com todos os ataques depreciativos que tem sofrido por parte dos seus críticos".
Motivos de rejeição do fundamentalismo
O fundamentalismo tem sido estigmatizado por duas razões: 1- alguns cristãos fundamentalistas são fanáticos e afastam-se de outros cristãos de uma forma insensata e anti-bíblica; e 2- por causa do exemplo do fundamentalismo muçulmano, que apregoa que todos precisam adotar as mesmas roupas e costumes que Maomé adotou no século VII. Consagrados que são ao alvo islâmico de conquistar o mundo pela força, esses muçulmanos fundamentalistas são responsáveis por muitos dos atuais atos de terrorismo. Por conseqüência, também os cristãos fundamentalistas, cuja lei maior é o amor, são freqüentemente retratados com estas mesmas cores de fanatismo.
Um cristianismo de popularidade
Todos que desejam confiar e obedecer à Palavra de Cristo e que querem ser Seus verdadeiros discípulos (Jo 8.31-32), precisam estar prontos a permanecer sozinhos, como Daniel e seus amigos. Com medo de serem diferentes, muitos cristãos seguem a multidão. Famintos pelos louvores deste mundo, eles amam "mais a glória dos homens, do que a glória de Deus" (Jo 12.43). C.H. Spurgeon ficou virtualmente sozinho, abandonado mesmo pelos seus ex-alunos e amigos, quando foi censurado pela União Batista Britânica, por sua indisposição em tolerar a apostasia dentro daquele grupo. A. W. Tozer declarou, pouco antes de morrer: "por causa do que tenho pregado não sou bem recebido em quase nenhuma igreja na América do Norte." Que acusação contra aqueles pastores e igrejas!
Cristo advertiu: "Ai de vós, quando todos vos louvarem! porque assim procederam seus pais com os falsos profetas" (Lc 6.26). Ele afirmou que a verdadeira fé em Deus é impossível quando nós aceitamos "glória uns dos outros", e, contudo, não procuramos "a glória que vem do Deus único" (Jo 5.44). John Ashbrook escreve que o "novo evangelicalismo está determinado a impressionar o mundo com seu intelectualismo. Ele tem estado a buscar o respeito da comunidade acadêmica. Determinou ganhar glória nas fontes do ensino secular."(4) Carl Henry observou que "em conseqüência da crescente atitude de tolerância... a fé cristã foi embalada de forma a facilitar sua comercialização."(5)
O único inimigo do liberalismo é a firme adesão do fundamentalismo à autoridade e suficiência das Escrituras. D. Martyn Lloyd-Jones lamenta o fato de que muitos evangélicos mudaram de "pregar" para "compartilhar" a Palavra de Deus, o que sutilmente transfere a autoridade da Palavra de Deus para a experiência e opinião humanas.(6) Tal comprometimento, além de não ajudar o incrédulo a enxergar a luz; ainda o deixa mais cego. Essa tolerância estimula a resistência dos homens em se submeterem à autoridade de Deus. O liberalismo, inevitavelmente, endurece cada vez mais contra a verdade. Podemos ver isso atualmente em todo o mundo.
A tolerância quanto ao homossexualismo
A aceitação de homossexuais, em nome da tolerância e do liberalismo, tem produzido uma intolerância cada vez maior contra qualquer outro ponto de vista. O mundo inteiro, que por milhares de anos considerou o homossexualismo como antinatural e vergonhoso, agora está sendo forçado a abandonar tal convicção. Os homossexuais, que reivindicavam tolerância, têm se mostrado totalmente intolerantes na medida em que conquistam poder. Eles atacam com malícia, verbal e fisicamente, qualquer pessoa que queira manter uma opinião independente. O mundo tem sido coagido a garantir privilégios especiais aos homossexuais, apesar do estilo de vida "gay" ser cheio de práticas nocivas, levando à proliferação de doenças que ameaçam a sociedade em geral e reduzem pela metade a expectativa de vida das pessoas. A incurável AIDS, embora se propague em proporções epidêmicas, afetando inocentes e sendo fatal para todos que a contraem, é tratada com um sigilo perigoso e um status privilegiado, devido à sua penetração entre os homossexuais.
A tolerância quanto ao evolucionismo
Vemos a mesma intolerância nos evolucionistas que acusam os criacionistas de pensamento bitolado. A ciência deve promover a liberdade de investigar e aceitar os fatos. Mas, em nome da ciência, a teoria da evolução é ensinada às crianças nas escolas públicas como fato, enquanto as evidências contra ela são omitidas e a alternativa bíblica e racional da criação de Deus não é admitida nem considerada.
A situação na Rússia
Numa recente viagem a Rússia, um dos principais responsáveis pelo sistema educacional nos disse o seguinte: "Por setenta anos vimos os frutos da imposição dogmática de apenas uma opinião aos alunos. Estamos cheios disso e ansiosos para considerar as alternativas". O colapso do comunismo deixou um vácuo moral que a Rússia está tentando preencher com os ensinos da Bíblia. Paradoxalmente, as escolas da Rússia agora acolhem os mesmos ensinos morais e da criação que estão banidos das escolas americanas! Não podemos saber quanto tempo isso vai durar. A Igreja Ortodoxa Russa, intolerante e firmemente contrária ao Evangelho, está procurando retomar o monopólio da religião – e alguns evangélicos americanos estão cooperando com esse sistema anticristão. Oremos pela Rússia.
O "cristianismo" foi introduzido em 988 d.C. no país que mais tarde se tornou a Rússia, pelo príncipe Vladimir. Antes ele havia considerado o islamismo, já que suas vinte esposas não causavam problema para aquela "fé". Mas como o islamismo proíbe o álcool, ele acabou abraçando o "cristianismo" da Igreja Ortodoxa, onde o álcool corria livremente (muitos monges e sacerdotes bebem intensamente) e onde a opulência dos rituais tem um apelo misterioso. Ele decretou uma esposa como "oficial", mantendo as outras dezenove como concubinas, enquanto usava o álcool livremente. Foi assim que a Rússia "converteu-se" ao "cristianismo". Em 1988, o milésimo aniversário desse evento foi celebrado com pompa e ritual. Billy Graham esteve presente para trazer suas congratulações. Na ocasião, ele disse: "Sinto-me profundamente honrado em congratular-me com vocês nesta histórica e alegre ocasião em que se comemora o milésimo aniversário do batismo da Rússia, proporcionado pelo batismo do príncipe Vladimir, de Kiev..."(7)
A Igreja Ortodoxa, assim como o catolicismo romano, é inimiga jurada do Evangelho. Ela tem mantido o povo russo na escravidão e na superstição, ensinando-o a buscar nela a salvação, beijando seus ícones, pagando por orações e sacramentos. Embora rejeite o purgatório do catolicismo, ensina que, através de nossas orações, as almas podem ser resgatadas do inferno para o céu.
Visitamos, nas proximidades de Moscou, o centro da Igreja Ortodoxa, com seu seminário e muitas igrejas. Monges com quem falei explicaram que a morte de Cristo possibilitou a nossa entrada no céu, desde que fôssemos batizados, participássemos dos sacramentos e "vivêssemos o Evangelho". Para eles, a porta que Cristo abriu está no cume duma alta escada que precisamos subir pelos nossos próprios esforços, obedecendo à Igreja e auxiliados por ela.
Fui um dos preletores numa conferência em Moscou que atraiu pastores e membros de igrejas de toda a Rússia. Havia uma indisfarçável expectativa de que a Palavra de Deus fosse ensinada. Eu expus abertamente os ensinos e práticas não-bíblicas da Igreja Ortodoxa Russa que (como a Igreja Católica no Ocidente) perseguiu e assassinou multidões de verdadeiros cristãos. A Igreja Ortodoxa, que estabeleceu parceria tanto com os czares como com os comunistas que os sucederam, pressionou o presidente Yeltsin a favor da nova lei que suprime a liberdade religiosa (essa lei está sendo atualmente implementada em pequenas cidades fora de Moscou). Centenas de fitas de vídeo e de áudio de nossa conferência estão sendo distribuídas por toda a Rússia. Oremos para que dêem frutos!
Fundamentalismo é não negociar o inegociável
Como avisamos aos irmãos e irmãs da Rússia, o verdadeiro "crer no Senhor Jesus Cristo" para a salvação tem que ser uma profunda convicção e não apenas uma mera preferência. E esta corajosa convicção certamente será seguida de grande oposição e terrível violência da parte de Satanás e da carne. Lembrando que a eternidade nos espera em breve, jamais devemos trocar o eterno "muito bem, servo bom" de Deus pela aprovação dos homens nesta vida tão curta. A plenitude de vida, tanto agora como por toda a eternidade, tanto para nós mesmos como para as pessoas a quem temos a oportunidade e a responsabilidade de influenciar, depende desta verdade inegociável. (TBC 8/98 – publicado anteriormente em português no Jornal Fundamentalista – União Bíblica Fundamentalista – Cx. Postal 567 – 60001-970 FORTALEZA CE 

JESUS E OS ERUDITOS.


Atualmente estão em voga nos EUA (com reflexos para quase todo o mundo – N.R.) conferências e programas de TV amplamente divulgados onde "especialistas" alegam estar examinando as evidências para descobrirem quem Jesus realmente era. No programa de entrevistas Larry King Livefoi debatido há algum tempo o tema "Quem é Jesus?" Pouco antes, Peter Jennings apresentou um outro especial com o título "Em Busca de Jesus".
As universidades americanas também vêm se envolvendo no assunto há alguns anos. Um simpósio chamado "Jesus em 2000" foi realizado na Universidade Estadual do Oregon e transmitido ao vivo para todos os Estados Unidos, com o objetivo de "explorar o que os especialistas têm a dizer sobre o homem descrito como místico, curandeiro e Filho de Deus". Segundo a publicidade feita, os debatedores eram "seis dos mais renomados eruditos em religião do mundo..." Essa mesma universidade também produziu um programa para o qual convidou outros "eruditos" para oferecerem uma "nova imagem de Deus para o século XXI" – como se Deus fosse um mito que criamos para nos dar uma falsa sensação de conforto e como se o homem precisasse de um novo "deus" que tenha um apelo mais moderno.
Uma Revelação Especial Para os Eruditos?
É possível sentirmos que há um certo elitismo na implicação de que os eruditos são capazes de conhecer Jesus melhor do que nós, que não temos as mesmas "qualificações". Por acaso Deus é parcial e se revela de modo diferente para os que tiveram acesso à educação superior? Esses "especialistas" nunca são apresentados como servos humildes de Cristo, que conhecem o Senhor e estão vivendo em obediência à Sua Palavra. Ao invés disso, a ênfase recai sobre sua formação acadêmica. Seus títulos de PhD são usados como uma espécie de "permissão especial" para revisar, aviltar, contradizer e questionar a Palavra de Deus.
O Senhor não se impressiona com as credenciais acadêmicas deste mundo. Como é trágico quando a Igreja chega ao ponto de valorizar tanto a sabedoria mundana que as escolas cristãs, e até os seminários, acabam comprometendo a verdade para poderem receber algum crédito dos inimigos da cruz. Os critérios usados por Deus são bastante distintos.
Enquanto no meio secular um alto nível de escolaridade pode ser algo benéfico, isso não tem relação alguma com se conhecer, obedecer e agradar ao Senhor. Abraão, que foi chamado "amigo de Deus" (Tg 2.23), não era um erudito. Na verdade, a sabedoria deste mundo é um empecilho para se conhecer a Deus e as coisas reveladas pelo Espírito Santo. Paulo escreveu: "...aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação ...nós pregamos a Cristo crucificado ...loucura para os gentios ...Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus ...a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus" (1 Co 1.19-29; 3.19).
Jesus disse: "Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus" (Mt 18.3). "Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado" (Lc 10.21). Tudo aquilo que caracteriza os "eruditos de boa formação" opõe-se à atitude que devemos ter em nossa humilde caminhada com o Senhor.
Deus declara: "habito... com o contrito e abatido de espírito... eis para quem olharei: para o pobre[humilde] ...que treme da minha palavra" (Is 57.15; 66.2). Mas os "eruditos da Bíblia", como os doJesus Seminar (um grupo de teólogos liberais formado nos EUA para discutir a veracidade das palavras de Jesus nos Evangelhos – N.T.), entre outros aos quais a mídia recorre devido ao seu suposto conhecimento de Deus e de Cristo, estão muito longe de tremer diante da Palavra de Deus. Quando são solicitados a dar sua opinião sobre Deus e Cristo, eles colocam a si mesmos como juízes da Bíblia, como se tivessem autoridade para destrinchá-la.
Durante esse processo eles violam o bom-senso, tentando impor suas idéias pré-concebidas na sua leitura do texto bíblico. O que esses eruditos fazem nunca seria aceito num tribunal de justiça. Apesar de terem nascido mais de 1900 anos depois da ocorrência dos fatos, eles têm a audácia de contradizer os relatos das testemunhas oculares – mas mesmo assim milhões de pessoas os levam a sério, fazendo-os se sentirem capazes de reinventar a história e o passado. Ao contemplar tal situação, lembro-me da expressão satírica que era sussurrada nos tempos da Cortina de Ferro: "A União Soviética é o único país com um passado imprevisível".
Um Deus Sem Poder
Caso esses "experts" realmente acreditem em um deus, ele não faz milagres. Por isso eles dizem que o Mar Vermelho não poderia se abrir para que os israelitas atravessassem em terra seca, que as muralhas de Jericó não poderiam ter caído como relatou Josué (que estava lá e viu aquilo acontecer), que Jesus não poderia ter literalmente caminhado sobre a água, curado os doentes, ressuscitado pessoas, alimentado 5.000 com alguns pães e peixes, morrido por nossos pecados e ressurgido dentre os mortos (deve haver alguma outra explicação para a sepultura vazia!). Tal incredulidade é televisionada para o mundo inteiro como sendo a verdade, enquanto aqueles que podem provar a veracidade da Bíblia raramente têm oportunidade de expressar suas opiniões. Como resultado, milhões de pessoas passam a acreditar que a Bíblia é uma coleção de mitos, como afirmam os apresentadores de TV.
Esses simpósios altamente prestigiados, transmitidos pelo rádio, pela televisão e divulgados na mídia impressa, exploram novas idéias sobre Deus e Cristo para o homem moderno. Considerando o grande entusiasmo com que a série de livros sobre Harry Potter foi recebida, os eruditos parecem estar em sintonia com o tempo em que vivemos. Um novo mito, aceitável por todos, poderia dar sustentação a uma nova religião mundial que unificaria o mundo – algo que Jesus não tentou fazer. Cristo não veio para "dar paz à terra... antes, divisão" (Lc 12.51).
A Religião da Unificação
Os povos da terra, entretanto, querem um homem que seja capaz de trazer paz e unidade. Quem conseguiria tal feito senão o Anticristo, como a Bíblia prevê? Jesus disse aos judeus: "Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis" (Jo 5.43). Essas conferências conduzidas por "especialistas em Bíblia" e os especiais exibidos pelas emissoras de TV servirão apenas para preparar o mundo para o "homem da iniqüidade".
A Influência do Cristianismo
Numa discussão realizada na internet depois de um programa de tom humanista e cético apresentado na TV, alguém perguntou: "Por que os rabinos e as autoridades romanas não mostraram o corpo de Jesus, se Ele continuava morto?" O apresentador respondeu: "Eu confesso que esse assunto é muito complicado de entender..." Mas esse é o cerne do cristianismo! Como um programa de TV poderia hipoteticamente falar sobre Jesus e minimizar a ressurreição? O apresentador enfatizou o impacto positivo que Jesus, Seus exemplos e ensinamentos tiveram sobre o mundo. Porém, se os primeiros seguidores de Jesus Cristo eram mentirosos e tentaram fazer com que um homem que estava morto parecesse estar vivo, que tipo de influência é essa? Ele tratou do assunto com evasivas, dizendo: "a questão da ressurreição talvez seja a mais delicada de todas elas".
O mesmo apresentador afirmou que quase todos os entrevistados em seu programa eram cristãos. O título de "cristão" foi usado apenas para designar os discípulos de Cristo (At 11.26). Para ser um cristão a pessoa precisa ser um discípulo/seguidor de Cristo, crer nEle e obedecer aos Seus ensinamentos. Os eruditos alegam que o Novo Testamento não é preciso, portanto, não podemos ter certeza de quem Jesus realmente era, o que Ele fez e o que ensinou. Se esse é o caso, usar o título de "cristão" é tanto falso quanto tolice. Como uma pessoa pode ser um seguidor de alguém sobre o qual não há um registro preciso de quem era, do que disse e o que fez?
O apresentador ainda afirmou que a "busca por Jesus" foi "uma das experiências mais enriquecedoras de minha vida como jornalista... quando tive a oportunidade de ir em busca daquilo que é possível saber sobre Jesus, o homem". Mesmo assim essa "busca" substituiu os registros de testemunhas oculares por meras especulações. Perguntado por que acreditava que os Evangelhos foram escritos numa data posterior, o jornalista respondeu: "Baseamo-nos nos historiadores e eruditos". Não, ele se baseou em alguns "especialistas" que não acreditam na veracidade da Bíblia, ignorando multidões de outros que são igualmente qualificados e poderiam provar que ela é verdadeira.
Abordagem Tendenciosa
Ele também foi questionado sobre o porquê de seu programa ter sido "tão tendencioso em favorecer aqueles que rejeitam a precisão histórica da narrativa nos Evangelhos" (até mesmo o padre católico presente era cético quanto a isso) e por que apresentou mais especulações do que fatos". Sua resposta foi: "para aqueles que interpretam os Evangelhos literalmente... o que existe de mais poderoso neles é precisamente o fato de que, por exemplo, a narrativa do nascimento de Jesus... comprova as profecias e mostra que ele era o Messias". Mas ele nunca explicou porque ignorou essa prova na TV.
Um dos especialistas convidados (John Dominic Crossan, "o mais famoso especialista em Jesus do mundo" e co-fundador do Jesus Seminar) foi perguntado porque o programa "não teve a presença de mais eruditos conservadores". Ele desculpou-se, dizendo que: "nós sempre damos ouvidos ao outro lado [o conservador]". Isso não é verdade, pois escutamos muito mais o lado dele, que afirma que os Evangelhos são "uma história cheia de metáforas e não um evento histórico" e que os primeiros cristãos "não permitiram que a morte [de Cristo] desse fim ao seu movimento... mas insistiram [falsamente] que Deus havia vindicado a Jesus ao ressuscitá-lo dos mortos".
Crossan foi perguntado porque não deu atenção ao encontro do Cristo ressurreto com Saulo de Tarso, que levou à conversão deste, fazendo com que deixasse de ser um perseguidor da Igreja e se tornasse seu principal apóstolo. Ele tentou responder essa pergunta evasivamente, admitindo que os eruditos do Jesus Seminar não têm uma opinião unânime e que suas conclusões foram decididas por votação. É isso que eles chamam de "erudição"?
O ceticismo é válido apenas para evitar que uma pessoa seja enganada por uma fraude. As seitas crescem apenas porque as multidões estão dispostas a seguir um líder religioso autoritário (apesar de seus ensinos e profecias falsos que contradizem diretamente o que a Bíblia ensina). Pessoas como Joseph Smith, Mary Baker Eddy, as Testemunhas de Jeová, o papa ou Maomé, e qualquer um que diga ser o único detentor da verdade, são exemplos disso. Contudo, qualquer pessoa racional deveria exigir evidências sólidas antes de confiar o seu destino eterno a uma crença religiosa.
A Supremacia da Bíblia
A Bíblia prova sua validade com fatos e eventos reais da história que foram profetizados milhares de anos antes de ocorrerem, um cumprimento que o mundo pôde testemunhar. O mesmo não pode ser dito do Corão, dos Vedas hindus, das palavras de Buda ou Confúcio, do Livro de Mórmon ou de qualquer outro escrito religioso. Irvin H. Linton expressou isso em seu livro A Lawyer Examines the Bible (Um Advogado Examina a Bíblia): "duvidar não é pecado, mas satisfazer-se em continuar tendo dúvidas enquanto Deus providenciou ‘tantas provas infalíveis’ para solucioná-las, é [pecado]..."
Esses eruditos dão a impressão de que nenhuma pessoa, com um mínimo de inteligência, pode crer na Bíblia. Pelo contrário, muitos dos maiores intelectuais da história (alguns dos quais fariam os "experts" de hoje parecerem tolos) afirmaram que a Bíblia oferece provas concretas de tudo aquilo que afirma. Foi o que testemunhou Daniel Webster, que certamente pode ser considerado uma das mentes mais brilhantes dos últimos séculos: ele cria no nascimento virginal de Jesus, em Sua divindade, em Seus milagres, na Sua morte vicária pelos nossos pecados e em Sua ressurreição.
Ninguém é mais capacitado a examinar as evidências do que aqueles que exercem profissões relacionadas com a lei e os aspectos legais – e a maioria dos mais famosos advogados, juízes e criminologistas humildemente reconheceu que a Palavra de Deus é verdadeira, dando testemunho de fé em Jesus Cristo, baseando-se nas evidências que eles próprios examinaram criticamente. Entre eles estava Sir Robert Anderson, chefe da Divisão de Investigações da Scotland Yard. É inegável que ele foi um dos maiores investigadores de todos os tempos. Os livros que escreveu tornaram-se clássicos, especialmente The Coming Prince (O Príncipe Vindouro). Essa obra prova que Cristo cumpriu a incrível profecia de Daniel 9, que descrevia o dia em que o Messias entraria em Jerusalém montado num jumentinho e seria exaltado, mas quatro dias depois seria crucificado. Seu outro livro,Daniel in the Critics’ Den (Daniel na Cova dos Críticos), confronta as tentativas dos críticos em desacreditar as profecias do livro de Daniel que validam a Bíblia.
Lord Caldecote, ministro da Justiça da Inglaterra, declarou: "...o Novo Testamento... daria um caso tremendo... se considerarmos apenas as evidências, pois os fatos nele contidos... [incluem] a ressurreição..." Lord Lyndhurst, um dos maiores conhecedores de legislação da Inglaterra, disse: "Eu sei muito bem o que é uma evidência e posso assegurar que as evidências da ressurreição permanecem inquestionáveis até hoje". O professor Thomas Arnold, um renomado historiador inglês, afirmou: "Não conheço outro fato na história da humanidade que possa ser comprovado com qualquer evidência maior e melhor... do que Cristo ter morrido e ressuscitado dentre os mortos".
Da mesma forma, Simon Greenleaf, co-fundador da Escola de Direito de Harvard (que foi "a maior autoridade nas cortes americanas", de acordo com Fuller, presidente da Suprema Corte de Justiça dos EUA), depois de examinar exaustivamente as evidências, aceitou Jesus como Salvador. Greenleaf escreveu Testimony of the Evangelists (Testemunho dos Evangelistas), no qual declara que a Bíblia pode ser submetida a qualquer teste de evidências que poderia ser exigido numa corte de justiça e desafia seus companheiros especialistas em Direito a examiná-la de maneira honesta.
Mártires da Verdade
Muitos religiosos zelosos morreram como mártires – mas o martírio dos apóstolos foi único. Eles não morreram apenas por seu amor e lealdade a Cristo, mas por testificar dos fatos que são a base do cristianismo: o nascimento virginal de Cristo, Sua divindade, Seus milagres, Sua vida sem pecado, Sua morte pelos nossos pecados e Sua ressurreição. Ninguém é tolo o bastante para morrer por aquilo que sabe ser uma mentira. Todos os apóstolos tiveram mortes horríveis, mas nenhum deles pediu para ser poupado da pena negando seu testemunho sobre Cristo.
Poderíamos citar ainda uma multidão dos mais eminentes eruditos, cientistas, historiadores e advogados que confirmaram as declarações citadas ao afirmar, baseados num exame minucioso, que cada uma das palavras da Bíblia é verdadeira. Por que os especiais de TV, filmes, conferências e simpósios que procuram "o Jesus histórico", não chamam essas testemunhas para mostrar as inegáveis evidências da veracidade da Bíblia? Será que eles realmente estão preocupados com a verdade?
A Importância da Ressurreição
Paulo argumentou corretamente que, se Cristo não ressuscitou dentre os mortos, ele e os outros apóstolos eram mentirosos. Esses supostos "eruditos" estão afirmando que os apóstolos eram mentirosos, mas que aquilo que ensinavam com sua mentira era tão bom que mudou o mundo para melhor. Isso não faz sentido. Como podem mentiras ser o fundamento para a maior influência positiva na história?
Sim, "a maior história de todo os tempos" é totalmente verdadeira. Devemos nos convencer disso não só emocionalmente, mas também baseados na sólida evidência que Deus graciosamente nos deu em Sua Palavra. Nós, como verdadeiros discípulos de Cristo, temos a obrigação de ensinar isso em nossas igrejas, escolas e lares. Precisamos também usar essas evidências em nossa proclamação do Evangelho, oferecendo àqueles que ganhamos para Cristo uma base sólida para a fé. É necessário que "examinemos as Escrituras" todos os dias, para crescermos em Sua graça, no amor e no conhecimento de Sua Palavra, comunicando, no poder do Espírito Santo, essa inegável verdade aos outros.