quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O MUNDO ESPIRITUAL DOS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ.

Sem dúvida, o dia 31 de outubro de 1916 caiu como uma bomba sobre a comunidade de 'Estudantes da Bíblia'. Naquela data fatídica, seu mestre C. T. Russell exalou o último suspiro a bordo de um trem no Texas. Segundo o livro Proclamadores, p. 64, um clima de profundo pesar e desorientação abateu-se sobre os membros da Sociedade Torre de Vigia. Era compreensível, pois, conforme diz o próprio livro, "durante toda sua vida Russell  tinha sido 'a Sociedade' ". De fato, durante décadas o 'pastor' exerceu um autêntico 'papado' entre seus seguidores. Além de ser o acionista majoritário da Sociedade - portanto, a maior autoridade civil - sua palavra era, em questões doutrinais, sempre a última. Por anos, sua literatura alimentou a crença de que ele era o 'servo fiel e prudente' de Mateus 24: 45. Menos de dois meses após sua morte, a edição de 1/12/1916 de A Sentinela, p. 357, reafirmava tal crença, sendo que sua reimpressão, p. 6159, foi mais longe ainda, comparando Russell ao apóstolo Paulo. Não eram palavras precipitadas ou emitidas sob forte emoção, pois, sete anos mais tarde, a edição de 1/3/1923 ratificou tais idéias, chamando o 'pastor' de 'escolhido'. Perante tais declarações, não é de admirar que surgisse um desmedido culto de personalidade em torno da pessoa de Russell. Evidentemente, um rebanho órfão, carente da figura de seu líder, precisava de um consolo. Este não tardaria a vir.
     Já no ano seguinte ao óbito de Russell - 1917 - a famosa publicação The Finished Mistery  [O Mistério Consumado], em suas páginas 144 e 256, trouxe as emocionantes palavras:
“Este verso (Revelação 8:3) mostra que, embora o Pastor Russell tenha transposto a cortina [ou morrido], ele ainda está dirigindo cada aspecto do trabalho de colheita... Nós sustentamos que ele supervisiona... o trabalho a ser feito”
                                       
     Perceba o leitor que o texto não faz uso de retórica. O autor não diz que o "ânimo", o "espírito empreendedor" ou a "coragem" do falecido estavam entre os 'Estudantes da Bíblia' ou que estes se entregavam ao seu ministério com o mesmo "zelo", "diligência" ou "à moda de seu líder". Não, o comentário é feito no tempo presente e na terceira pessoa - 'ele' está, 'ele' supervisiona. E não foi uma declaração isolada. No mesmo ano, a edição de 1 de novembro de A Sentinela (p. 6161, reprints] ratificaria esta crença:    
“Então nosso querido Pastor, agora em glória [morto], está, sem dúvida alguma, manifestando profundo interesse no trabalho de colheita, e Deus lhe permite exercitar uma forte influência em razão disso.”              
Aqui vemos palavras praticamente idênticas, no mesmo tempo e na mesma pessoa. Não Deus,  mas Russell 'está manifestando profundo interesse'. Não sua mensagem, mas ele exerce 'forte influência'. Cremos que o texto não deixa margem para se evocar o uso de uma metáfora. Nem seria preciso, pois, ambas as declarações estavam de pleno acordo com a crença da época, de que Russell, imediatamente após sua morte, seria arrebatado ao seio de Jesus Cristo, afinal ele era um 'escolhido'. Uma prova concreta disso pode ser vista até hoje na inscrição gravada em seu monumento fúnebre em forma de pirâmide:
     Ao lado do tradicional símbolo da cruz coroada, os dizeres - Risen with Christ  ["Levantado com Cristo"]. Portanto, o entendimento era: Russell vivia no plano espiritual e exercia influência direta nas ações da comunidade de 'Estudantes da Bíblia'. Nesse caso, um Testemunha de Jeová poderia se perguntar: qual é, essencialmente, a diferença entre essa crença e a crença espírita de que os mortos estão ativos no mundo espiritual e participam nas atividades dos vivos? Ou a crença católica de que os 'santos' podem intermediar entre os cristãos e Deus?
     Este não é o único incidente envolvendo a Sociedade Torre de Vigia e as crenças relativas ao mundo dos espíritos. Seu segundo presidente - J. F. Rutherford - teve uma gestão marcada por reviravoltas doutrinárias e artigos polêmicos, alguns dos quais provocaram sucessivos 'rachas' no movimento, o que suscitou a mudança de nome da entidade para 'Testemunhas de Jeová', em 1931. Rutherford, gradualmente, transferiu para si, senão o prestígio, no mínimo, a autoridade que por anos era exclusiva do falecido 'pastor'. Deveras, durante sua presidência, coube apenas a ele a prerrogativa de legislar sobre questões doutrinais maiores. O compêndio The Messenger ["O Mensageiro"], de 21/7/1931, estampou fotos de Rutherford  e, no rodapé, o título de 'líder visível' dos 'Estudantes da Bíblia', uma honraria que só não superava a de seu antecessor. Coube a ele a tarefa de negar a crença anterior sobre as 'atividades' do morto Russell:
"Ninguém da companhia do templo seria tão tolo ao ponto de concluir que algum irmão (ou irmãos) que em alguma época esteve entre eles, e o qual morreu e foi ao céu, está agora instruindo os santos na terra e dirigindo-os em sua obra."    -Jehovah (1934), p. 191 (em inglês)
      Aparentemente, a organização chocava-se agora frontalmente com os ensinos que ela própria advogou fervorosamente, anos antes. Se os 'Estudantes da Bíblia' tinham sido 'tolos', quem os induzira a agir assim? Contudo, este entendimento não permaneceria para sempre incólume. Em 1989, a publicação Revelation - Its Grand Climax is at Hand!  ["Revelação - Seu Grande Clímax Está Próximo!"], p. 125, afirmaria:
 "É apropriado que, então, aquele entre os 24 anciãos, representando ungidos já no céu, instigasse o pensamento de João... (Revelação 7: 13, 14a) Sim, aquele ancião poderia encontrar a resposta e dá-la a João. Isto sugere que os ressuscitados do grupo dos 24 anciãos podem estar envolvidos na comunicação de verdades divinas atualmente."
     Ao que tudo indica - desde 1989 - considerar que alguém que morreu e foi ao céu esteja se comunicando com os vivos não é mais tão 'tolo' assim... 
     A exemplo de seu antecessor, Rutherford era homem de mente fértil. Coube a ele introduzir não só o nome, como a maioria das crenças atuais das Testemunhas de Jeová, diversas delas em choque frontal com o que ensinava o 'pastor' Russell. De onde provinha tal 'conhecimento'? Deixemos que o próprio Rutherford responda:
"O Juiz Rutherford fala, não a opinião dele, nem a de ninguém." - A Idade de Ouro de 28/3/1934, p. 396
 "Sem dúvida, o Senhor usa seus anjos para fazer com que a verdade seja publicada em A Sentinela... Certamente, Deus guia seu povo pactuado por usar os santos anjos para levar sua mensagem a ele. - A Sentinela de 1/2/1935, p. 41
     Esta declaração apresenta um nítido contraste com o ensino que o Espírito Santo - não os anjos - serviria de 'ajudador' aos cristãos (João 14: 26). Bem deixemos, novamente que o próprio Rutherford  explique o ponto:
"Por seu espírito, o espírito santo, Jeová Deus guia ou lidera seu povo até um certo tempo, e assim ele fez até o tempo em que 'o confortador' foi retirado... em 1918."  - Preservação (1932), pp. 193 e 194
"...1918... naquele ano o Senhor Jesus chegou ao templo de Jeová Deus. O espírito santo, o qual tinha sido o guia do povo de Deus, tendo cumprido suas funções, foi retirado..." - Salvação (1939), pp. 216 e 217 
"Ao invés dos servos serem impelidos à ação pela operação do espírito santo como ajudador, as Escrituras parecem ensinar claramente que o Senhor instrui seus anjos sobre como agir e eles agem sob a supervisão do Senhor, conduzindo o restante na terra no que diz respeito à linha de ação a tomar. - A Sentinela de 1/9/1930, p. 263
"Estes anjos são invisíveis aos olhos humanos e estão lá para levar as ordens do Senhor. Indubitavelmente, eles primeiro ouvem a instrução que o Senhor lança ao seu restante e então os mensageiros invisíveis passam tal instrução ao restante."  - Vindicação III (1932), p. 250
"Deus usa anjos para instruir seu povo agora na terra" - A Idade de Ouro de 8/11/1933, p. 69
      Estava claro - os anjos serviam agora de mediadores entre Deus e a Sociedade Torre de Vigia. Até 1930, a organização ensinava que apenas o espírito santo podia prover o entendimento das escrituras, porém, desse ano em diante, a iluminação supostamente provinha dos anjos. Contudo, QUEM estava à frente dos ensinos que eram divulgados naquele tempo? Quem os redigia? A resposta é uma só - J. F. Rutherford. Isso não se pode negar, pois todos os livros dessa época levam a assinatura dele. Somos obrigados a deduzir, então, que os anjos revelavam as 'verdades' a ele e apenas a ele. Como prova deste ponto, vejamos o que dizia a revista A Idade de Ouro de 2 de Setembro de 1931, p. 793:
"Todo leitor de A Idade de Ouro sabe que nós consideramos os livros do Juiz Rutherford os mais importantes do mundo."
     Fariam sentido tais palavras se as Testemunhas de Jeová não cressem que os escritos de seu presidente provinham de uma fonte superior, sobrenatural? Estava ou não envolvida a comunicação com o mundo espiritual?
J. F. Rutherford - comunicação com 'anjos'?
     Vemos assim que Rutherford afirmava não ter a iluminação do Espírito Santo desde 1918, ficando inteiramente dependente da comunicação de anjos. Tais fatos têm levado alguns críticos do movimento das Testemunhas de Jeová a considerar que as declarações de Rutherford  faziam dele - conscientemente ou não - um médium espírita, afinal de contas, a comunicação com anjos é parte integrante da liturgia do espiritismo, o qual vê os anjos como espíritos superiores, iluminados. Todavia,  o livro Proclamadores, p. 708, diz: 
"Aqueles que compõem a única genuína organização cristã  hoje não recebem revelações angélicas nem inspiração divina... Jeová os conduz ou guia a esse entendimento por meio de seu espírito santo."
     Em outra publicação (Despertai! de 22/5/1971, p. 28, em inglês), a organização acrescenta:
"Sim, a Bíblia mostra que não há apenas anjos bons, mas também iníquos."
     Todas essas contradições certamente suscitam as seguintes questões: 
a) Se o espírito santo - de acordo com a doutrina atual das Testemunhas de Jeová - é o responsável pela revelação da palavra de Deus e, tendo Rutherford declarado que este mesmo espírito havia sido removido desde 1918, então quem guiou a Sociedade Torre de Vigia entre os anos de 1918 e 1942?  
b) Se foram anjos que transmitiram informações ao segundo presidente da organização, então que espécie de anjos eram esses - os 'bons' ou os 'iníquos'? 
c) Se atualmente é o espírito santo que guia a Sociedade Torre de Vigia, mas - de acordo com os artigos da década de 30 - ele havia sido removido em 1918, então por que ele se retirou e quando foi que retornou?
d) Afinal, quem era Rutherford - um iluminado, um lunático ou um impostor?
     Declarações exóticas não eram exclusividade do segundo presidente da Sociedade Torre de Vigia. Nesse respeito, ele tinha companhia à altura, a saber, a pessoa a quem ele nomeou para editor da revista A Idade de Ouro  em 1919 - o Sr. Clayton Woodworth, o qual tinha um passado envolto em comunicações com espíritos e possessões demoníacas. Como sabemos disso? Pelo próprio depoimento dele, registrado no compêndio 1913 Convention Report [Relatório da Convenção de 1913], mencionado no início deste artigo:
 " Eu gostaria de falar a vocês sobre uma coisa que eu certamente jamais pretenderia mencionar nesta convenção. Eu presumo que todos vocês tenham feito o voto; talvez alguns não o tenham feito...  Então meus problemas começaram. Eu comecei a orar e a lutar ao meu próprio modo com as Escrituras. Após alguns meses, as Escrituras aparentemente começaram a abrir-se... Houve um tempo, durante cinco noites consecutivas em que eu não dormia; daí, chegou um tempo em que a tensão era demais; minha mente ficou desequilibrada e eu fiquei diretamente sob a influência de espíritos maus, tanto que, por três dias, eu estava completamente sob controle demoníaco, tanto quanto a Sra. Eddy estava quando ela escreveu 'Ciência e Saúde'.
     Tais palavras certamente teriam forte impacto sobre a assistência se hoje fossem proferidas em um daqueles depoimentos pessoais realizados nas assembléias das Testemunhas de Jeová. Não era diferente em 1913 - isto pode-se perceber pela relutância inicial de Woodworth em prosseguir relatando sua experiência. A Sra. Eddy que ele menciona é Mary Baker Eddy - a fundadora da Igreja da Ciência Cristã, a qual também adotava o símbolo da 'cruz coroada'. Pois bem, teria C. Woodworth se 'curado' de suas experiências 'demoníacas' após sua conversão ao movimento 'Estudantes da Bíblia'? Embora uma Testemunha de Jeová hoje prefira crer que sim, faria bem em considerar o que o linguajar dele na literatura da organização parece sugerir. Vejamos, por exemplo, o estranho comentário dele no livro The Finished Mistery ['O Mistério Consumado'], em 1917:
"Tem você profunda apreciação por esta obra? Está você convencido que ela é do Senhor - preparada sob sua orientação? Tem você, cuidadosamente e com oração, lido os comentários em Revelação 7:1? Então agarre-se  à verdade, a qual é propósito de Deus conceder brevemente às mentes de muitos de seus pequeninos até que se abra um campo de batalha, no qual os anjos caídos serão julgados, e a maneira com que enfrentaremos os testes provará nosso merecimento por coroas, ao mesmo tempo em que provará que estes espíritos desobedientes não são merecedores de vida em plano algum. Isso é algo com o qual alguns, mas não muitos, estão familiarizados... sem uma experiência real é praticamente impossível conceber a intensidade de tais lutas... a base do cérebro é presa com em um torno. Interpretações da Escritura, ingênuas, mas desencaminhadoras além de descrição, são projetadas dentro da mente como água que sai de uma mangueira. Visões podem ser experimentadas, maravilhosas iluminações da mente como que por uma suave, mas gloriosa neblina esverdeada ou amarelada. Sugestões sedutoras podem ser feitas, de acordo com as circunstâncias do ambiente. Ofertas de inspiração podem ser feitas. O privilégio de dormir pode ser retirado por dias a fio. Tudo isso com o objetivo de forçar o desgraçado a, pelo menos, uma insanidade temporária... a mente pode ser invadida por pensamentos desprezíveis além da conta. Então lembrem-se do voto." 
     É difícil supor que alguém, em pleno gozo de suas faculdades mentais e completamente sóbrio, emitisse os comentários acima sem por em dúvida sua sanidade ou condição mental. De fato, as palavras de Woodworth parecem psicodélicas e realmente atestam a natureza de suas experiências pessoais. Como uma Testemunha de Jeová receberia hoje tais palavras se fossem publicadas em um artigo de A Sentinela? Considerá-las-ia como normais, próprias do cristianismo ou prontamente as identificaria como contaminadas com ocultismo? 
     Os comentários de Woodworth sobre Revelação 7:1 são, na verdade, uma referência a artigos do 'pastor' Russell, publicados em exemplares de A Sentinela - datados de 1911 e 1914 - e diziam respeito aos dramáticos acontecimentos previstos para aquela época. Uma das citações dizia:
"Há apenas um modo, tanto quanto podemos discernir, pelo qual esses anjos caídos podem ter um julgamento, consistindo em ter uma oportunidade mais ampla para pecar, se assim desejarem, ou uma oportunidade para mostrar, caso desejem, que eles estão fartos do pecado e querem retornar à harmonia com Deus... chegamos à conclusão de que o julgamento desses anjos caídos está em um futuro próximo; talvez já tenha começado para alguns." - O Mistério Consumado (1917), p. 124
       A doutrina acima é realmente bombástica, pois abre uma perspectiva inimaginável para o cristianismo ortodoxo - a reabilitação de demônios!   
  
C.J. Woodworth - 'Possessões demoníacas'???

     Há um episódio que ilustra bem a crença de Woodworth em 'demônios honestos'. Trata-se de um compêndio desconhecido para a maioria das Testemunhas de Jeová hoje em dia  -  Angels and Women [Anjos e Mulheres], de J. G. Smith, enfaticamente recomendado pela edição de 30/7/1924 de A Idade de Ouro. Consiste, na verdade, em uma revisão de uma obra psicografada em 1878. 'Psicografado' é um termo do vocabulário espírita utilizado para designar um texto ditado por espíritos e escrito por meio de um médium. O revisor da obra era um 'Estudante da Bíblia', identificado - na p. 702 da revista - apenas como "um amigo pessoal do Pastor Russell e que estava próximo a ele em seu trabalho". O texto diz: 
" 'ANGELS AND WOMEN'  é o título de um livro recém-lançado. É uma reprodução e revisão da novela 'Seola', a qual foi escrita em 1878, e que trata de condições anteriores ao dilúvio. O Pastor Russell leu esse livro com muito interesse e pediu a alguns dos irmãos que lessem por causa de sua notável harmonia com o relato das Escrituras sobre os filhos de Deus no sexto capítulo de Gênesis."
     O que o autor do artigo acima deixou de revelar diz respeito precisamente à origem do livro. Vejamos o que dizia seu  prefácio:
"O revisor deste livro é de opinião que o manuscrito original foi ditado para a mulher que o escreveu por um dos anjos caídos, o qual desejava retornar ao favor divino." 
Anjos e Mulheres - Obra psicografada
     A doutrina de Russell sobre 'anjos caídos retornando ao favor divino' começava a dar frutos. O editor de A Idade de Ouro - C. Woodworth  - aderiu tenazmente a este ensino. Este fato, aliado ao seu passado místico, tornou a nomeação dele um fator decisivo na contaminação da literatura da Sociedade Torre de Vigia, décadas à frente, com crenças ocultistas. Deveras, além do endosso a uma obra psicografada, diversas 'terapias' esotéricas - como as 'Reações Eletrônicas de Abrams ', a osteopatia e  outras - 'povoaram' diversos números da revista da qual ele era editor-chefe, A Idade de Ouro
     Não tardariam a surgir questionamentos por parte dos leitores das publicações da Sociedade contra aquilo que entendiam como promoção do demonismo. A edição de 3/12/1924 de A Idade de Ouro publica uma interessante troca de correspondências entre a Sociedade e um de tais leitores descontentes. Entre outras coisas, ele dizia:
"Eu fiz algumas indagações e foi-me dito que ['Anjos e Mulheres'] era um livro que um anjo caído ditou a uma mulher, demonstrando o desejo de retornar à harmonia com Deus e que o Pastor Russell aprovou o livro. Eu nunca tinha ouvido falar deste livro antes. Já que nós devemos evitar tudo o que se relacione ao espiritismo, eu gostaria de saber com certeza se o livro tem sua aprovação..." - W. S. Davis, Los Angeles, California
       Agora a organização não podia mais afirmar que não sabia da origem do livro. Vejamos a resposta da redação de A Idade de Ouro:
"Quanto a ser uma violação do juramento ler este livro, tal idéia não merece consideração. Não seria mais errado lê-lo do que ler 'O que as Escrituras Dizem sobre o Espiritismo'  ou  'Falando com os Mortos', pois estes dois livros falam bastante do que os espíritos maus fazem. Muitos têm obtido bastante benefícios a partir da leitura de 'Anjos e Mulheres' porque este ajuda a adquirir uma visão mais clara sobre como Satã logrou anjos e a raça humana, causando estrago entre homens e anjos. O livro ajuda a ter um melhor entendimento da organização do diabo."
     Cremos que as palavras acima dispensam comentários adicionais e servem como poderoso argumento contra as seguintes palavras:
"Já que não praticamos espiritismo, estamos livres da dominação dos demônios" - A Sentinela de 15/3/1992, p. 20
      É o caso de perguntar - da dominação dos demônios maus ou dos 'honestos'?

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