domingo, 18 de dezembro de 2011

SUPERSTIÇÃO NÃO É COISA DE FILHO DE DEUS.


Segundo o Dicionário Michaelis, superstição é um "sentimento religioso excessivo ou errôneo, que muitas vezes arrasta as pessoas ignorantes à prática de atos indevidos e absurdos (...) Temor absurdo de coisas imaginárias". Na Bíblia, encontramos algumas referências à supersticiosidade. Em Atos, lemos: "E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: 'Ao Deus Desconhecido"', At 17.22-24.
Nos tempos atuais, há cer­tos tipos de comportamentos ou atitudes supersticiosas. Certo movimento dito evangélico tem difundido no meio de seus adeptos a prática de apagar pecados queimando papéis. Os fiéis passam por uma espécie de "lavagem cerebral" e se convencem de que, mesmo tendo sido crentes em Cristo há longos anos, precisam escrever todos os seus pecados em pedaços de papéis e jogá-Ios numa fogueira. Só assim terão seus, pecados eliminados. Com isso, invalidam o valor e o poder do sangue de Jesus. Isso, a nosso ver, é superstição, ou "sentimento religioso errôneo".
Deixar a Bíblia aberta no salmo 91, todas as noites, pode ser um sentimento supersticioso. Devemos confiar no Deus do salmo, e não no salmo em si. Em ocasiões de dificuldades e aflições, citar o salmo 91 pode ser (e tem sido) de grande valor para fortalecer a fé em momentos de crise, mas só dormir se deixar a Bíblia aberta é atitude que não tem base bíblica. Com a Bíblia fechada ou aberta, o anjo do Senhor acampa-se e nos guarda.
E, por falar em anjo, há crentes que estão praticando o chamado culto aos anjos. Há igrejas em que o culto só começa se o anjo descer. Se for necessário, Deus manda um anjo para proteger o pregador ou a sua Igreja (SI 34.7). Há também a crença de que cada pessoa tem seu "anjo da guarda". Os anjos são "espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação", Hb 1.14. Não há base bíblica para afirmar que cada pessoa tem determina­do anjo, com determinado nome, só para lhe guardar.
Há crentes que têm medo de macumba. Isso é superstição. Se o crente for fiel, sincero, honesto e santo diante de Deus, não há macumba que possa atingi-lo. Diz a Bíblia: "Toda ferramenta preparada contra ti não prosperará Is54-17; "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca (...) e o maligno não lhe toca", IJo 5.18. No entanto, se o crente estiver fora da comunhão com Deus, poderá ser alcançado pe­las ações malignas que forem lançadas contra ele.
Em algumas igrejas, há práticas supersticiosas que chegam a imitar práticas espiritistas. Certo irmão foi a uma igreja e lá, convidado a caminhar sobre sal grosso para ser abençoado. Outro foi golpeado com galhos de arruda! Isso nada tem a ver com a Palavra de Deus. Em algumas igrejas pentecostais, ouve-se alguém dizer que determinado irmão é "canela de fogo", tem "sapato de fogo" e até "vassoura de fogo". São expressões que não fazem parte da terminologia bíblica.
Há ainda o uso exagerado de sonhos, visões e revelações. Deus fala por sonhos, mostra visões e revela o que Ele quer a seus servos. Ele prometeu usar esses recursos (Jl 2.28). Porém, não podemos guiar a nossa vida por sonhos. Há crentes que sonham demais e falam demais. Diz a Palavra (Ec 5.7). Deus fala eventualmente por sonhos, mas querer emprestar valor profético a todo o tipo de sonho é superstição.

Extraído

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