segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

VAMOS A RAIZ ? PARTE 2

                                                   Os Anos 20   

A década de 20 recebeu o apelido de Anos Loucos, foi um período de liberdade entre duas guerras, animado pelo som de uma nova e vibrante música, dotada de swing e sensualidade que provocou impacto na platéia da época, as Jazz Bands.


Antes do Jazz, a dança era formal e, o novo estilo trazia danças coladas de cabarés, as mulheres modernas da época (melindrosas), animavam os salões com o seu charme, traduzindo um comportamento e modo de vestir nas roupas e trejeitos de artistas famosas como Glória Swanson e Mary Pickford , pois a sociedade dos anos 20, além da ópera ou do teatro, também freqüentavam cinematógrafos, que exibiam os filmes de Hollywod.

A mulher ficou livre dos espartilhos.
Com silhueta tubular, os vestidos ficaram mais curtos com braços e costas à mostra, o tecido predominante era a seda, e as meias eram em tons de bege.

A mulher sensual não tinha curvas, com seios e quadris pequenos e a atenção era voltada aos tornozelos. Os olhos eram bem pintados, as sombrancelhas retiradas e delineadas a lápis, os lábios pintados de carmim e, a pele branca para acentuar a maquilagem.

O chapéu passou a ser usado apenas de dia e o modelo popular era o cloche, que só podia ser usado com cabelos curtíssimos (la Garçonne), embora, houvessem outros modelos.

A bolsa dominate na década de 20 foi estilo carteira, tanto para o dia como para noite. Com uma superfície plana permitia aplicações de bordados ou estampas.

Os sapatos desta época caracterizam-se por linhas geométricas, com tiras que se prendiam no peito do pé, recortes, cortes e aberturas, combinando com saltos, médios ou altos, mas nunca finos.

O número de modelos é amplo e variado, desde sapatos cheios de pedrarias até sapatos sóbrios. Pela primeira vez, os sapatos fazem conjunto com os vestidos, os acessórios e até com os penteados, tendo formas originais e materiais sintéticos.

Os sapatos com pulseiras abotoadas nos tornozelos, originalmente foi criado para crianças, mas foi muito usado pelas mulheres da década de 20, um sapato muito popular era feito em dois tons, geralmente preto e branco.

Figurinista da década de 20: Jacques Doucet: em 1927 subiu as saias para mostrar as ligas rendadas. Coco Chanel: criou moda dos cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Jean Patou: Teve o foco na criação de roupas esportivas e revolucionou a moda praia com seus maiôs.

Fábrica da Indústria de Seda Nacional, Campinas, SP, 1923
  



OS ANOS 30


Após os anos loucos a década de 30 foi uma das épocas mais sangrentas. Neste período Hitler ascende o cargo de chanceler na Alemanha e a queda em 1929 da bolsa de valores de Nova York.Os anos 30, descobriram os esportes, a vida ao ar livre e os banhos de sol. Surgiram novos modelos de roupas com a popularização de esportes como o short, a partir do uso das bicicletas. Os estilistas criaram também páreos estampados, maiôs e suéteres e um acessório que se tornou moda foram os óculos escuros usados pelos astros de cinema e músicos.O cinema foi o grande referencial de costumes. Hollywood, através de Marlene Dietrich, e de estilistas como Edith Head e Gilbert Adrian.
A mulher dessa época devia ser magra e bronzeada, o modelo de beleza era a atriz Greta Garbo, com sobrancelhas e pálpebras bem marcadas com lápis e pó de arroz bem claro, os cabelos começaram a crescer.

Na década de 30 redescobriram as formas do corpo da mulher através de uma elegância refinada. As saias ficaram longas, os vestidos eram longos e retos e possuíam uma pequena capa ou bolero.

O corte enviesado e o decote profundo nas costas dos vestidos de festa, elegeram as costas femininas como o foco da atenção.

O corpo sendo valorizado, os seios voltaram a ter forma, e as mulheres recorrem ao sutiã e um tipo de cinta ou espartilho removível.

Com a crise financeira, os fabricantes de bolsa passaram a utilizar materiais mais baratos como baquelita, uma espécie de plástico maleável, que dava um efeito cintilante, a produção, invenção e criação cultural artística foi muito intensa

No começo dos anos 30, as bolsas mantiveram um tamanho pequeno, sem muita ornamentação, mas no final da década, gradualmente foram ficando largas e mais sofisticadas, fabricadas com diversos tipos de couro como o de cobra, crocodilo, jacaré, bezerro, leão marinho, entre outros.

O look natural abriu espaço para as empresas de beleza produzirem as “beauty cases” (estojos de beleza) em versões sofisticadas.

Em conseqüência a esta nova tendência, em 1935 os espaços internos das bolsas passaram a ser mais funcionais com compartimentos para maquilagem que vinham com espelho, porta batom e compartimento para dinheiro.

Em 1935, um dos principais criadores de sapatos, o italiano Salvatore Ferragamo, lançou sua marca, que viria se transformar em um dos impérios do luxo italiano.

Com a crise na Europa, Ferragamo começou a usar materiais mais baratos, como o cânhamo, a palha e os primeiros materiais sintéticos. Sua principal invenção foi à palmilha compensada.

Gabrielle Chanel continuava sendo sucesso, assim como Madeleine Vionnet e Jeanne Lanvin.

A surpreendente italiana Elsa Schiaparelli iniciou uma série de ousadias em suas criações, inspiradas no surrealismo. Outro destaque é Mainbocher, o primeiro estilista americano a fazer sucesso em Paris.

Seus modelos, em geral, eram sérios e elegantes, inspirados no corte enviesado de Vionnet.




Os Anos 40

Nesta época, os conflitos armados que assolaram a década anterior chegaram ao apogeu, todas as atenções estavam voltadas para a segunda guerra mundial.

A silhueta era em estilo militar, o corte era reto e masculino, com casacos de ombros alcochoados angulosos e apertavam na cintura.

As saias eram  mais curtas, com pregas finas ou franzidas. As calças compridas se tornaram práticas e os vestidos, que imitavam uma saia com casaco, eram populares.

Em 1941, o racionamento de roupas foi estabelecido e era comum uma prática antiga, a costura feita em casa e o aproveitamento do velho, usado.

Na Grã-Bretanha, o "Fashion Group of Great Britain", comandado por Molyneux, criou 32 peças de vestuário para serem produzidas em massa.

A intenção era criar roupas mais atraentes, apesar das restrições.
O corte era reto e masculino, ainda em estilo militar.

As jaquetas e abrigos tinham ombros acolchoados angulosos e cinturões. Os tecidos eram pesados e resistentes, como o "tweed", muito usado na época.


O nylon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meias finas desaparecessem do mercado. Elas foram trocadas pelas meias soquetes ou pelas pernas nuas, muitas vezes com uma pintura falsa na parte de trás, imitando as costuras.

Os cabelos das mulheres estavam mais longos que os dos anos 30. Com a dificuldade em encontrar cabeleireiros, os grampos eram usados para prendê-los e formar cachos. Os lenços também foram muitos usados nessa época.

A maquilagem era improvisada com elementos caseiros. Alguns fabricantes apenas recarregavam as embalagens de batom, já que o metal estava sendo utilizado na indústria bélica.

Nesse período surgiram muitos adornos e modelos de chapéus. Alguns grandes, com flores e véus, outros menores, de feltro, em estilo militar.

A alta costura ficou restrita às mulheres de comandantes alemães, dos embaixadoeres e àqueles que podiam freqüentar as grandes maisons.

O artesanato se desenvolveu, com a escasses de matéria prima, as bolsas de couro eram raras, e muitas eram confeccionadas em tecido.

Apesar de algumas bolsas já serem confeccionadas com o revolucionário zíper, houve uma restrição com relação ao seu uso e também com o fecho de metal, surgindo assim outros materiais como a madeira.

A partir da década de 40 os calçados começaram a ser fabricados em massa, as indústrias de calçados começam a trocar o couro por materiais sintéticos e pela borracha, os estilistas que se desdobrarem e serem muito criativos, então passam a incorporar nos calçados varias tipos de materiais antes não utilizados como: Peles de répteis, cortiça, solados de madeira presos por grampos, os ornamentos foram mantidos o mínimo necessário.

Algumas mulheres chegaram a utilizar alguns utensílios domésticos para decorarem seus sapatos de festas como o celofane e outros.

Em 1947, Christian Dior lançou o “New Look”, que era, basicamente, composto por saias amplas quase até os tornozelos, cinturas bem marcadas e ombros naturais.

Era a volta da mulher feminina e elegante.





Os Anos 50
É considerada uma época de transição entre o período de guerras da primeira metade do século XX e o período das revoluções comportamentais e tecnológicas da segunda metade.

Nesta época tem início a chegada da televisão em Portugal e no Brasil. Esta época também foi considerada a "idade de ouro" do cinema e também foi a época de importantes descobertas científicas.

Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1947 até a sua morte em 1957.

A silhueta feminina e jovial esteve presente em toda a década de 50, Com o fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza se tornaria um tema de grande importância. O clima era de sofisticação e era tempo de cuidar da aparência. A maquilagem valorizava o olhar, e levou o lançamento de muitos produtos como sombra, rímel, lápis para olhos e sombrancelhas e deliniador. A maquilagem realsava a intensidade dos olhos e a palidez da pele. Foi também o auge das tintas para cabelo,loções alisadoras e fixadoras. Os penteados podiam ser coques ou rabo de cavalos, com mechas que caíam no rosto e franja com ar de menina.

Criaram dois esterótipos nesta época, o de engênua chique encarnado em Grace Kelly e Audrey Hepburn que se caracterizavam pela naturalidade e jovialidade e o estilo sensual e fatal, como o das atrizes Rita Hayorth e Ava Gardner e os das pin-ups americanas loiras e com seios fartos, como padrões de beleza da época Marilyn Monroe e Brigitte Bardot , que eram uma mistura dos dois estilos, a devastadora combinação de ingenuidade e sensualidade.

Na agitação de novas tendências que foram surgindo quase a cada estação, a diversificação de produtos foram revolucionando a estratégia econômica de marcas, criando por exemplo, o perfume chanel.

Rock, alta-costura, período de independências, emancipações e liberdades. Foi aqui que tudo começou. Ao som do rock and roll, a nova música que surgia nos 50, a juventude norte-americana buscava sua própria moda. Assim, apareceu a moda colegial, que teve origem no sportswear. As moças agora usavam, além das saias rodadas, calças cigarrete até os tornozelos, sapatos baixos, suéter e jeans.

O cinema lançou a moda do garoto rebelde, simbolizada por James Dean, no filme "Juventude Transviada" (1955), que usava blusão de couro e jeans. Marlon Brando também sugeria um visual displicente no filme "Um Bonde Chamado Desejo" (1951), transformando a camiseta branca em um símbolo da juventude.

Já na Inglaterra, alguns londrinos voltaram a usar o estilo eduardiano, mas com um componente mais agressivo, com longos jaquetões de veludo, coloridos e vistosos, além de um topete enrolado. Eram os "teddy-boys".

Ao final dos anos 50, a confecção se apresentava como a grande oportunidade de democratização da moda, que começou a fazer parte da vida cotidiana. Nesse cenário, começava a ser formar um mercado com um grande potencial, o da moda jovem, que se tornaria o grande filão dos anos 60.

Esta década trouxe à indústria do calçado algumas novidades: o salto agulha e novos materiais, como seja o caso do acrílico. E, a utilização destes novos materiais, permitiu que a criatividade dos estilistas atingisse patamares, até então, nunca sonhados.


Os Anos 60
A década de 60 representou, no início, a realização de projetos culturais e ideológicos alternativos lançados na década de 50.

Podemos dizer que a década de 60, seguramente, não foi uma, foram duas décadas.

A primeira, de 1960 a 1965, marcada por um sabor de inocência e até de lirismo nas manifestações sócio-culturais, e no àmbito da política é evidente o idealismo e o entusiasmo no espírito de luta do povo.

A segunda, de 1966 a 1968 (porque 1969 já apresenta o estado de espírito que definiria os anos 70), em um tom mais ácido, revela as experiências com drogas, a perda da inocência, a revolução sexual e os protestos juvenis contra a ameaça de endurecimento dos governos.

Com o sucesso do rock and roll, o maior símbolo desta década foi Elvis Presley e seu rebolado frenético, e um dos filmes mais marcantes dos anos 60 foi Bonequinha de Luxo o lançamento do pretinho básico, estrelado por Audrey Hepburn .

As moças abandonavam as saias rodadas, e atacavam de calças cigarretes, e a grande novidade na moda era a minisaia.

Os tecidos apresentavam muita variedade, com estampas e fibras variadas, houve a popularização das sintéticas, além de todas as naturais.

Numa época em que a ficção científica aparecia nos livros e filmes dos beatniks, e em que era preparada a primeira viagem a Lua, tentava-se introduzir na moda elementos de visão utópica e tecnológica. Essa moda influenciou os designer, principalmente os franceses, no desenvolvimento de peças de vestuário e acessórios com placas laminadas, e sintético prateado.

Os cortes eram retos, minisaias, botas brancas com uma visão futurista. As roupas eram psicodélicas ( inspiradas em elementos da art-noveau do oriente, do Egito antigo) ou geométrico ou romântico.

As roupas unisex  ganharam força, e as camisolas sem gola. A mulher ousou usar roupas tradicionalmente masculinas, como smoking, e a lingierie alcançou mudanças proporcionando mais conforto no uso de calcinhas e meia calça, tanto para usar com a mini saia, quanto para dançar twist.

A maquilagem foi focada ao público jovem, os olhos eram marcados e os batons bem clarinhos. As perucas estavam em moda, a preços baixos e em vários modelos e tonalidades.

Os Beatles influenciaram a moda masculina no início da década, com paletós sem colarinho e o cabelo franja. Em Londres surgiram o paletó cintado, gravatas largas e botinas.

A silhueta ajustada no corpo e a gola role tornou-se um clássico no guarda-roupa masculino.

A opção dos sapatos era grande, com variedade de saltos, mas o sapato de salto mais grosso. Nos primeiros anos da década de 60, as bolsas ainda eram em estilo carteira, recebendo motivos e padronagens decorativas em couro ou sintético.

Algumas destas foram confeccionadas em tecido como o tweed e o tartan. O bambu e o acrílico forma muito usados para a estrutura das bolsas




Os Anos 70

Foi a época em que aconteceu a crise do petróleo, o que levou os Estados Unidos à recessão, ao mesmo tempo em que economias de países como o Japão começavam a crescer.

Nesta época também surgia o movimento da defesa do meio ambiente, e houve também um crescimento das revoluções comportamentais da década anterior. Muitos a consideram a "era do individualismo".

Eclodiam nesta época os movimentos musicais do Rock and Roll, das discotecas, e também do experimentalismo na música erudita. Na moda dos anos 70 usou-se de tudo, variando de estação para estação.

No início da década os hippies foram uma grande influência, utilizamdo-se diversos acessórios e tecidos, mas a paz e o amor foram cedendo lugar à música disco.

Estilo hippie
Jeans e calças militares usadas com enormes bocas de sino, tachinhas, bordados e muitos brilhos Camurças com franjas; Estilo apache; Estilo safári; Colares de contas miçangas, bijuterias étnicas; Saias e calças de cintura baixa com cintos largos ou de penduricalhos; Estampas florais, e psicodélicos em quantidade; Roupas artesanais, materiais naturais e tinturas caseiras; Bolsas de crochê ou com franjas com alças a tiracolo; Botas de camurça e sandálias de plataforma.

Era a época dos famosos sapatos plataforma, das calças boca-de-sino, das meias de lurex, do poliéster e dos signos do zodíaco. O antigo conceito de exclusividade caducou e a massificação dominou o mercado. A criatividade aposentou o termo chic que, entre muitos outros, foi substituído por kitsch, punk, retrô.

Para os homens, deixou de ser formal e ganhou um toque colorido e psicodélico. Para as mulheres, passou a ser romântica e despojada: com cabelos desalinhados, saias longas ou curtíssimas com inspiração indiana, batas e estampas florais ou multicoloridas.

Além disso, o unissex entra na moda com suas boca-de-sino e sapatos plataforma. A moda glitter também emplacou nos anos 70: futurista, metálica e andrógina, personificada na figura do camaleão David Bowie. O "paz e amor" foi cedendo espaço à moda disco que aqui no Brasil atingiu seu ápice com a novela Dancin Days. O estilo Liberty (padronagens com mini flores) adornados com bordados eram usados tanto nas roupas como nas bolsas.

As bolsas com armação de metal, e as de estilo envelope, usadas na década de 30, voltaram a ser usadas. Entre as tendências sociais que contribuíram para o crescimento da disco music estão o aumento de consumo de gravações musicais entre negros e hispânicos acima do consumo do público branco, além do aumento da independência financeira das mulheres, da liberação gay e a revolução sexual (conforme Jones and Kantonen, 1999).

A noite brilha: pistas de dança, Bee Gees na vitrola e roupas cintilantes dão o tom da nova onda disco, que invade o planeta.

Os brasileiros se rendem à música de Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e aos extravagantes Secos & Molhados. No cinema, Guerra nas Estrelas e Os Embalos de Sábado à noite estouram bilheterias. Desde filmes e séries de tv, as roupas apresentavam um look completamente psicadélico, mas adequado ao pensamento e imaginação daquela época. Desde a roupa, à maquilagem, perucas, adereços, etc.

O que acabava por influenciar muitos estilistas na concepção das suas próprias roupas. Quem não se lembra do filme Barbarella, com Jane Fonda, e as suas reduzidas roupas futuristas, ou então as roupas usadas pelos tripulantes da base Lunar Alfa da série dos anos 70.




Os Anos 80

A moda anos 80 (tempo compreendido entre 1980 a 1989), a New Wave (nova onda - em inglês), inspirou-se basicamente na onda da geração saúde e da febre da ginástica aeróbica.

Contrariando a moda dos anos 60 e 70, onde em um vestuário da moda prevalecia roupas largas, artesanais e de inspiração indiana, nos anos 80 o uso de roupas de ginástica (lycra, sapatilha, polaina) no cotidiano, combinadas a roupas excêntricas e exageradas, com cores cítricas, estampas de animais e sobretudo muito alegres, foi sem dúvida o grande marco na moda da época.

Com todo o avanço tecnológico, a moda oitentista se baseou em tudo que era novo, moderno e eletrônico.

O Japão foi um dos grandes países inspiradores da moda da época. O surgimento do stretch dava um ar futurista às roupas, mesmo assim, várias pessoas aderiam aos brechós procurando a moda do armário da "vovó". Os cabelos aderiram um corte assimétrico, com franjas repicadas.

Muitos usavam com gel, e mantiam um topete tão alto quanto conseguiam. A tintura com cores exóticas e marcantes se tornou mais frequente entre os jovens.

Mesmo com tom de constante inovação, vários estilistas preferiam manter o tom sóbrio de suas roupas, não aderindo à moda futurista. Foi como o famoso estilista Giorgio Armani fez, com seus cortes sóbrios garantiu a elegância de homens e mulheres que se adaptavam ao estilo clássico.

Os anos 80 serão eternamente lembrados como uma década onde o exagero e a ostentação foram marcas registradas. Os seriados de televisão, como Dallas, mostravam mulheres glamourosas, cobertas com jóias e por todo o luxo que o dinheiro podia pagar.

A moda apressou-se por responder a esses desejos, criando um estilo nada simplório. Todas as roupas de marcas conhecidas tinham seus logos estampados no maior tamanho possível. O jeans alcança seu ápice, ganhando status. E os shoppings tornaram-se paraíso dos consumistas.

Pode-se dizer que os anos 80 começam realmente em 1977, com o sucesso da música “disco” inspirados no filme “Saturday Night Fever”. Voltam à tona, o glamour da noite e o charme do excesso e do brilho, deixando para trás o estilo hippie dos anos 70.

A juventude trouxe de volta o que já era considerado “velho”: roupas sob medida e vestidos de baile. Os anos 80 seguem o charme e a sofisticação dos anos 60, porém com certo exagero.

Calça baggy e semi-baggy; Sandália de plástico (Melissinhas em geral); Ombreiras (tinha até sutiã de ombreira); Manga morcego; Saia balonê; Legging; Batom 24 horas (não saía da boca nem com sabão); Scarpin; Cores ácidas; Mochilas e carteiras emborrachadas; Tule no cabelo; Faixas na testa; Gola canoa; Gel "New Wave"; Polainas; Cabelos assimétricos; Relógio Champion (aquele que trocava as pulseiras); Tênis iate (tinha um da OP quadriculado que era uma febre); Tênis All Star (de todas as cores imagináveis); Franja repicada.


Nenhum comentário:

Postar um comentário