quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Desinformação:

Na análise do ex-chefe de espionagem comunista, o atentado à embaixada americana em Benghazi 
é o pior escândalo de Obama.

A politização sem precedentes do IRS (Internal Revenue Service) à moda soviética foi, dentre todos os escândalos que infestam a administração Obama, o que maior indignação popular causou, pois muita
 gente sentiu na pele a arrogância da IRS.

Entretanto, muito mais importante é o encobrimento da verdade sobre o bárbaro assassinato do
 embaixador J. Christopher Stevens e de três dos seus subordinados dentro do nosso posto diplomático em Benghazi,
 cometido na emblemática data de 11 de setembro.
Por que digo isto? Na minha antiga vida como comandante-chefe de espionagem do bloco soviético,

 passei anos observando, a partir de um ponto de vista privilegiado e exclusivo, como um tipo de maldade rapidamente leva a outra maldade muito maior. Acredito que Benghazi é o
escândalo da presidência Obama.

Para resumir: descrevendo de forma enganosa o ato de guerra cuidadosamente
 preparado contra os EUA como um caso de “violência espontânea”, esta
 administração provou que não está disposta e nem é capaz de defender o 
nosso país e as nossas vidas contra o terrorismo
externo, que - e aqui está a parte crítica – está agora muito perto de ter armas
 nucleares para lançar contra nós.

James Woolsey, ex-diretor da Central de Inteligência, publicou recentemente
 um artigo no Wall Street Journal documentando como os EUA se tornaram tão
 vulneráveis ao terrorismo internacional, a ponto de até mesmo o
 ridículo governo norte-coreano poder detonar uma pequena arma nuclear sobre o território americano.

“A Coréia do Norte só precisa de um míssil balístico intercontinental capaz de transportar
 um única ogiva nuclear para se tornar um perigo real para os EUA”, escreveu Woolsey,
 juntamente com Peter Pry, diretor executivo da Task Force na National and Homeland 
Security.“ A Congressional Electromagnetic Pulse Commission, a Congressional 
Strategic Posture Commission e diversos estudos do governo americano 
demonstraram que a detonação de uma arma nuclear sobre 
qualquer parte do território americano geraria um pulso eletromagnético
catastrófico.”

Uma única explosão - algo que a Coréia do Norte é realmente capaz de fazer 
 constituiria um ataque por pulso eletromagnético capaz de, nas palavras do
 nosso ex-chefe da CIA, “causar um colapso na rede elétrica e na infraestrutura
 dela dependente - comunicações,
transportes, sistema financeiro, comida e água - necessárias para manter a
 sociedade moderna e as vidas de 300 milhões de americanos.”

Outra análise bem feita, recém-publicada no Weekly Standard, confirma
 que em meados de 2014, o fanático e anti-americano governo
 terrorista do Irã provavelmente será capaz de enriquecer urânio e
 plutônio de forma tão rápida que os EUA não conseguirão detê-lo
militarmente. Quando um regime insano e metastático - obcecado
 pela destruição (em primeiro lugar) do “Pequeno Satã”, Israel, e
 (em seguida) do “Grande Satã” (EUA) - tiver um arsenal nuclear
 estaremos realmente vivendo em um mundo muito diferente e incerto.

Quando eu era conselheiro de segurança nacional do presidente 
da Romênia comunista, uma das minhas principais tarefas, era,
 ironicamente, impedir a ação terrorista. A prevenção, é claro,
 era muito mais fácil numa ditadura cruel onde a polícia
 política desfrutava de poder ilimitado. Entretanto, experiências

 recentes provam o bom funcionamento da
 prevenção nos EUA. A Heritage Foundation noticiou em 2008

 que cerca de 40 ataques terroristas foram evitados desde 11 de setembro de 2001.

Infelizmente, em 2009, por razões sobre as quais podemos 
apenas especular, a administração Obama descartou a frase “guerra 
contra o terrorismo” do seu vocabulário,
 reclassificando um bem sucedido ataque terrorista no território 
americano (Fort Hood) como “violência no
local de trabalho” e abandonou inúmeras medidas anti-terrorismo adotadas após 
o 11 de setembro. Marc A. Thiessen, colunista do Washington Post, observou: “No
 seu segundo dia no cargo, Obama encerrou o programa de interrogatório da
 CIA. (...) Num discurso no National
Archives, Obama eviscerou os homens e as mulheres da CIA, acusando-os de 
“tortura” e declarando que o trabalho deles ‘não ajudou na nossa guerra e nos nossos
esforços contra o terrorismo - eles os enfraqueceram.’”

Voltando a 2012: “bin Laden está morto e a General Motors está viva” se tornou
 um dos mais vibrantes slogans da campanha de reeleição de Obama
. A mensagem: o terrorismo e a Al-Qaeda estão derrotados; portanto,
 reeleja-me. Se a administração tivesse admitido que o
embaixador Stevens e os seus três subordinados foram mortos
 por terroristas dois meses antes da eleição, o slogan mais real 
da campanha de Obama exporia publicamente o
absurdo que realmente era.

Como todos sabem, durante semanas, a administração - incluindo
o próprio presidente Obama nas Nações Unidas - bizarramente jogou
 a culpa por toda a confusão, morte e
destruição de Benghazi em uma paródia islâmica no YouTube
 assistida por pouca gente.

Após o atentado a bomba na maratona de Boston – cujos resultados 
foram a paralisia de uma das maiores cidades dos EUA, três americanos
 mortos e cerca de 200 feridos, muitos
deles gravemente - o presidente Obama, sob pressão do Congresso,
 tratou do perigo do terrorismo em um discurso de uma hora no
 dia 23 de maio. Foi um bom discurso, como os
discursos costumam ser, exceto pelo fato de que ele sequer ter
 mencionado a ameaça real enfrentada hoje pelo nosso país - o risco
 crescente do terrorismo nuclear - e, em vez
disto, menosprezou o perigo de um futuro terrorista.
 “Extremistas regionais. Este é o futuro do terrorismo” 
proclamou o presidente. Tudo o que precisamos fazer realmente
 é fechar Guantânamo e efetuar uma leve mudança 
no modo como usamos drones.

Com o devido respeito, tenho que contrariar o presidente Obama.
 O terrorismo anti-americano atual não foi gerado nos EUA. 
Foi concebido 48 anos atrás em Lubianka, quartel-general 
da KGB, e tem sido levado a cabo por fascistas islâmicos
 armados com granadas soviéticas
propelidas a foguete, Kalashnikovs e coquetéis Molotov 
- incluindo os terroristas responsáveis pela morte do embaixador Stevens.

Infelizmente, eu testemunhei o nascimento do terrorismo anti-americano.
 Anos atrás ouvia o general Aleksandr Sakharovsky, chefe da espionagem 
estrangeira da União Soviética, pontificar que a nossa maior arma contra o
 nosso “principal inimigo” (os EUA) deveria ser, a partir de então, o terrorismo
, pois as armas nucleares haviam tornado obsoleta a força militar convencional.

Conheci bem Sakharovsky - ele foi conselheiro chefe da 
inteligência soviética para a Romênia durante cinco anos. A sua
 aparência não era a de uma pessoa cruel, mas o terrorismo era 
a sua solução favorita para problemas políticos; durante os seus
 anos de atuação na
Romênia, instigou a matança de cerca de 50 mil anti-comunistas
. Depois, Sakharovsky serviu 16 anos - período sem 
precedentes - como chefe do serviço de inteligência estrangeiro
 da União Soviética (1956-1972), tempo durante o qual espalhou o terrorismo 
anti-americano pelo mundo.

Em 1969, Sakharovsky tranformou o sequestro de aviões –
 a arma escolhida para o 11 de setembro - em terrorismo 
internacional. Em 1971, lançou a Operação Tayfun
 (palavra russa para “tufão”), destinada a transformar
o antigo ódio mundial contra os nazistas em um ódio contra os EUA, o novo “poder de ocupação”.

Sakharovsky até mesmo estabeleceu uma “divisão socialista de 
trabalho” com o objetivo de criar e armar organizações terroristas
 anti-americanas em todo o mundo - a qual chamou “combatentes da liberdade”.

Em meu novo livro, Disinformation, em coautoria com o professor 
Ronald Rychlak, explico bem tudo isso, em seus diversos aspectos.
 Aqui, quero brevemente afirmar que o sucesso das operações
 terroristas de Sakharovsky encorajaram o seu superior, Yuri Andropov, 
chefe da KGB, a - como costumava dizer - “transformar todo o 
mundo árabe em um explosivo inimigo dos EUA” recorrendo ao anti-semitismo,
 arma emocional manejada com sucesso por
vários ditadores ao longo do tempo.

A máquina de desinformação de Andropov, naquele tempo
 estimada em mais de 1 milhão de pessoas
 (detalhadamente descrita em nosso livro), não mediu
 esforços para convencer o mundo islâmico de que os]
EUA eram um país sionista em guerra comercial, financiado pelo
 dinheiro judeu e administrado por um ávido “Conselho dos Sábios de  Sião” - epíteto de Andropov para

 o Congresso americano.

O objetivo desta imensa operação de desinformação era fazer 
o mundo islâmico temer que os EUA pudessem transformar o
resto do mundo em um feudo judeu. A manobra de Andropov
 funcionou. É só lembrar a tomada islâmica da embaixada
 americana em Teerã e m 1979, o atentado a bomba ao
 quartel dos marines em Beirute em 1983, o sequestro do Achille Lauro
 em 1985, o ataque terrorista ao World Trade Center em 1993,
 a destruição das embaixadas americanas no Quênia e na 
Tanzânia em 1998 e os catastróficos ataques de 11 de setembro.

O sucesso de Andropov fez dele o primeiro oficial da KGB a
sentar no trono do Kremlin e a ter o seu escritório na KGB transformado em santuário.

Quando Andropov e a sua União Soviética se foram, uma nova
 geração de russos lutou para dar àquele país feudal uma nova 
identidade. Mas o ódio pelos EUA introduzido no mundo islâmico pela 
KGB de Andropov ainda está vivo e se espalhando.

Na minha outra vida, no topo da inteligência do bloco soviético - o
 serviço de inteligência estrangeiro romeno (DIE) - eu gerenciava
 extensas redes de inteligência no mundo islâmico, e conheci 
muito bem aquela região. O seu povo não odiava os EUA.
 Milhões deles ainda hoje esperam na fila para serem aceitos nos
 EUA porque admiram este país. Apenas alguns poucos líderes 
fanáticos fascistas islâmicos, devido à sua imensa raiva contra esta 
grande nação de liberdade, sonham em destruí-la.

O prolongado ódio destes líderes islâmicos fanáticos pelos EUA e
 o fantasma de que consigam poder nuclear mostram, no meu
 ponto de vista, que é o momento para os líderes do nosso 
Congresso e dos nossos partidos Democrata e Republicano 
esquecerem os belos discursos do presidente Obama e
 começarem a construir uma política única para vencer a guerra
 contra a praga do terrorismo. É importante, além de esclarecer
 totalmente a verdade sobre Benghazi, tomarmos medidas para
 evitar novos desastres terroristas. A competição pode ser o 
motor do progresso americano, mas, em tempo de guerra, é a união
 que faz dos EUA o líder do mundo.

Não sei como deve ser a nova política anti-terrorista americana.
 Na realidade, ninguém em nosso país sabe. Sei, entretanto
, como o terrorismo anti-americano foi gerado, e
 recomendo fortemente, à administração atual e ao 
Congresso, a análise séria do relatório National
Security Council Report 68, do presidente Truman (NSC 68/1950),
 que definiu a estratégia de contenção e se tornou a nossa principal arma durante a Guerra Fria.

Este documento de 58 páginas não joga a culpa pela Guerra 
Fria em vídeos do YouTube. Descreve os desafios dos EUA 
em termos desastrosos.

“Os problemas que enfrentamos são graves”, diz o documento,
 “envolvendo a sobrevivência ou a destruição não apenas 
desta República mas da própria civilização”. Assim, definiu
 uma
estratégia política “de dois dentes”: 1) poder militar
 superior e 2) uma “Campanha da Verdade”,
definida como “uma luta, acima de tudo, pelas mentes dos homens”.
 A propaganda usada pelas “forças do comunismo imperialista”
 só podia ser derrotada, argumentou Truman,
pela “verdade plena, absoluta e simples”. A Voice of America, 
a Radio Free Europe e a Radio Liberation (logo em seguida
 chamada de Radio Liberty) tornaram-se parte da “Campanha da Verdade” de Truman.

Esta mesma estratégia “de dois dentes” – superioridade 
militar total e uma resoluta campanha pela verdade absoluta - 
permitiu aos EUA vencerem o comunismo, e é hoje igualmente 
essencial se quisermos assumir a posição de controle em um ameaçador mundo de terrorismo nuclear inimaginável.


O general Ion Mihai Pacepa é o oficial de mais alta patente do
 bloco soviético que obteve asilo político nos EUA.

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