segunda-feira, 23 de junho de 2014

REDES DE ALTA TENSÃO , CUIDADO!!!! EFEITO DOS CAMPOS ELETROMAGNETICOS.

Campos Eletromagnéticos e a Saúde



INTRODUÇÃO


Efeitos potenciais de CEM gerados pelo homem sobre a saúde têm sido tópicos de interesse científico desde o final do século dezenove, e têm recebido atenção especial ao longo dos últimos trinta anos.
Ao contrário da radiação ionizante (tais como raios gama emitidos por materiais radioativos, raios cósmicos e raios-X) que ocupa a parte superior do espectro eletromagnético, os CEM, criados pelo homem, são demasiado fracos para quebrar as ligações que mantêm as moléculas ligadas em células e, portanto, não podem produzir ionização. É por essa razão que CEM são chamados de ‘radiações não-ionizantes’ (RNI). Radiações infravermelhas, ultravioletas, e ionizantes não serão mais abordadas neste site.

EXPOSIÇÃO A CEM

O que acontece quando alguém é exposto a CEM?

Correntes elétricas existem naturalmente no corpo humano e são partes essenciais das funções corporais normais. Todos os nervos enviam sinais via a transmissão de impulsos elétricos. A maioria das reações bioquímicas, desde aquelas associadas com a digestão até as envolvidas com a atividade cerebral, envolve processos elétricos.
Os efeitos da exposição externa do corpo humano e de suas células aos CEM dependem principalmente de sua freqüência e de sua magnitude ou intensidade. A freqüência simplesmente descreve o número de oscilações ou ciclos por segundo. A baixas freqüências, CEM atravessam o corpo enquanto que em radiofreqüências os campos são parcialmente absorvidos e penetram apenas em uma pequena profundidade no tecido.
Campo Elétrico


Campo Magnético
Campos elétricos de baixas-freqüências influenciam a distribuição de cargas elétricas na superfície dos tecidos condutores e causam um fluxo de corrente elétrica no corpo. Campos magnéticos de baixas-freqüências induzem correntes circulantes dentro do corpo humano. A intensidade dessas correntes induzidas depende da intensidade do campo magnético externo e do comprimento do percurso através do qual a corrente flui. Quando suficientemente intensas essas correntes podem causar o estímulo de nervos e músculos.
Em radiofreqüências (RF), os campos penetram somente uma pequena distância dentro do corpo. A energia desses campos é absorvida e transformada em movimento das moléculas. A fricção entre moléculas em movimento rápido resulta em um aumento da temperatura. Esse efeito é usado em aplicações domésticas como o aquecimento de comida em fornos de micro-ondas, e industriais, como na soldagem de plásticos ou aquecimento de metais. Os níveis de RF aos quais as pessoas estão normalmente expostas em nosso ambiente são muito inferiores aos necessários para a produção de um aquecimento significativo.


EFEITO, SENSAÇÃO E RISCO

Efeitos biológicos ou efeitos sobre a saúde?

Fonte: Folheto OMS, www.who.ch/emf/
Efeitos biológicos são mudanças mensuráveis a um dado estímulo (por ex. CEMs) ou mudanças no meio ambiente, e não são necessariamente de alguma maneira danosas à saúde. Por exemplo, ouvir música ou ler este documento produzirá efeitos biológicos. Não se espera que estas atividades causem efeitos sobre a saúde. O corpo tem mecanismos de compensação ou ajuste para todos os tipos de mudança e mudanças são parte da vida normal. Um efeito biológico pode, entretanto, se tornar adverso se o corpo é suficientemente estressado por longos períodos e a compensação adequada não é possível. Em seres humanos um efeito adverso à saúde resulta de um efeito biológico que cause um agravo detectável na saúde ou bem-estar dos indivíduos expostos.
A observância dos limites de exposição recomendados nas regulamentações nacionais e internacionais ajuda a controlar os riscos das exposições a CEM que possam ser prejudiciais à saúde humana. O debate atual está centrado em saber se a exposição durante longos períodos em níveis abaixo dos limites de exposição pode causar efeitos adversos à saúde ou influenciar o bem-estar das pessoas.

Efeitos de Campos

Fonte: folheto Wandel Golterman


ASSOCIAÇÃO E CAUSALIDADE

Fonte: Folheto OMS
Estudos epidemiológicos sobre a saúde humana investigam as causas e a distribuição das doenças em situações reais da vida, em comunidades ou grupos profissionais. Pesquisadores tentam estabelecer se existe uma associação estatística entre exposição a campos eletromagnéticos (CEMs) e a incidência de doenças específicas e outros efeitos adversos sobre a saúde.
Estes estudos isoladamente não podem, geralmente, estabelecer uma clara relação de causa e efeito, principalmente porque não podem descartar outras possíveis explicações para quaisquer dos efeitos observados. Por exemplo, se a exposição a CEMs numa certa ocupação foi identificada como associada a um aumento no risco de câncer, a associação pode ser na verdade causada por outros fatores no local de trabalho (presença de produtos químicos, p. ex.) ou fatores como poluição devido ao tráfego no local. Além disto, em estudos de CEMs, é difícil determinar o histórico de exposição de uma pessoa com certo grau de certeza.
Encontrar uma associação entre algum agente e uma doença não significa que o agente causou a doença. Na verdade, estabelecer a “causalidade” depende de muitos fatores, incluindo uma consistente e forte associação entre exposição e efeito, uma clara relação de dose-resposta, uma explicação biológica que tenha credibilidade e, acima de tudo,REPRODUTIBILIDADE: esta é a razão pela qual os cientistas tentam reproduzir qualquer experimento controverso.



CONCLUSÕES DAS PESQUISAS CIENTÍFICAS

Fotos da Pesquisa de
CEM no Brasil


O conhecimento científico a respeito dos efeitos sobre a saúde devido à presença de CEM é substancial e baseado em um grande número de estudos epidemiológicos, em animais e in vitro. Muitos resultados para a saúde, desde imperfeições reprodutivas a doenças cardiovasculares e neurodegenerativas foram examinados, mas a evidência mais consistente até a atualidade refere-se à leucemia infantil.
Em 2001, um grupo de trabalho integrado por peritos, constituído pela IARC (International Agency for Research on Cancer) da OMS reviu estudos relacionados com a carcinogenicidade de campos elétricos e magnéticos estáticos e de freqüências extremamente baixas (BF). Usando a classificação padrão da IARC que pondera as evidências humanas, animais e de laboratório, campos magnéticos de baixas frequências foram classificados como possivelmente carcinogênicos para humanos com base em estudos epidemiológicos de leucemia infantil.
Um exemplo de um bem-conhecido agente, classificado na mesma categoria é o café, que pode aumentar o risco de câncer renal, ao mesmo tempo em que protege contra câncer intestinal. “Possivelmente carcinogênico para humanos” é uma classificação usada para denotar um agente para o qual existe evidência limitada de carcinogenicidade em humanos e menos que suficiente evidência de carcinogenicidade em animais de laboratório.
Evidências para todos os outros tipos de câncer em crianças e adultos bem como outros tipos de exposição (isto é, campos estáticos e campos elétricos BF), foram consideradas inadequadas para a mesma classificação devido a informações científicas insuficientes ou inconsistentes. Embora a classificação de campos magnéticos BF como possivelmente carcinogênicos para humanos tenha sido estabelecida pela IARC, continua sendo possível que haja outras explicações para a associação observada entre exposição a campos magnéticos BF e a leucemia infantil.

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